Homem diabético em insulinoterapia, 56 anos, procura a Unid...
Com base nos achados clínicos e laboratoriais, qual é o diagnóstico provável e a conduta inicial mais adequada?
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A alternativa correta é a C: Infecção latente por tuberculose (ILTB); iniciar tratamento com esquema preventivo com rifapentina + isoniazida.
Essa questão aborda o tema de tuberculose, uma doença infecto-contagiosa, com ênfase na diferenciação entre tuberculose ativa e infecção latente por tuberculose (ILTB). Para resolvê-la, é necessário entender os sinais clínicos e os resultados de exames laboratoriais específicos, como a prova tuberculínica (PPD) e o teste de liberação de interferon-gama (IGRA).
No cenário apresentado, o paciente é um homem de 56 anos, diabético e em insulinoterapia, que teve contato próximo com uma pessoa diagnosticada com tuberculose pulmonar. Ele está assintomático e sua radiografia de tórax não apresenta alterações. O PPD de 12 mm e o IGRA reagente indicam uma infecção latente, já que não há sintomas clínicos nem alterações radiológicas sugestivas de doença ativa.
Agora, vamos explorar por que a alternativa C é a correta e por que as outras não são:
C - Infecção latente por tuberculose (ILTB); iniciar tratamento com esquema preventivo com rifapentina + isoniazida.
Justificativa: No caso de ILTB, o objetivo é prevenir a progressão para a tuberculose ativa. O tratamento preventivo com rifapentina + isoniazida é um esquema recomendado para esse fim, especialmente em pacientes que apresentam fatores de risco, como o diabetes.
A - Tuberculose pulmonar ativa; iniciar esquema padrão de tratamento para tuberculose (RHZE), por 6 meses.
Incorreta: O paciente não apresenta sintomas clínicos nem alterações radiológicas que indiquem tuberculose ativa. O tratamento com RHZE é indicado para casos de tuberculose ativa, o que não é o caso aqui.
B - Infecção latente por tuberculose (ILTB); iniciar tratamento com esquema preventivo com pirazinamida + etambutol.
Incorreta: Esse esquema não é utilizado para tratar a ILTB. Pirazinamida e etambutol são usados em tratamento de tuberculose ativa, não como prevenção.
D - Tuberculose pulmonar ativa; solicitar broncoscopia.
Incorreta: Assim como na alternativa A, não há evidências de tuberculose ativa que justifiquem uma broncoscopia. O paciente está assintomático e sem alterações radiológicas.
E - Infecção latente por tuberculose (ILTB); aguardar evolução clínica antes de iniciar qualquer tratamento.
Incorreta: No caso de infecção latente, especialmente com fatores de risco como o diabetes, é recomendado iniciar tratamento preventivo para evitar a progressão para a tuberculose ativa.
Espero que esta explicação tenha esclarecido suas dúvidas sobre a questão. Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!
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⚕️QUESTÃO SOBRE DIAGNÓSTICO E CONDUTA EM CASO DE POSSÍVEL TUBERCULOSE
✅ALTERNATIVA CORRETA: [C] Infecção latente por tuberculose (ILTB); iniciar tratamento com esquema preventivo com rifapentina + isoniazida.
✏️JUSTIFICATIVA.
Com base nos achados clínicos e laboratoriais do paciente, a infecção latente por tuberculose (ILTB) é o diagnóstico mais provável. Esse quadro ocorre quando o paciente foi exposto ao bacilo da tuberculose, mas não desenvolveu a doença ativa, ou seja, não apresenta sintomas clínicos e sua radiografia de tórax está normal. A prova tuberculínica (PPD) de 12 mm e o teste de liberação de interferon-gama (IGRA) reagente confirmam a exposição ao bacilo de Mycobacterium tuberculosis.
ILTB é tratada com quimioprofilaxia para prevenir a reativação da tuberculose. O esquema preventivo recomendado inclui rifapentina + isoniazida por 3 meses, sendo essa a conduta adequada. A combinação de rifapentina e isoniazida tem mostrado bons resultados na redução do risco de desenvolvimento da doença ativa, especialmente em pacientes com risco elevado, como é o caso de indivíduos diabéticos em insulinoterapia, que apresentam risco aumentado de progressão para tuberculose ativa.
⚠️ANÁLISE DAS DEMAIS ALTERNATIVAS
❌ [A]: Incorreta. O paciente não apresenta sintomas clínicos como tosse, suores noturnos ou febre, que são típicos da tuberculose pulmonar ativa. A radiografia de tórax também está normal, o que descarta a presença de tuberculose pulmonar ativa. Portanto, não é indicado iniciar o esquema de tratamento para tuberculose (RHZE) de 6 meses.
❌ [B]: Incorreta. O tratamento com pirazinamida + etambutol não é indicado para a infecção latente por tuberculose (ILTB). Esses medicamentos fazem parte do esquema para o tratamento da tuberculose pulmonar ativa, e não para a profilaxia.
❌ [D]: Incorreta. O paciente não apresenta sinais ou sintomas de tuberculose pulmonar ativa, como tosse persistente ou lesões pulmonares na radiografia de tórax. Além disso, o diagnóstico de tuberculose pulmonar ativa não é indicado, então a realização de broncoscopia não seria uma conduta inicial adequada.
❌ [E]: Incorreta. Aguardar a evolução clínica não é uma conduta correta, visto que a infecção latente por tuberculose tem risco de reativação e, em pacientes com comorbidades como diabetes, pode evoluir para a forma ativa. O tratamento com profilaxia com rifapentina + isoniazida é a abordagem recomendada, não sendo necessário esperar por uma evolução clínica.
⏳RESUMO:
O paciente apresenta infecção latente por tuberculose (ILTB), evidenciada pela prova tuberculínica positiva e pelo teste IGRA reagente, mas sem sinais clínicos de tuberculose ativa. A conduta inicial mais adequada é o tratamento preventivo com rifapentina + isoniazida para reduzir o risco de progressão para tuberculose ativa.
‼️PONTOS CHAVE
◊ A infecção latente por tuberculose (ILTB) é caracterizada pela presença de bacilos viáveis no organismo, mas sem sintomas clínicos ou lesões pulmonares.
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