O Movimento de Reconceituação é prisioneiro de uma antiga c...
Mas é necessário, também, evitar uma outra perspectiva, que venho chamando de
messianismo profissional:
uma visão heróica do Serviço Social que reforça unilateralmente a subjetividade dos sujeitos, a sua vontade política sem confrontá-la com as possibilidades e limites da realidade social.
Ora, essa afirmativa não é sem conseqüências. As mudanças históricas estão hoje alterando tanto a divisão do trabalho na sociedade, quanto a divisão técnica do trabalho no interior das estruturas produtivas, corporificadas em novas formas de organização e de gestão do trabalho. Sendo o Serviço Social uma especialização do trabalho na sociedade, não foge a esses determinantes, exigindo "apreender os processos macroscópicos que atravessam todas as especializações do trabalho, inclusive, o Serviço Social.
Eu discordo dessa resposta, e gostaria do gabarito, fundamentado. Ora, o messianismo não é um valor da esquerda.
O duplo dilema mencionado no Movimento de Reconceituação do Serviço Social é a coexistência de uma ética de esquerda e uma epistemologia de direita, que gerou um conflito entre a prática profissional e a teoria. Esse dilema se manifestou na prática profissional do Serviço Social, que muitas vezes se viu dividida entre uma ética de esquerda, que defendia a transformação social, e uma epistemologia de direita, que valorizava a neutralidade e a objetividade.
@resumosdoseso