Leia o fragmento a seguir. “Cerca de 50% das entrevistadas ...
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Ano: 2024
Banca:
Fundação CETREDE
Órgão:
Prefeitura de Pires Ferreira - CE
Provas:
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Assistente Social
|
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Educador Físico |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Enfermeiro |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Médico |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Médico Ginecologista |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Farmacêutico |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Fisioterapeuta |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Médico Pediatra |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Médico Veterinário |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Nutricionista |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Odontólogo |
Fundação CETREDE - 2024 - Prefeitura de Pires Ferreira - CE - Psicólogo |
Q3315592
Português
Texto associado
Leia o Texto I a seguir para responder à questão.
TEXTO I
A pressão por perfeição causada pelas redes sociais pode
afetar a qualidade de vida das pessoas
Um estudo divulgado no final do ano passado sobre o uso da
internet, promovido pela empresa de marketing We Are Social,
revelou que os brasileiros gastam, em média, três horas por
dia navegando nas redes sociais.
E com o crescimento do uso de aplicativos como o Facebook e o
Instagram, milhares de pessoas em todo o mundo estão
ganhando muito dinheiro fazendo publicidade para marcas,
ditando padrão de beleza e acirrando o clima de competição em
relação à aparência e à estética, o que tem gerado uma forte
pressão nos usuários.
Inclusive, tal pressão levou o Instagram a ocultar o número de
curtidas nas publicações da plataforma, como uma tentativa de
diminuir o clima de competição entre os usuários para que eles
se sintam mais livres para postarem seus conteúdos.
Mas até que ponto essa pressão nas redes sociais pode
afetar a vida e a autoestima das pessoas?
No Brasil, essa pressão por um corpo perfeito tem conduzido
muitos brasileiros a desenvolverem transtornos
comportamentais, como baixa autoestima, ansiedade e até
mesmo depressão.
A ONG inglesa Girlguiding fez uma pesquisa com mais de mil
garotas e jovens, entre 11 e 21 anos, e comprovou que a relação
delas com o mundo virtual pode não ser tão amistosa quanto
aparenta.
Uma em cada três jovens relatou que sua maior preocupação
on-line era comparar a sua vida com a de outras pessoas por
meio das redes sociais, e alegaram que se preocupam pela forma
como isso está afetando seu bem-estar.
A psicóloga e psicanalista Sheyna Vasconcellos, professora da
faculdade Unijorge, em Salvador, esclarece que a nossa
necessidade de aprovação e aceitação é muito antiga, e anterior
às redes sociais. Assim, a decisão do Instagram em ocultar as
curtidas, disfarça um pouco essa rivalidade e, até certo ponto, é
libertadora, mas não é esse o problema.
Ela explica que a geração atual tende a usar o corpo como
cenário de exibição em busca de aprovação e curtidas, levando a
ficarem cada vez mais tempo visíveis on-line, já que a internet
funciona 24 horas por dia, comprometendo ainda mais essa
relação com o espaço virtual.
E esse espaço sem fronteiras cria dispersão e fragmentação, o
que pode ser bem perigoso para quem já está vulnerável
psiquicamente. “Para muitos, a vida editada nas redes sociais não
corresponde à vida real, cheia de frustrações. E isso faz com que
o indivíduo sinta uma forte solidão em sua angústia”.
E como as famílias lidam com isso?
Outro dado relevante levantado pelo estudo da ONG inglesa é a
opinião das jovens sobre a percepção que os pais têm da pressão
que elas sofrem no mundo digital.
Cerca de 50% das entrevistadas relataram que os pais têm
consciência desse tipo de pressão, porém, apenas 12%
afirmaram que seus pais têm alguma preocupação real com
esse problema enfrentado por elas.
A psicóloga alerta que a vida midiática faz parte da nossa cultura
e das novas formas de sofrimento psíquico, e o papel da família
nesse contexto é muito importante.
“Cada vez mais os familiares precisam conhecer os interesses de
seus jovens, o tipo de conteúdo e perfis que os seduzem e, muito
importante: escutar o que eles têm a dizer, e ouvir suas opiniões
para procurar entendê-los e orientá-los. Ao demonstrar interesse
por este novo mundo a relação entre a família e seus jovens vai
se estreitar e abrir um “canal” que pode ganhar mais relevância
do que o canal do Youtube”, orienta a psicóloga.
