Questões de Concurso Público UNICAMP 2019 para Profissional da Tecnologia, Informação e Comunicação

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Q1068991 Português

Leia o texto, para responder a questão.


O hacker é essencial ao sistema


      Os incidentes planetários na internet não devem causar espanto. Todos sabem que quanto mais avançada é uma tecnologia, melhor ela se presta ao atentado.

      O automóvel que dirijo agora faz coisas que o velho carro com o qual obtive minha carteira nem sequer sonhava, mas, se tivesse começado a dirigir então com meu carro de hoje, já teria me arrebentado em alguma esquina. Por sorte, cresci com meu carro, adaptando-me pouco a pouco ao aumento de sua potência.

      Com o computador, ao contrário, ainda nem tive tempo de aprender todas as possibilidades da máquina e do programa quando modelos mais complexos chegam ao mercado. Tampouco posso continuar com o velho computador, que talvez fosse suficiente para mim, porque algumas melhorias indispensáveis só rodam nas novas máquinas. O mesmo acontece com os celulares, gravadores, palm tops e com todo o digital em geral.

      Esse drama não atinge apenas o usuário comum, mas também os que precisam controlar o fluxo telemático, inclusive agentes do FBI, bancos e até o Pentágono.

      Quem é que tem 24 horas por dia para entender as novas possibilidades do próprio meio? O hacker, que é uma espécie de anacoreta, de eremita do deserto que dedica todas as horas de seu dia à meditação (eletrônica). Sendo os únicos especialistas totais de uma inovação em ritmo insustentável, eles têm tempo de entender tudo o que podem fazer com a máquina e a rede, mas não de elaborar uma nova filosofia e de estudar suas aplicações positivas, de modo que se dedicam à única ação imediata que sua desumana competência permite: desviar, bagunçar, desestabilizar o sistema global.

      Nesta ação, é possível que muitos deles pensem que atuam no “espírito de Seattle”*, ou seja, a oposição ao novo Moloch**. Na verdade, acabam por ser os melhores colaboradores do sistema, pois para neutralizá-los é preciso inovar mais ainda e com maior rapidez. É um círculo diabólico, no qual o contestador potencializa aquilo que acredita estar destruindo.

                 (Umberto Eco, Pape Satàn Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida. Adaptado)


* Referência a protestos contra a globalização e o capitalismo, ocorridas em Seattle em 1999.

** Moloch, divindade que exigia sacrifícios humanos.

É correto afirmar que, no texto, o autor
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Q1068992 Português

Leia o texto, para responder a questão.


O hacker é essencial ao sistema


      Os incidentes planetários na internet não devem causar espanto. Todos sabem que quanto mais avançada é uma tecnologia, melhor ela se presta ao atentado.

      O automóvel que dirijo agora faz coisas que o velho carro com o qual obtive minha carteira nem sequer sonhava, mas, se tivesse começado a dirigir então com meu carro de hoje, já teria me arrebentado em alguma esquina. Por sorte, cresci com meu carro, adaptando-me pouco a pouco ao aumento de sua potência.

      Com o computador, ao contrário, ainda nem tive tempo de aprender todas as possibilidades da máquina e do programa quando modelos mais complexos chegam ao mercado. Tampouco posso continuar com o velho computador, que talvez fosse suficiente para mim, porque algumas melhorias indispensáveis só rodam nas novas máquinas. O mesmo acontece com os celulares, gravadores, palm tops e com todo o digital em geral.

      Esse drama não atinge apenas o usuário comum, mas também os que precisam controlar o fluxo telemático, inclusive agentes do FBI, bancos e até o Pentágono.

      Quem é que tem 24 horas por dia para entender as novas possibilidades do próprio meio? O hacker, que é uma espécie de anacoreta, de eremita do deserto que dedica todas as horas de seu dia à meditação (eletrônica). Sendo os únicos especialistas totais de uma inovação em ritmo insustentável, eles têm tempo de entender tudo o que podem fazer com a máquina e a rede, mas não de elaborar uma nova filosofia e de estudar suas aplicações positivas, de modo que se dedicam à única ação imediata que sua desumana competência permite: desviar, bagunçar, desestabilizar o sistema global.

