"... empresas, através da colaboração tecnológica ou direta...
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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.
Como tendências globais na gestão pública podem
servir de exemplo para o Brasil
Ao redor do mundo, governos têm sido percebidos como
lentos e burocráticos. É possível, entretanto, identificar
bons exemplos de práticas na gestão pública que
contrariam essa percepção geral. O relatório da Deloitte
"Tendências governamentais 2024" faz uma análise
global do tema, com mais de 200 casos de diversas
partes do mundo que são verdadeiras provas de
transformações radicais em serviços públicos.
São muitos os exemplos em que a convergência entre
tecnologias, regulamentações adaptadas e políticas
públicas que de fato favoreçam a sociedade permitiram
que governos aprimorassem mais de 10 vezes índices
como eficiência operacional e experiência do cliente.
Destravar a produtividade é uma das tendências
apontadas. Avanços na inteligência artificial (IA),
especialmente na IA generativa, abrem caminho para
oportunidades únicas de acelerar o ritmo de
produtividade governamental.
Um exemplo vem de Queensland, na Austrália, onde
hospitais públicos passaram a usar IA para prever
fatores como admissões de pacientes, tipos de
ferimentos e disponibilidade de leitos. Como resultado,
os hospitais puderam conciliar melhorias na condição
dos pacientes com a economia de valores expressivos
do orçamento.
Ganhar velocidade também pode fazer a diferença.
Usando o princípio "apenas 1 vez", a Áustria tornou
possível que hospitais, postos de atendimento, médicos
e demais profissionais de saúde possam acessar
informações de pacientes através de uma plataforma de
dados compartilhada, reduzindo significativamente o
tempo de resposta e atendimento à população.
Cultivar ecossistemas, além de destravar a
produtividade, também potencializa a inovação. Para
isso, é preciso quebrar os silos de onde diversos órgãos
enxergavam apenas sua parcela no emaranhado de
processos e demandas.
Um exemplo da Dinamarca ilustra esse caso. Por lá, o
governo estabeleceu 14 setores para agilizar a
descarbonização do país, cuja meta é, em 2030, reduzir
em 70% os níveis de 1990. Cada setor ficou responsável
por desenvolver parcerias específicas, inclusive com o
setor privado em áreas como construção e comércio.
Cada parceria dessas envolvia insights da sociedade
civil, da academia e de ministérios específicos, gerando
432 recomendações. Em 2023, cerca de 80% dessas
recomendações foram total ou parcialmente seguidas.
Para que essas evoluções sejam percebidas
efetivamente pela sociedade, a administração pública
deve enxergar o cidadão como o principal foco das suas ações − o seu verdadeiro "cliente". O estudo da Deloitte
mostra que melhorar as interações com o "cliente" não
apenas reduz o tempo que se leva para acessar serviços
públicos como ajuda a construir uma boa vontade em
relação às futuras interações com o governo.
A regulamentação, aliás, deve acompanhar essas
melhorias. Temos um bom exemplo no Brasil de como
políticas públicas, combinadas com o uso de tecnologia
e a atuação das Entidades Públicas, puderam favorecer
a inclusão financeira digital de milhares de pessoas e
pequenos negócios com o advento dos meios de
pagamento digitais, em especial o PIX.
Como mostra o estudo da Deloitte, há bons exemplos no
mundo todo − e, em sua maioria, eles só foram
viabilizados pela combinação de esforços entre
sociedade civil organizada, exercendo seu papel de
controle social das políticas públicas; empresas, através
da colaboração tecnológica ou diretamente por parcerias
público-privadas, para viabilizar os investimentos
necessários; academia, para prover capital intelectual e
um ambiente de pesquisa que favoreça o aprimoramento
tecnológico contínuo; e governo, fomentando os demais
agentes deste processo e provendo um ambiente de
negócios seguro e colaborativo, com políticas públicas
que favoreçam essa convergência.
https://www.deloitte.com/br/pt/Industries/government-public/perspective
s/tendencias-globais-gestao.html
"... empresas, através da colaboração tecnológica ou
diretamente por parcerias público-privadas, para
viabilizar os investimentos necessários..."
São biformes os adjetivos que têm como último elemento um adjetivo, em que ocorre a variação. O vocábulo 'público-privadas' é um exemplo de adjetivo biforme, que fez a concordância correta com o substantivo 'parcerias'.
Os enunciados a seguir apresentam adjetivos compostos biformes, exceto em:
São biformes os adjetivos que têm como último elemento um adjetivo, em que ocorre a variação. O vocábulo 'público-privadas' é um exemplo de adjetivo biforme, que fez a concordância correta com o substantivo 'parcerias'.
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