Sobre o tromboembolismo pulmonar (TEP), assinale a alternat...
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O tema central da questão é o tromboembolismo pulmonar (TEP), uma condição grave em que um ou mais coágulos de sangue se formam nas artérias dos pulmões, bloqueando o fluxo sanguíneo. Para resolver esta questão, é necessário conhecimento sobre os sinais, diagnóstico, profilaxia e tratamento do TEP.
Alternativa Correta:
A alternativa D é a correta: "O tratamento de primeira linha envolve a administração de anticoagulantes, que deve ser cuidadosamente avaliada com base no risco de sangramento do paciente."
Os anticoagulantes são o tratamento padrão para TEP, pois ajudam a prevenir o crescimento do coágulo e novos eventos tromboembólicos. Entretanto, devido ao risco de sangramento, a escolha do tratamento deve ser individualizada, considerando o perfil de risco do paciente.
Análise das Alternativas Incorretas:
A - A afirmação de que "A tríade de sinais clássicos da TEP inclui dispneia, hemoptise e dor torácica pleurítica, sendo que a presença de todos os três sinais é sempre necessária para o diagnóstico" é incorreta. Nem todos os pacientes apresentam essa tríade, e o diagnóstico de TEP pode ser feito mesmo com a ausência de alguns desses sinais clássicos. Fatores como histórico médico e exames complementares são fundamentais.
B - A alternativa que menciona a "radiografia de tórax como exame padrão-ouro" está errada. O exame padrão-ouro para o diagnóstico de TEP é a angiotomografia computadorizada (angio-TC), pois permite visualização precisa das artérias pulmonares e a identificação de coágulos. A radiografia de tórax pode ser normal ou mostrar achados inespecíficos no TEP.
C - A profilaxia para TEP não deve ser considerada apenas para pacientes com mobilidade reduzida por mais de 48 horas. Existem outros fatores de risco, como cirurgia recente, idade avançada e histórico de trombose, que também indicam a necessidade de profilaxia. A profilaxia deve ser individualizada e baseada em uma avaliação abrangente dos fatores de risco.
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Comentários
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A) INCORRETA:
A tríade clássica do TEP (dispneia, dor torácica pleurítica e hemoptise) não precisa estar sempre presente. Na prática, poucos pacientes apresentam os três sintomas juntos. O mais comum é:
Dispneia súbita — sintoma mais frequente.
Dor torácica pleurítica — devido à irritação pleural por infarto pulmonar.
Hemoptise — menos comum, ocorre em casos com infarto pulmonar.
Muitos pacientes podem apresentar apenas dispneia e taquicardia, então nunca descarte TEP pela ausência da tríade completa.
B) INCORRETA:
A radiografia de tórax não é o padrão-ouro para diagnóstico de TEP. Ela geralmente é normal ou inespecífica nesses casos e serve mais para excluir diagnósticos diferenciais (como pneumonia ou pneumotórax).
O exame de escolha inicial para pacientes estáveis é a angiotomografia de tórax com contraste.
O padrão-ouro é a arteriografia pulmonar, mas raramente é usada na prática por ser invasiva.
C) INCORRETA:
A profilaxia de TEP deve ser considerada para todos os pacientes hospitalizados com risco aumentado, não apenas aqueles com mobilidade reduzida por mais de 48h. Fatores de risco incluem:
Cirurgias de grande porte.
Traumas.
Pacientes com câncer, insuficiência cardíaca ou história prévia de TEP/TVP.
D) CORRETA:
O tratamento de primeira linha do TEP é a anticoagulação, geralmente com:
Heparina de baixo peso molecular (HBPM).
Fondaparinux ou heparina não fracionada (em situações específicas).
Anticoagulantes orais diretos (como rivaroxabana ou apixabana) podem ser usados diretamente em pacientes de baixo risco.
A decisão de iniciar anticoagulação deve sempre ser equilibrada com o risco de sangramento.
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