A chamada “Lei de Thirlwall”, formulada pelo economista Ant...

A "Lei de Thirlwall" possui duas versões: a versão forte e a versão fraca.

Versão Forte:

Na versão forte da Lei de Thirlwall, assume-se que a taxa de crescimento das exportações líquidas é determinada principalmente pela taxa de crescimento da produtividade do trabalho nos setores exportadores. Isso implica que a elasticidade-renda das exportações líquidas é unitária, ou seja, uma mudança percentual no PIB real resultará em uma mudança percentual proporcional nas exportações líquidas.

Sob essa versão, a Lei de Thirlwall é uma relação estrita entre a taxa de crescimento das exportações líquidas e a taxa de crescimento do PIB real. Qualquer desvio dessa relação resultaria em desequilíbrios no balanço de pagamentos.

Versão Fraca:

Na versão fraca da Lei de Thirlwall, reconhece-se que outros fatores, além da produtividade do trabalho, podem influenciar a taxa de crescimento das exportações líquidas, como mudanças nos preços relativos, políticas cambiais e tarifas comerciais, entre outros.

Nessa versão, a Lei de Thirlwall é vista como uma "tendência" ou "regra empírica" que descreve uma relação observada entre o crescimento das exportações líquidas e o crescimento do PIB real ao longo do tempo, mas não necessariamente uma lei universalmente aplicável em todos os casos.

A versão fraca reconhece que existem variações e exceções à relação entre exportações líquidas e crescimento do PIB real, devido a fatores econômicos e políticos específicos de cada país.

Em resumo, a versão forte da Lei de Thirlwall postula uma relação estrita entre exportações líquidas e crescimento do PIB real, enquanto a versão fraca reconhece a influência de outros fatores e vê a lei como uma tendência observada, sujeita a variações e exceções.