Na chamada Era de Bismarck, as relações internacionais dos ...
O ensaio de uma política de país insatisfeito, ansioso por ampliar sua hegemonia, mesmo por meios semibelicosos, caracterizou a política internacional de Bismarck, o que suscitou fortes reações de potências europeias, em particular da França.
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O gabarito comentado para a questão que aborda a política internacional na chamada Era de Bismarck é a alternativa "E" - errado. Durante o período em que Otto von Bismarck esteve no poder, sua política externa foi caracterizada pela busca da estabilidade e da paz no continente europeu, a fim de consolidar a recém-formada nação alemã. Conhecido como o "Chanceler de Ferro", Bismarck estabeleceu um sistema de alianças que tinha como objetivo principal isolar a França e prevenir uma guerra em duas frentes. Portanto, a afirmação de que sua política era a de um país insatisfeito, que buscava ampliar sua hegemonia por meios semibelicosos e que isso levou a fortes reações, particularmente da França, é incorreta.
Na verdade, Bismarck estava mais preocupado com a preservação do equilíbrio de poder na Europa do que com a expansão territorial. Após a Unificação Alemã, o desafio era manter a paz europeia e evitar coalizões que pudessem ameaçar a Alemanha. Assim, seu realismo político e suas habilidades diplomáticas foram direcionados para evitar que a França, amargurada pela perda da Alsácia-Lorena na Guerra Franco-Prussiana, encontrasse aliados para uma vingança contra a Alemanha. Ele queria manter a França diplomática e militarmente isolada, enquanto mantinha fortes laços com a Áustria-Hungria e a Rússia, entre outros.
Portanto, a imagem de Bismarck como um expansionista ansioso é equivocada, e a alternativa que sugere essa interpretação não reflete adequadamente sua abordagem prudente e calculista na política internacional.
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Comentários
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Na política externa, ele adotou uma ideia de ''potência satisfeita'', ou seja, sem pretensões expansionistas.
Discordo do gabarito, para mim o item deveria estar Correto.
Deve-se considerar o longo período que Bismarck ficou na chancelaria prussiana, não se deve esquecer que foi sua política de unificação que provocou a guerra contra a Dinamarca para posse dos ducados de holstein e schleswig, logo depois a guerra das sete semanas, entre Prússia e Áustria (que dividira o reino austríaco em Áustro-Húngaro) e por último sua grande artimanha contra a França na guerra Franco-prussiana para unificação da Alemanha em 1870-1871. Se isso não foi o ensaio de um país insatisfeito, ansioso por ampliar sua hegemonia, mesmo por meios semibelicosos.....
Acredito que o item tenha considerado somente o período pós unificação alemã, mas isso não seria suficiente para tornar o item errado.
Durante o século XIX, para alcançar uma paz duradoura o Concerto da Europa tentou manter o equilíbrio de poder. Esta política foi largamente bem sucedida em evitar guerras em grande escala na Europa por quase um século, até a Primeira Guerra Mundial. Especificamente, durante a primeira metade do século XIX a Inglaterra e França dominaram o continente europeu, mas por volta de 1850, haviam ficado extremamente preocupados com o crescente poder da Rússia e Prússia. A Guerra da Crimeia de 1854 a 1855 e a Segunda Guerra da Independência Italiana de 1859 quebraram as relações entre as grandes potências da Europa, no entanto, a criação e ascensão do Império Alemão como uma nação dominante reestruturou o equilíbrio de poder europeu. Nos próximos 20 anos,Otto Von Bismarck irá conseguir manter o equilíbrio de poder, propondo a criação de muitos tratados e alianças complexas entre as nações europeias.
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