      Nesta ação, é possível que muitos deles pensem que atuam no “espírito de Seattle”*, ou seja, a oposição ao novo Moloch**. Na verdade, acabam por ser os melhores colaboradores do sistema, pois para neutralizá-los é preciso inovar mais ainda e com maior rapidez. É um círculo diabólico, no qual o contestador potencializa aquilo que acredita estar destruindo.

                 (Umberto Eco, Pape Satàn Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida. Adaptado)


* Referência a protestos contra a globalização e o capitalismo, ocorridas em Seattle em 1999.

** Moloch, divindade que exigia sacrifícios humanos.

É correto concluir que o perfil traçado do hacker destaca que este
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Q1068993 Português

Leia o texto, para responder a questão.


O hacker é essencial ao sistema


      Os incidentes planetários na internet não devem causar espanto. Todos sabem que quanto mais avançada é uma tecnologia, melhor ela se presta ao atentado.

      O automóvel que dirijo agora faz coisas que o velho carro com o qual obtive minha carteira nem sequer sonhava, mas, se tivesse começado a dirigir então com meu carro de hoje, já teria me arrebentado em alguma esquina. Por sorte, cresci com meu carro, adaptando-me pouco a pouco ao aumento de sua potência.

      Com o computador, ao contrário, ainda nem tive tempo de aprender todas as possibilidades da máquina e do programa quando modelos mais complexos chegam ao mercado. Tampouco posso continuar com o velho computador, que talvez fosse suficiente para mim, porque algumas melhorias indispensáveis só rodam nas novas máquinas. O mesmo acontece com os celulares, gravadores, palm tops e com todo o digital em geral.

      Esse drama não atinge apenas o usuário comum, mas também os que precisam controlar o fluxo telemático, inclusive agentes do FBI, bancos e até o Pentágono.

      Quem é que tem 24 horas por dia para entender as novas possibilidades do próprio meio? O hacker, que é uma espécie de anacoreta, de eremita do deserto que dedica todas as horas de seu dia à meditação (eletrônica). Sendo os únicos especialistas totais de uma inovação em ritmo insustentável, eles têm tempo de entender tudo o que podem fazer com a máquina e a rede, mas não de elaborar uma nova filosofia e de estudar suas aplicações positivas, de modo que se dedicam à única ação imediata que sua desumana competência permite: desviar, bagunçar, desestabilizar o sistema global.

      Nesta ação, é possível que muitos deles pensem que atuam no “espírito de Seattle”*, ou seja, a oposição ao novo Moloch**. Na verdade, acabam por ser os melhores colaboradores do sistema, pois para neutralizá-los é preciso inovar mais ainda e com maior rapidez. É um círculo diabólico, no qual o contestador potencializa aquilo que acredita estar destruindo.

                 (Umberto Eco, Pape Satàn Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida. Adaptado)


* Referência a protestos contra a globalização e o capitalismo, ocorridas em Seattle em 1999.

** Moloch, divindade que exigia sacrifícios humanos.

O conteúdo do terceiro parágrafo leva a concluir, corretamente, que o autor está fazendo referência ao fenômeno da
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Q1068994 Português

Leia o texto, para responder a questão.


O hacker é essencial ao sistema


      Os incidentes planetários na internet não devem causar espanto. Todos sabem que quanto mais avançada é uma tecnologia, melhor ela se presta ao atentado.

      O automóvel que dirijo agora faz coisas que o velho carro com o qual obtive minha carteira nem sequer sonhava, mas, se tivesse começado a dirigir então com meu carro de hoje, já teria me arrebentado em alguma esquina. Por sorte, cresci com meu carro, adaptando-me pouco a pouco ao aumento de sua potência.

      Com o computador, ao contrário, ainda nem tive tempo de aprender todas as possibilidades da máquina e do programa quando modelos mais complexos chegam ao mercado. Tampouco posso continuar com o velho computador, que talvez fosse suficiente para mim, porque algumas melhorias indispensáveis só rodam nas novas máquinas. O mesmo acontece com os celulares, gravadores, palm tops e com todo o digital em geral.

      Esse drama não atinge apenas o usuário comum, mas também os que precisam controlar o fluxo telemático, inclusive agentes do FBI, bancos e até o Pentágono.

      Quem é que tem 24 horas por dia para entender as novas possibilidades do próprio meio? O hacker, que é uma espécie de anacoreta, de eremita do deserto que dedica todas as horas de seu dia à meditação (eletrônica). Sendo os únicos especialistas totais de uma inovação em ritmo insustentável, eles têm tempo de entender tudo o que podem fazer com a máquina e a rede, mas não de elaborar uma nova filosofia e de estudar suas aplicações positivas, de modo que se dedicam à única ação imediata que sua desumana competência permite: desviar, bagunçar, desestabilizar o sistema global.

      Nesta ação, é possível que muitos deles pensem que atuam no “espírito de Seattle”*, ou seja, a oposição ao novo Moloch**. Na verdade, acabam por ser os melhores colaboradores do sistema, pois para neutralizá-los é preciso inovar mais ainda e com maior rapidez. É um círculo diabólico, no qual o contestador potencializa aquilo que acredita estar destruindo.

                 (Umberto Eco, Pape Satàn Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida. Adaptado)


* Referência a protestos contra a globalização e o capitalismo, ocorridas em Seattle em 1999.

** Moloch, divindade que exigia sacrifícios humanos.

A frase do autor que aponta uma contradição associada à atividade do hacker é:
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Q1068995 Português

Leia o texto, para responder a questão.


O hacker é essencial ao sistema


      Os incidentes planetários na internet não devem causar espanto. Todos sabem que quanto mais avançada é uma tecnologia, melhor ela se presta ao atentado.

      O automóvel que dirijo agora faz coisas que o velho carro com o qual obtive minha carteira nem sequer sonhava, mas, se tivesse começado a dirigir então com meu carro de hoje, já teria me arrebentado em alguma esquina. Por sorte, cresci com meu carro, adaptando-me pouco a pouco ao aumento de sua potência.

      Com o computador, ao contrário, ainda nem tive tempo de aprender todas as possibilidades da máquina e do programa quando modelos mais complexos chegam ao mercado. Tampouco posso continuar com o velho computador, que talvez fosse suficiente para mim, porque algumas melhorias indispensáveis só rodam nas novas máquinas. O mesmo acontece com os celulares, gravadores, palm tops e com todo o digital em geral.

      Esse drama não atinge apenas o usuário comum, mas também os que precisam controlar o fluxo telemático, inclusive agentes do FBI, bancos e até o Pentágono.

      Quem é que tem 24 horas por dia para entender as novas possibilidades do próprio meio? O hacker, que é uma espécie de anacoreta, de eremita do deserto que dedica todas as horas de seu dia à meditação (eletrônica). Sendo os únicos especialistas totais de uma inovação em ritmo insustentável, eles têm tempo de entender tudo o que podem fazer com a máquina e a rede, mas não de elaborar uma nova filosofia e de estudar suas aplicações positivas, de modo que se dedicam à única ação imediata que sua desumana competência permite: desviar, bagunçar, desestabilizar o sistema global.

      Nesta ação, é possível que muitos deles pensem que atuam no “espírito de Seattle”*, ou seja, a oposição ao novo Moloch**. Na verdade, acabam por ser os melhores colaboradores do sistema, pois para neutralizá-los é preciso inovar mais ainda e com maior rapidez. É um círculo diabólico, no qual o contestador potencializa aquilo que acredita estar destruindo.

                 (Umberto Eco, Pape Satàn Aleppe: crônicas de uma sociedade líquida. Adaptado)


* Referência a protestos contra a globalização e o capitalismo, ocorridas em Seattle em 1999.

** Moloch, divindade que exigia sacrifícios humanos.

Na passagem – O automóvel que dirijo agora faz coisas que o velho carro com o qual obtive minha carteira nem sequer sonhava, mas, se tivesse começado a dirigir então com meu carro de hoje, já teria me arrebentado em alguma esquina. – as expressões destacadas exprimem, em relação ao momento da produção do texto,
Alternativas
Respostas
1: D
2: B
3: B
4: A
5: D