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Q2186228 Sociologia
De acordo com o teórico social crítico Ricardo Antunes, no texto “O Trabalho e Seus Sentidos” (2008), a reestruturação produtiva que teve início na década de 1970 influenciou não só a organização da produção, como também as políticas públicas da educação, que passaram a ter foco na formação profissional, e a política de emprego e renda, que passou a ter foco na empregabilidade. A partir desse padrão de acumulação flexível, foi introduzido um novo processo de organização do trabalho com vistas
Alternativas

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Vamos começar analisando a alternativa correta, que é a letra B - à intensificação das condições de exploração da força de trabalho.

Tema central: A questão aborda a reestruturação do trabalho a partir da década de 1970, um tema importante na sociologia, principalmente no contexto das mudanças nas relações de trabalho e na organização produtiva. Ricardo Antunes, um renomado teórico crítico, analisa como essas alterações impactaram a organização do trabalho e as políticas públicas relacionadas à educação e à empregabilidade.

Resumo teórico: Na década de 1970, o mundo do trabalho passou por uma reestruturação significativa, conhecida como acumulação flexível. Essa mudança estava associada ao desenvolvimento do toyotismo, que substituiu o fordismo e se caracterizou por maior flexibilidade, terceirização e subcontratação. Isso resultou na intensificação da exploração da força de trabalho, com aumento das exigências sobre os trabalhadores, que passaram a ser mais polivalentes e a sofrer com a precarização das condições de trabalho.

Justificando a alternativa correta: A opção B menciona a "intensificação das condições de exploração da força de trabalho", que é justamente o que ocorreu com as mudanças trazidas pelo modelo de acumulação flexível. A exploração se intensificou por meio de jornadas de trabalho mais longas, metas mais elevadas e crescente instabilidade no emprego. Essas características são discutidas por Antunes em suas obras sobre a precarização do trabalho.

Analisando as alternativas incorretas:

  • A - ao barateamento dos produtos e produção em massa: Essa alternativa não está alinhada com a ideia de acumulação flexível. O foco do toyotismo, por exemplo, não era apenas a produção em massa, mas sim a personalização e a flexibilidade de produção, o que difere do conceito de produção em massa do fordismo.
  • C - a responder à pressão dos trabalhadores por melhores condições de trabalho: Embora a pressão dos trabalhadores por melhores condições exista, a reestruturação produtiva não foi uma resposta a isso, mas sim uma estratégia das empresas para aumentar a eficiência e reduzir custos.
  • D - à divisão rígida de tarefas: A divisão rígida de tarefas é uma característica do modelo fordista, que foi superado pelas práticas mais flexíveis introduzidas na reestruturação produtiva.

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