Questões de Concurso Público SESC-DF 2018 para Professor - Português
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Q1293118
Português
Texto associado
Texto para a questão.
Língua é produto do meio social e, uma vez constituída, tem um papel ativo no processo de conhecimento e comportamento do homem. A língua não é uma nomenclatura, que se sobrepõe a uma realidade pré‐categorizada, ela é que classifica a realidade. Tomemos um exemplo: em português, chama‐se de posse a investidura, por exemplo, na presidência da República; em inglês, inauguration; em francês, investiture. A palavra portuguesa dá ideia de assenhorear‐se de alguma coisa, de domínio; a inglesa indica apenas começo; a francesa diz respeito ao recebimento de uma função. Esses termos têm, sem dúvida, relação com a maneira como concebemos o poder do Estado.
A língua desenvolve‐se historicamente e, uma vez constituída, impõe aos falantes uma maneira de organizar o mundo. Quando Wilhelm von Stock traduzia Antero de Quental para o alemão, escreveu ao poeta português sobre a dificuldade de verter para o alemão o soneto Mors‐Amor, porque as duas figuras alegóricas – o Amor e a Morte – têm gêneros diferentes nas duas línguas (o amor/ die Liebe – a morte/der Tod). Responde Antero que “esse é um caso interessante de influência da língua sobre a imaginação”, pois representam a morte como mulher os falantes de uma língua em que a palavra para designá‐la é feminina e como homem aqueles que falam um idioma em que o termo é masculino.
José Luiz Fiorin. Língua, discurso e política. In: Alea: Estudos
Neolatinos, v. 11, n.º 1, p. 148‐165, 2009.
Segundo o texto, é correto concluir que as línguas
Q1293119
Português
Texto associado
Texto para a questão.
Língua é produto do meio social e, uma vez constituída, tem um papel ativo no processo de conhecimento e comportamento do homem. A língua não é uma nomenclatura, que se sobrepõe a uma realidade pré‐categorizada, ela é que classifica a realidade. Tomemos um exemplo: em português, chama‐se de posse a investidura, por exemplo, na presidência da República; em inglês, inauguration; em francês, investiture. A palavra portuguesa dá ideia de assenhorear‐se de alguma coisa, de domínio; a inglesa indica apenas começo; a francesa diz respeito ao recebimento de uma função. Esses termos têm, sem dúvida, relação com a maneira como concebemos o poder do Estado.
A língua desenvolve‐se historicamente e, uma vez constituída, impõe aos falantes uma maneira de organizar o mundo. Quando Wilhelm von Stock traduzia Antero de Quental para o alemão, escreveu ao poeta português sobre a dificuldade de verter para o alemão o soneto Mors‐Amor, porque as duas figuras alegóricas – o Amor e a Morte – têm gêneros diferentes nas duas línguas (o amor/ die Liebe – a morte/der Tod). Responde Antero que “esse é um caso interessante de influência da língua sobre a imaginação”, pois representam a morte como mulher os falantes de uma língua em que a palavra para designá‐la é feminina e como homem aqueles que falam um idioma em que o termo é masculino.
José Luiz Fiorin. Língua, discurso e política. In: Alea: Estudos
Neolatinos, v. 11, n.º 1, p. 148‐165, 2009.
A respeito dos aspectos linguísticos do trecho “‘esse é um caso interessante de influência da língua sobre a imaginação’, pois representam a morte como mulher os falantes de uma língua em que a palavra para designá‐la é feminina e como homem aqueles que falam um idioma em que o termo é masculino.”, é correto afirmar que
Q1293120
Português
Texto associado
Texto para a questão.
Língua é produto do meio social e, uma vez constituída, tem um papel ativo no processo de conhecimento e comportamento do homem. A língua não é uma nomenclatura, que se sobrepõe a uma realidade pré‐categorizada, ela é que classifica a realidade. Tomemos um exemplo: em português, chama‐se de posse a investidura, por exemplo, na presidência da República; em inglês, inauguration; em francês, investiture. A palavra portuguesa dá ideia de assenhorear‐se de alguma coisa, de domínio; a inglesa indica apenas começo; a francesa diz respeito ao recebimento de uma função. Esses termos têm, sem dúvida, relação com a maneira como concebemos o poder do Estado.
A língua desenvolve‐se historicamente e, uma vez constituída, impõe aos falantes uma maneira de organizar o mundo. Quando Wilhelm von Stock traduzia Antero de Quental para o alemão, escreveu ao poeta português sobre a dificuldade de verter para o alemão o soneto Mors‐Amor, porque as duas figuras alegóricas – o Amor e a Morte – têm gêneros diferentes nas duas línguas (o amor/ die Liebe – a morte/der Tod). Responde Antero que “esse é um caso interessante de influência da língua sobre a imaginação”, pois representam a morte como mulher os falantes de uma língua em que a palavra para designá‐la é feminina e como homem aqueles que falam um idioma em que o termo é masculino.
José Luiz Fiorin. Língua, discurso e política. In: Alea: Estudos
Neolatinos, v. 11, n.º 1, p. 148‐165, 2009.
Quanto aos aspectos linguísticos usados na construção dos sentidos, é correto afirmar que o texto
Q1293121
Português
Texto associado
Texto para a questão.
Língua é produto do meio social e, uma vez constituída, tem um papel ativo no processo de conhecimento e comportamento do homem. A língua não é uma nomenclatura, que se sobrepõe a uma realidade pré‐categorizada, ela é que classifica a realidade. Tomemos um exemplo: em português, chama‐se de posse a investidura, por exemplo, na presidência da República; em inglês, inauguration; em francês, investiture. A palavra portuguesa dá ideia de assenhorear‐se de alguma coisa, de domínio; a inglesa indica apenas começo; a francesa diz respeito ao recebimento de uma função. Esses termos têm, sem dúvida, relação com a maneira como concebemos o poder do Estado.
A língua desenvolve‐se historicamente e, uma vez constituída, impõe aos falantes uma maneira de organizar o mundo. Quando Wilhelm von Stock traduzia Antero de Quental para o alemão, escreveu ao poeta português sobre a dificuldade de verter para o alemão o soneto Mors‐Amor, porque as duas figuras alegóricas – o Amor e a Morte – têm gêneros diferentes nas duas línguas (o amor/ die Liebe – a morte/der Tod). Responde Antero que “esse é um caso interessante de influência da língua sobre a imaginação”, pois representam a morte como mulher os falantes de uma língua em que a palavra para designá‐la é feminina e como homem aqueles que falam um idioma em que o termo é masculino.
José Luiz Fiorin. Língua, discurso e política. In: Alea: Estudos
Neolatinos, v. 11, n.º 1, p. 148‐165, 2009.
Assinale a alternativa que apresenta proposta de reescrita gramaticalmente correta e coerente para o seguinte período do texto: “A língua desenvolve‐se historicamente e, uma vez constituída, impõe aos falantes uma maneira de organizar o mundo.”
Q1293122
Português
Relativamente poucos falantes de uma língua conhecem bem a sua evolução histórica; e, no entanto, aprendendo‐a naturalmente na infância, chegam a falá‐la de acordo com certos princípios sistemáticos ou “regras”, “imanentes” nos enunciados que ouvem à sua volta. Na linguística moderna, a esse processo, por que passam as crianças desde a infância, dá‐se o nome de