Leia o poema a seguir. Não fui, na infância, como os outros...
Não fui, na infância, como os outros e nunca vi como outros viam. Minhas paixões eu não podia tirar de fonte igual à deles; e era outra a origem da tristeza, e era outro o canto, que acordava o coração para a alegria. Tudo o que amei, amei sozinho. Assim, na minha infância, na alba da tormentosa vida, ergueu-se, no bem, no mal, de cada abismo, a encadear-me, o meu mistério. Veio dos rios, veio da fonte, da rubra escarpa da montanha, do sol, que todo me envolvia em outonais clarões dourados; e dos relâmpagos vermelhos que o céu inteiro incendiavam; e do trovão, da tempestade, daquela nuvem que se alterava, só, no amplo azul do céu puríssimo, como um demônio, ante meus olhos. (Edgar Allan Poe. Só.)
Por motivos diversos, elementos sintáticos, como o sujeito ou os objetos de um verbo, podem ser ocultados na oração (a chamada elipse). No caso do poema apresentado, devido às características específicas da composição poética, o sujeito do verbo “vir” (linha 13) ficou elíptico, mas ele já havia sido citado no texto. O sujeito dessa forma verbal é
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Interpretação da Questão: A questão aborda a elipse, que ocorre quando um elemento sintático é omitido em uma oração, mas pode ser entendido a partir do contexto. É importante identificar o sujeito do verbo “vir” mencionado no poema, que está elidido, ou seja, não está explicitamente escrito, mas já foi mencionado anteriormente no texto.
Norma Gramatical Aplicável: A elipse é um recurso comum na Língua Portuguesa, utilizado para evitar repetições desnecessárias. Quando um sujeito é elidido, sua identificação correta depende da compreensão do contexto em que foi apresentado anteriormente.
Alternativa Correta: A alternativa C - “o meu mistério” (linha 12) é a correta. O sujeito do verbo “vir” (que se refere ao ato de “vir” mencionado no contexto do poema) é, de fato, “o meu mistério”. Esse sujeito já foi introduzido anteriormente, e a compreensão do poema revela que ele está relacionado à ideia de algo que veio e que tem um significado profundo para o eu lírico.
Justificativa das Alternativas Incorretas:
A - “minhas paixões” (linha 3): Embora mencione um aspecto do eu lírico, não se relaciona diretamente com o verbo “vir”, que se refere a um aspecto mais profundo e metafórico do poema.
B - “o coração” (linha 7): Esta opção se refere ao objeto da alegria, mas não está diretamente ligada ao sujeito do verbo “vir”, que expressa a origem do mistério.
D - “como um demônio” (linha 22): Esta expressão é uma comparação e não se refere ao sujeito do verbo “vir”. Ela descreve uma imagem visual, mas não é o que se busca na identificação do sujeito elidido.
Assim, a análise do poema e a identificação de elementos elididos são fundamentais para compreender a mensagem do texto e responder corretamente a esta questão.
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Comentários
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Cadê o texto?
O poema está aí, só não está em versos corretamente.
Gente não entendi até agora e para mim a resposta é minha paixão.
Alguém pode explicar?
Tudo o que amei, amei sozinho. Assim, na minha infância, na alba da tormentosa vida, ergueu-se, no bem, no mal, de cada abismo, a encadear-me, >>>o meu mistério<<<. >><Veio <<<dos rios, veio da fonte, da rubra escarpa da montanha, do sol, que todo me envolvia em outonais clarões dourados; e dos relâmpagos vermelhos que o céu inteiro
Sujeito precisa de artigo na maioria dos casos precisa de ARTIGO
Rapaz, o cara tem que ter o dobro do esforço pedido pela banca, porque o texto não está em versos...
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