Questões de Concurso Público IF-PR 2023 para Goegrafia

Cerca de três quartos da população branca residem nos estados do Sul e Sudeste, enquanto pouco mais da metade dos pretos e pardos moram no Norte e Nordeste, de modo que os dados de renda média por cor ocultam uma desigualdade regional.

O índice de Gini mostra que a desigualdade de renda atingiu o pico no final do Segundo PND e manteve-se em níveis elevados até 2000, quando então se iniciou um processo de desconcentração da renda que durou até 2016.

O IDH é o indicador adequado para estudar a incidência da pobreza porque revela que as desigualdades regionais de acesso à saúde e educação se mantiveram sob a desconcentração da atividade econômica ocorrida nos anos de 1970 a 1990.

O avanço do agronegócio no Centro-Oeste deslocou boa parte da população rural de baixa renda que ali residia para o Norte e Nordeste, de modo que o grau de concentração de renda no Centro-Oeste se estabilizou por efeito da migração.

O rendimento domiciliar per capita de São Paulo supera em 4 vezes o de Sergipe, desigualdade que surgiu quando a concentração industrial naquele estado criou um sistema centro-periferia desvantajoso para os estados não industrializados.

Nos dias atuais, o potencial da modernização agrícola para ampliar a produtividade e atender ao aumento da demanda por alimentos já está esgotado, o que levou à renovação dos argumentos neomalthusianos em favor de políticas eficazes de controle do crescimento demográfico.

Os autores marxistas argumentavam que a solução do problema ambiental estava na implantação do socialismo porque esse sistema integra o controle da população ao modelo de planejamento econômico centralizado.

Os países desenvolvidos já passaram por uma fase de alto crescimento demográfico enquanto estavam se desenvolvendo, de modo que as altas taxas de natalidade são consequência, e não causa, do subdesenvolvimento.

O debate atual sobre o problema é mais complexo porque, nos países em que a maioria da população é muçulmana, as taxas de crescimento demográfico permaneceram altas em virtude da não integração das mulheres ao mercado de trabalho.

Nos países subdesenvolvidos, a alta desigualdade de renda faz com que o crescimento econômico não traga benefícios para a população mais pobre, de modo que a redução das taxas de natalidade nesses países é consequência da má qualidade de vida nas periferias urbanas.