Ao preparar um fragmento de pâncreas para observação em micr...
1. Fixação do fragmento em solução de AFA (álcool-formalina-ácido acético); 2. Desidratação em série crescente de concentração de etanol, até chegar a etanol absoluto (100%); 3. Imersão em parafina líquida; 4. Inclusão em parafina; 5. Cortes em micrótomo.
Quando foi proceder aos cortes finos em micrótomo, percebeu que o material se despedaçava. O trabalho estava perdido. Qual foi o erro cometido pelo técnico?
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Tema central da questão: A questão trata dos procedimentos técnicos de preparação de amostras de tecido para observação em microscopia de luz. Este é um tema fundamental em laboratórios de histologia, onde é necessário seguir uma sequência específica de etapas para garantir a integridade e visibilidade do material sob o microscópio.
A preparação de amostras para microscopia envolve etapas de fixação, desidratação, clareamento, inclusão e cortes. Cada uma dessas etapas é crítica para manter a estrutura celular e tecidual da amostra e, assim, permitir uma análise precisa.
Justificativa para a alternativa correta (D): O erro cometido pelo técnico foi não realizar o clareamento da amostra em xilol após a desidratação. O xilol é um agente que substitui o álcool na amostra e é miscível com a parafina, permitindo que a amostra seja corretamente infiltrada com parafina. A falta dessa etapa resulta na má penetração de parafina, fazendo com que o material se despedaçasse durante os cortes no micrótomo.
Análise das alternativas incorretas:
- A - Realizou a desidratação antes da imersão em parafina: Esta é uma etapa correta do procedimento. A desidratação é necessária para remover toda a água do tecido antes da inclusão em parafina.
- B - Desidratou o material, ao invés de hidratá-lo: A desidratação é a etapa correta para a preparação de amostras para inclusão em parafina. Hidratar não faz parte do processo neste contexto.
- C - Não usou o fixador adequado para o procedimento: A fixação com AFA (álcool-formalina-ácido acético) é aceitável e utilizada em muitos procedimentos laboratoriais, portanto, não foi o erro.
- E - Imergiu o material em parafina, quando deveria ter imergido em resina orgânica: Para inclusão em cortes histológicos para microscopia de luz, a parafina é o material padrão, e não resinas orgânicas, que são usadas em outros contextos, como microscopia eletrônica.
Seguindo o procedimento correto, a etapa de clareamento é essencial para a transição entre a desidratação e a inclusão em parafina.
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Comentários
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1- Fixação: evita a autólise celular e impede a proliferação de microrganismos, preservando a morfologia do tecido e fornecendo maior resistência para as etapas seguintes. Os agentes fixadores mais utilizados são o formol tamponado e o líquido de Bouin.
2- Desidratação: Consiste na remoção da água dos tecidos. Vários métodos são utilizados, porém o mais comum compreende uma série de soluções alcoólicas em concentrações diferentes, chegando até o álcool 100%.
3- Clarificação ou diafanização:
Essa etapa remove totalmente o álcool, preparando o espécime para a etapa seguinte. Para remover o álcool e preparar o tecido para a penetração da parafina, utiliza-se o xilol. Conforme o xilol penetra o tecido, em substituição ao álcool, o material se torna mais claro, transparente. Por essa razão, é denominada de clarificação.
4- Inclusão: A parafina é a mais utilizada neste procedimento. Além do fácil manuseio e bons resultados, endurece em poucos minutos e preenche os lugares anteriormente ocupados pela água. Forma-se um bloco de parafina, que contém o espécime em seu interior.
5- Microtomia: Depois de endurecido, o bloco de parafina deve ser cortado em seções extremamente finas, que permitam a visualização do tecido ao microscópio.
6- Coloração: A parafina deve ser dissolvida e removida. Em seguida os tecidos na lâmina são reidratados por meio de uma série de soluções de álcool em concentrações decrescentes.
Os cortes de tecido podem então ser corados com hematoxilina (básica) e eosina (ácida).
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