Aceitação, autoconfiança e autoestima
O cirurgião Sandro Fabrício Queiroz está acostumado a conviver
com pacientes que encontram nas redes sociais um espaço de
socialização que muitas vezes não vislumbram na vida off-line,
com amigos, escolas e familiares.
Além de atuar em vários hospitais de Salvador, o cirurgião é o
responsável técnico pela CTS - Clínica de Tratamento e Suor
especialista em hiperidrose, uma doença que causa transpiração
excessiva em algumas partes do corpo, como mãos, axilas e
rosto.
Essa doença não traz maiores risco à saúde, mas causa muito
desconforto e constrangimento, levando a pessoa a ter que tomar
vários banhos por dia, evitar um aperto de mão, um abraço, um
contato mais próximo com outras pessoas, impactando em suas
relações sociais e na vida diária.
“A hiperidrose impacta fortemente na qualidade de vida das
pessoas. E, como nas redes sociais eles não precisam enfrentar
esse problema – não precisam de contato físico -, muitos
pacientes acabam se entregando à vida virtual, substituindo o
convívio e a aceitação da vida real pelos “likes” das redes sociais”.
O cirurgião esclarece que adolescentes com hiperidrose se
sentem inseguros e incomodados e podem se tornar
introspectivos. E nessa fase da vida qualquer situação de
exclusão pode afetar a autoconfiança e a autoestima, e, nesse
aspecto, o convívio com a rede social pode ser libertador.
“De uma maneira geral, tudo é amplificado no mundo virtual: as
pressões pelo enquadramento aos padrões são maiores e
problemas são aumentados ou simplesmente criados, mas por
outro lado, o mundo virtual pode abrir as portas para a obtenção
de soluções adequadas para os problemas que existem na vida
real. As redes sociais permitem o contato com grande número de
pessoas com os mesmos problemas, contribuindo para uma
maior aceitação, bem como para a solução necessária que, de
outra forma, permaneceriam como uma determinação do destino
da qual não se pode escapar”, reflete o cirurgião.
Padrão estético exagerado
Veiculação de tratamentos estéticos milagrosos e um ideal de
beleza muito exagerado disseminados pelas redes sociais são
preocupações destacadas pela dermatologista Lorena Marçal,
vice-presidente regional Bahia da Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD/BA).
Segundo ela, há um grande aumento por procura em
procedimentos estéticos em busca de um padrão de beleza
veiculado, muitas vezes, usando imagens sensacionalistas e
distorcidas, gerando um falso ideal de beleza e de “facilidade” de
procedimentos sem riscos, propagados por pessoas que não são
médicos nem especialistas e não têm conhecimento e
autorização para divulgar esses serviços.
“É preciso ter muito cuidado. Hoje em dia buscam um padrão que
nem sempre é indicado e recomendado, como lábios
exageradamente grandes, mandíbulas marcadas, região molar
muito projetada, nariz fino e sobrancelhas bastante arqueadas.
Na dúvida, tem que procurar um médico dermatologista da
Sociedade Brasileira de Dermatologia. Só através de uma
avaliação médica bem feita é que se pode fazer as indicações
exatas do que realmente é necessário, e qual o melhor
procedimento a ser feito”.
Fonte:https://www.revistaabm.com.br/artigos/a-pressao-por-perfeicao-causada-pelas-redes-sociais-pode-afetar-a-qualidade-de-vida-das-pessoas
Leia o fragmento a seguir.
“Cerca de 50% das entrevistadas relataram que os pais têm consciência desse tipo de pressão, porém, apenas 12% afirmaram que seus pais têm alguma preocupação real com esse problema enfrentado por elas.”
O autor destaca esse trecho porque:
“Cerca de 50% das entrevistadas relataram que os pais têm consciência desse tipo de pressão, porém, apenas 12% afirmaram que seus pais têm alguma preocupação real com esse problema enfrentado por elas.”
O autor destaca esse trecho porque: