Questões de Concurso Público Prefeitura de Nova Odessa - SP 2023 para Professor de Educação Básica II - PEB II - Artes
Foram encontradas 9 questões
Ano: 2023
Banca:
MetroCapital Soluções
Órgão:
Prefeitura de Nova Odessa - SP
Prova:
MetroCapital Soluções - 2023 - Prefeitura de Nova Odessa - SP - Professor de Educação Básica II - PEB II - Artes |
Q2229030
Educação Artística
“(...) Sabemos que o ensino de artes no Brasil tem sofrido as consequências de posturas racionalistas e
dualistas arraigadas ao pensamento pedagógico brasileiro. Nossa escola formal está fundada em valores
que há séculos têm valorizado o conhecimento analítico / descritivo / linear em detrimento do
conhecimento / sintético/ sistêmico / corporal / intuitivo. Já em 1978, Ana Mae Barbosa apontava para
a divisão entre o trabalho manual e a intelectual instaurada no país desde os primórdios da colonização
como uma das causas do status secundário (às vezes inexistente) das artes no currículo escolar
brasileiro. As artes, frequentemente associadas ao trabalho manual, foram também associadas à
condição de "escravos". Não é de se admirar, portanto, que uma arte como a dança, que trabalha direta
e primordialmente com o corpo, tenha sido durante séculos "presa nos porões e escondida nas
senzalas": foi banida do convívio de outras disciplinas na escola, ou então atrelada ao tronco e
chicoteada, até que alguma alma boa pudesse convencer "o feitor" de sua "inocência". Passados alguns
anos desde que pesquisadores começaram a estudar e analisar a situação das artes no país, percebo que
a dança, todavia parece representar um risco muito grande para a educação formal, pois ela continua
sendo uma desconhecida da / para a escola. Propostas com dança que trabalhem seus aspectos criativos,
portanto imprevisíveis e indeterminados, ainda "assustam" aqueles que aprenderam e são regidos pela
didática tradicional. Os processos de criação em dança acabam não se encaixando nos modelos
tradicionais de educação que ainda são predominantes em nossas escolas que permanecem advogando
por um ensino "garantido" (sabemos onde vamos chegar), conhecido (já temos experiências de muitos
anos na área), determinado e pré-planejado (não haverá surpresas) (...)”.
MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola.
A partir da leitura do texto, compreende-se que, na perspectiva da autora:
MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola.
A partir da leitura do texto, compreende-se que, na perspectiva da autora:
Ano: 2023
Banca:
MetroCapital Soluções
Órgão:
Prefeitura de Nova Odessa - SP
Prova:
MetroCapital Soluções - 2023 - Prefeitura de Nova Odessa - SP - Professor de Educação Básica II - PEB II - Artes |
Q2229031
Educação Artística
Em Dançando na Escola, Isabel A. Marques aponta para a falta de bibliografia especializada e para a
formação de professores que atuam na área de dança como pontos críticos no que diz respeito ao ensino
desta arte em nosso sistema escolar. Na prática, segundo a autora, tanto professores de educação física,
de educação infantil, assim como de educação artística, vêm trabalhando com dança nas escolas sem
que tenham necessariamente tido experiências prático-teóricas como intérpretes, coreógrafos e
diretores de dança.
“(...) A dissociação entre o artístico e o educativo que geralmente é enfatizada na formação destes profissionais nos cursos de licenciatura / pedagogia / magistério tem comprometido de maneira substancial o desenvolvimento do processo criativo e crítico que poderia estar ocorrendo nas escolas básicas. Não poderia deixar de mencionar a escassez de bibliografia especializada na área e, até mesmo, a recusa de muitas editoras conhecidas em publicar trabalhos que certamente contribuiriam para um desenvolvimento mais crítico da área, alegando "falta de mercado". Aquilo que temos publicado no Brasil, na maioria das vezes traduzido - e mal traduzido - geralmente apresenta uma visão romântica e pouco crítica do que é a dança e seu ensino, deixando frequentemente de enfatizar seus aspectos artísticos / estéticos em prol de uma abordagem em que a dança aparece somente como meio, ou recurso educacional. (...)”.
MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola. A respeito das possíveis contribuições da escola para o aprendizado da Dança, na perspectiva da autora, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações a seguir:
( ) A escola pode, sim, dar parâmetros para sistematização e apropriação crítica, consciente e transformadora dos conteúdos específicos da dança e, portanto, da sociedade.
( ) A escola tem o papel não de reproduzir, mas de instrumentalizar e de construir conhecimento em/através da dança com seus alunos(as), pois ela é forma de conhecimento, elemento essencial para a educação do ser social.
( ) O ensino da Dança no contexto escolar é fundamental para o desenvolvimento integral dos estudantes, de modo que não é necessário que haja preocupação com os aspectos artísticos e estéticos das produções nem com a realização de um produto final, visto que o importante é a expressão individual, e não a criação de obras acabadas.
