Questões de Concurso Público CFP 2018 para Especialista em Psicologia - Saúde

As razões para as discrepâncias relacionadas à saúde são complexas, mas podem incluir o acesso desigual ao atendimento de saúde, a suscetibilidade genética a doenças específicas e as diferenças de estilo de vida.

Os psicólogos da saúde, por algum tempo, não conseguiram identificar as razões para as discrepâncias, pois os conhecimentos sobre saúde e doença eram obtidos de pesquisas desproporcionalmente concentradas em sujeitos jovens, relativamente saudáveis, brancos e do sexo masculino, provocando uma perspectiva limitada sobre os fatores que influenciam a saúde e a doença.

Os psicólogos da saúde começaram a ampliar o âmbito de suas pesquisas para incluir maior variedade de participantes e concentrar‐se especificamente em grupos subestudados, tendo como desafio reduzir as discrepâncias de saúde e aumentar o conhecimento acerca desses grupos.

As pesquisas em psicologia da saúde já verificaram, por exemplo, que as mulheres e os homens apresentam características e vulnerabilidades psicológicas, sociais e biológicas bastante diferentes, o que faz, portanto, com que apresentem diferenças em sua suscetibilidade a várias doenças e em suas reações de enfrentamento ao estresse.

Um importante fator de influência nas discrepâncias de saúde é a educação. Independentemente da etnia, as pessoas que alcançam níveis mais altos de educação vivem menos tempo e têm uma saúde geral pior que as que têm grau de educação menor.

O importante papel dos psicólogos em melhorar a saúde física, melhorando os resultados de tratamentos, ainda não pode ser considerado como estabelecido. Isso levou à redução do número de psicólogos que trabalham em cenários de atendimento geral de saúde.

De forma geral, a política de saúde coloca maior ênfase em prevenir outros episódios de uma doença em pessoas que já estão doentes (prevenção secundária) que em prevenir o começo de uma doença (prevenção primária).

A ênfase das políticas de saúde na prevenção secundária é compreensível, pois baseia‐se no modelo biomédico tradicional. A prevenção primária, por sua vez, baseia‐se em um modelo comportamental ao invés de um modelo de doença, que tem sido uma das ênfases da psicologia da saúde.

Os programas de prevenção secundária frequentemente são caros e podem gerar poucos benefícios mensuráveis. Em comparação, muitos esforços de prevenção primária e intervenções psicossociais economizam dinheiro, produzindo iguais ou maiores benefícios para a saúde.

O modelo de atendimento interdisciplinar tem sido adotado nas reformas dos atendimentos em saúde, refletindo a crescente aceitação da psicologia da saúde.

A formação do psicólogo da saúde deve contemplar conhecimentos sobre bases biológicas, sociais e psicológicas da saúde e da doença.

É importante que o psicólogo da saúde tenha conhecimentos sobre avaliação, assessoramento e intervenção em saúde, políticas e organização em saúde e colaboração interdisciplinar.

O psicólogo da saúde tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde.

O psicólogo da saúde deve dominar temas profissionais, éticos e legais e conhecimentos de metodologia e pesquisa em saúde.

Para o psicólogo da saúde que atue especificamente em hospitais, é indispensável um bom treinamento em três áreas básicas: clínica; pesquisa; e programação.