Questões de Concurso Público Prefeitura de Rio Verde - GO 2023 para Especialista em Nutrição

É muito importante conhecer e utilizar as definições de aleitamento materno adotadas pela Organização Mundial da Saúde e reconhecidas no mundo inteiro (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007). Assim, o aleitamento materno classificado em aleitamento materno predominante é quando a criança recebe leite materno (direto da mama ou ordenhado), independentemente de receber ou não outros alimentos sólidos ou semissólidos com a finalidade de complementá-lo. 

A OMS, endossada pelo Ministério da Saúde do Brasil, recomenda aleitamento materno por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses. Não há vantagens em se iniciar os alimentos complementares antes dos seis meses, podendo, inclusive, haver prejuízos à saúde da criança.

A alimentação varia enormemente entre as pessoas, assim o leite materno pode apresentar composição diferente para as mulheres que amamentam. Nos primeiros dias, o leite materno é chamado colostro, que contém mais proteínas e menos gorduras do que o leite maduro, ou seja, o leite secretado a partir do sétimo ao décimo dia pós-parto. O leite de mães de recém-nascidos prematuros é semelhante ao de mães de bebês a termo.

O leite humano possui numerosos fatores imunológicos que protegem a criança contra infecções. Esses fatores de proteção do leite materno permanecem inalterados pelo calor, razão pela qual o leite humano pasteurizado (submetido a uma temperatura de 62,5ºC por 30 minutos) tem o mesmo valor biológico que o leite cru.

Mulheres infectadas pelo HIV devem amamentar seus filhos sem risco de transmissão do vírus pelo leite materno. Caso a mulher não consiga, o governo federal brasileiro garante a essas mulheres o recebimento da fórmula infantil até que a criança complete 6 meses de idade, conforme a Portaria de Consolidação do SUS nº 6, de 28/09/2017. 

O leite materno é muito importante para a criança até 2 anos ou mais, sendo o alimento necessário para a criança até 6 meses, podendo também ser oferecida água, chá ou qualquer outro alimento.

O consumo de outros alimentos, além do leite materno, passa a ser necessário para o pleno crescimento e desenvolvimento da criança a partir dos 6 meses. A alimentação da criança deve ser composta por comida de verdade, isto é, refeições feitas com alimentos in natura ou minimamente processados de diferentes grupos.

Água é alimento e deve fazer parte do hábito alimentar desde o nascimento. A água é essencial para a hidratação da criança e não deve ser substituída por nenhum líquido, como chá, suco ou água de coco, muito menos refrigerante ou outras bebidas ultraprocessadas. 

A necessidade proteica das pessoas idosas deve ser entre 1,0 a 1,5 g de proteína por kg de peso corporal por dia. A quantidade é padrão, independente do estado nutricional, prática de atividade física, presença e tipo de patologia, e doença. 

O uso de suplementos nutricionais orais (SNO) para idosos desnutridos ou em risco de desnutrição não está indicado na presença de ingestão oral insuficiente. Deve-se apenas respeitar as preferências do idoso e modificar a textura dos alimentos. 

A terapia nutricional enteral está indicada para pacientes idosos, quando a via oral está contra indicada ou quando a ingestão oral está deficiente, abaixo de 60% por mais de três dias consecutivos e quando o trato digestório puder ser utilizado. 

A sistemática da avaliação nutricional do idoso deve contemplar apenas a capacidade funcional, pois os demais métodos não possuem sensibilidade e especificidade diagnóstica.