( ) A Dança na escola é um instrumento útil para ajudar o estudante a expressar-se espontaneamente, conter a agressividade e desenvolver a coordenação motora, e por isso é que precisamos da dança na escola. Outras disciplinas não satisfariam a estas necessidades de maneira tão efetiva.
A alternativa que apresenta a sequência correta para preenchimento dos parênteses é:
“(...) A dissociação entre o artístico e o educativo que geralmente é enfatizada na formação destes profissionais nos cursos de licenciatura / pedagogia / magistério tem comprometido de maneira substancial o desenvolvimento do processo criativo e crítico que poderia estar ocorrendo nas escolas básicas. Não poderia deixar de mencionar a escassez de bibliografia especializada na área e, até mesmo, a recusa de muitas editoras conhecidas em publicar trabalhos que certamente contribuiriam para um desenvolvimento mais crítico da área, alegando "falta de mercado". Aquilo que temos publicado no Brasil, na maioria das vezes traduzido - e mal traduzido - geralmente apresenta uma visão romântica e pouco crítica do que é a dança e seu ensino, deixando frequentemente de enfatizar seus aspectos artísticos / estéticos em prol de uma abordagem em que a dança aparece somente como meio, ou recurso educacional. (...)”.
MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola. A respeito das possíveis contribuições da escola para o aprendizado da Dança, na perspectiva da autora, assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmações a seguir:
( ) A escola pode, sim, dar parâmetros para sistematização e apropriação crítica, consciente e transformadora dos conteúdos específicos da dança e, portanto, da sociedade.
( ) A escola tem o papel não de reproduzir, mas de instrumentalizar e de construir conhecimento em/através da dança com seus alunos(as), pois ela é forma de conhecimento, elemento essencial para a educação do ser social.
( ) O ensino da Dança no contexto escolar é fundamental para o desenvolvimento integral dos estudantes, de modo que não é necessário que haja preocupação com os aspectos artísticos e estéticos das produções nem com a realização de um produto final, visto que o importante é a expressão individual, e não a criação de obras acabadas.
( ) A Dança na escola é um instrumento útil para ajudar o estudante a expressar-se espontaneamente, conter a agressividade e desenvolver a coordenação motora, e por isso é que precisamos da dança na escola. Outras disciplinas não satisfariam a estas necessidades de maneira tão efetiva.
A alternativa que apresenta a sequência correta para preenchimento dos parênteses é:
Ano: 2023
Banca:
MetroCapital Soluções
Órgão:
Prefeitura de Nova Odessa - SP
Prova:
MetroCapital Soluções - 2023 - Prefeitura de Nova Odessa - SP - Professor de Educação Básica II - PEB II - Artes |
Q2229032
Educação Artística
“(...) Na primeira metade do século XX, as disciplinas Desenho, Trabalhos Manuais, Música e Canto
Orfeônico faziam parte dos programas das escolas primárias e secundárias, concentrando o
conhecimento na transmissão de padrões e modelos das culturas predominantes. Na escola tradicional,
valorizavam-se principalmente as habilidades manuais, os “dons artísticos”, os hábitos de organização
e precisão, mostrando ao mesmo tempo uma visão utilitarista e imediatista da arte. Os professores
trabalhavam com exercícios e modelos convencionais selecionados por eles em manuais e livros
didáticos. O ensino de Arte era voltado essencialmente para o domínio técnico, mais centrado na figura
do professor; competia a ele “transmitir” aos alunos os códigos, conceitos e categorias, ligados a
padrões estéticos que variavam de linguagem para linguagem mas que tinham em comum, sempre, a
reprodução de modelos. A disciplina Desenho, apresentada sob a forma de Desenho Geométrico,
Desenho do Natural e Desenho Pedagógico, era considerada mais por seu aspecto funcional do que
uma experiência em arte; ou seja, todas as orientações e conhecimentos visavam uma aplicação
imediata e a qualificação para o trabalho. As atividades de teatro e dança somente eram reconhecidas
quando faziam parte das festividades escolares na celebração de datas como Natal, Páscoa ou
Independência, ou nas festas de final de período escolar. O teatro era tratado com uma única finalidade:
a da apresentação. As crianças decoravam os textos e os movimentos cênicos eram marcados com
rigor. Em Música, a tendência tradicionalista teve seu representante máximo no Canto Orfeônico,
projeto preparado pelo compositor Heitor Villa-Lobos, na década de 30. Esse projeto constitui
referência importante por ter pretendido levar a linguagem musical de maneira consistente e sistemática
a todo o País. O Canto Orfeônico difundia ideias de coletividade e civismo, princípios condizentes com
o momento político de então. Entre outras questões, o projeto Villa-Lobos esbarrou em dificuldades
práticas na orientação de professores e acabou transformando a aula de música numa teoria musical
baseada nos aspectos matemáticos e visuais do código musical com a memorização de peças
orfeônicas, que, refletindo a época, eram de caráter folclórico, cívico e de exaltação. (...)”.
