Leia o texto a seguir: Recentemente, historiadores, ent...
Recentemente, historiadores, entre os quais se destacam João Fragoso e Manolo Florentino, enfatizaram a importância da acumulação de capitais, por parte de um reduzido, mas poderoso grupo, cuja base de atuação era o Rio de Janeiro, embora não se limitasse a ele. Desde a primeira metade do século XVIII, constatamos um processo de acumulação urbana propiciado, em boa medida, por capitais investidos no tráfico de escravos.
(Boris Fausto, História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2015. Adaptado)
A perspectiva destacada no trecho complexifica uma visão consagrada da historiografia sobre o período colonial, reconhecida por enfatizar
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O trecho fala sobre a acumulação de capitais por um grupo pequeno, mas poderoso, a partir do tráfico de escravos, que gerou grande riqueza e concentrações de poder no Rio de Janeiro, além de não se limitar a esse centro urbano. Essa acumulação de riquezas está associada à grande propriedade, à escravidão e à vinculação com o exterior. A perspectiva indicada no texto destaca um processo de acumulação de riquezas que não se limita ao desenvolvimento de um mercado interno ou à expansão da pecuária, mas sim ao papel crucial do tráfico de escravos no sistema econômico colonial. A elite que controlava esse tráfico usava o trabalho escravo, especialmente nas grandes propriedades agrícolas, para exportar produtos primários (como açúcar, ouro e, eventualmente, café) para o mercado externo.
A vinculação com o exterior era uma característica central do sistema econômico colonial brasileiro, que se baseava em grandes propriedades agrícolas e na escravidão para gerar lucros a partir da exportação de produtos primários.
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