Ministério da Educação, Parâmetros Curriculares Nacionais. Arte/ Secretaria de Educação Fundamental - Brasília: MEC/SEF, 1997 Ao recuperar, mesmo que brevemente, a história do ensino de Arte no Brasil, pode-se observar a integração de diferentes orientações quanto às suas finalidades, à formação e atuação dos professores, mas, principalmente, quanto às políticas educacionais e os enfoques filosóficos, pedagógicos e estéticos. Analise as afirmações a seguir:
I - O Canto Orfeônico foi substituído pela Educação Musical, criada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira de 1961, vigorando efetivamente a partir de meados da década de 60. II - As práticas pedagógicas com ênfase nos processos de desenvolvimento do aluno e sua criação devem ser redimensionadas, deslocando-se a ênfase para a repetição de modelos e para professor. III - Com a Educação Musical, incorporaram-se nas escolas também os novos métodos que estavam sendo disseminados na Europa. Contrapondo-se ao Canto Orfeônico, passa a existir no ensino de música um outro enfoque, quando a música pode ser sentida, tocada, dançada, além de cantada. IV - Foi marcante para a caracterização de um pensamento modernista a “Semana de Arte Moderna de São Paulo”, em 1922, na qual estiveram envolvidos artistas de várias modalidades: artes plásticas, música, poesia, dança, etc.
Na perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais pode-se afirmar que estão corretas as opções:
Ministério da Educação, Parâmetros Curriculares Nacionais. Arte/ Secretaria de Educação Fundamental - Brasília: MEC/SEF, 1997 Ao recuperar, mesmo que brevemente, a história do ensino de Arte no Brasil, pode-se observar a integração de diferentes orientações quanto às suas finalidades, à formação e atuação dos professores, mas, principalmente, quanto às políticas educacionais e os enfoques filosóficos, pedagógicos e estéticos. Analise as afirmações a seguir:
I - O Canto Orfeônico foi substituído pela Educação Musical, criada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira de 1961, vigorando efetivamente a partir de meados da década de 60. II - As práticas pedagógicas com ênfase nos processos de desenvolvimento do aluno e sua criação devem ser redimensionadas, deslocando-se a ênfase para a repetição de modelos e para professor. III - Com a Educação Musical, incorporaram-se nas escolas também os novos métodos que estavam sendo disseminados na Europa. Contrapondo-se ao Canto Orfeônico, passa a existir no ensino de música um outro enfoque, quando a música pode ser sentida, tocada, dançada, além de cantada. IV - Foi marcante para a caracterização de um pensamento modernista a “Semana de Arte Moderna de São Paulo”, em 1922, na qual estiveram envolvidos artistas de várias modalidades: artes plásticas, música, poesia, dança, etc.
Na perspectiva dos Parâmetros Curriculares Nacionais pode-se afirmar que estão corretas as opções:
Ano: 2023
Banca:
MetroCapital Soluções
Órgão:
Prefeitura de Nova Odessa - SP
Prova:
MetroCapital Soluções - 2023 - Prefeitura de Nova Odessa - SP - Professor de Educação Básica II - PEB II - Artes |
Q2229034
Educação Artística
Segundo as pesquisadoras Maria Heloísa Ferraz
e Maria Fusari, no livro Metodologia do Ensino
de Arte, as correlações dos movimentos
culturais com a arte e com a educação em arte
não acontecem no vazio, nem desenraizadas das
práticas sociais vividas pela sociedade como
um todo. As mudanças que ocorrem são
caracterizadas pela dinâmica social que
interfere, modificando ou conservando as
práticas vigentes.
Entre as relevantes interferências sociais e
culturais que marcam o ensino e aprendizagem
artísticos brasileiros ao longo do tempo,
podemos citar corretamente:
I- os princípios do liberalismo (ênfase na liberdade e aptidões individuais) e o positivismo (valorização do racionalismo e exatidão científica);
II- a discussão e a luta para a inclusão da obrigatoriedade de Arte na escola e redação da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, após a Constituição Brasileira de 1988;
III- as concepções estéticas tradicionais e tecnicistas da arte e do ensino da arte que se mantiveram nas perspectivas educacionais contemporâneas em paralelo com as novas teorias educacionais;
IV- o caos, os conflitos, os tecnicismos e a dependência cultural delineados no ensino de arte após a implantação da Educação Artística nas escolas brasileiras na década de 70 (Lei de Diretrizes e Bases 5692/71).
A alternativa que apresenta as opções corretas é:
I- os princípios do liberalismo (ênfase na liberdade e aptidões individuais) e o positivismo (valorização do racionalismo e exatidão científica);
II- a discussão e a luta para a inclusão da obrigatoriedade de Arte na escola e redação da Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, após a Constituição Brasileira de 1988;
III- as concepções estéticas tradicionais e tecnicistas da arte e do ensino da arte que se mantiveram nas perspectivas educacionais contemporâneas em paralelo com as novas teorias educacionais;
IV- o caos, os conflitos, os tecnicismos e a dependência cultural delineados no ensino de arte após a implantação da Educação Artística nas escolas brasileiras na década de 70 (Lei de Diretrizes e Bases 5692/71).
A alternativa que apresenta as opções corretas é: