Questões de Concurso Público Prefeitura de Goiânia - GO 2016 para PE II - Matemática
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A intencionalidade é uma das peculiaridades do processo de ensinar, ou seja, se inscreve na pretensão de ajudar alguém a aprender (Castro, 2001, p. 15). A sua ausência pode produzir patologias didáticas. Na didática comprometida com a qualificação do ensino e da aprendizagem,
De acordo com Maria Teresa Estrela (1994), ao tecer considerações sobre a disciplina e a indisciplina na sala de aula, o professor desenvolve dois papéis básicos: "agente normativo e organizador da aula". Este entendimento corresponde à afirmação de que:
A ampliação gradativa da jornada escolar no Brasil está prevista na LDBEN/9394/1996. Madeleine Compère (1997) informa que em países europeus as crianças menores ficam menos tempo na escola, e esse tempo se amplia para crianças maiores e para os adolescentes. No Brasil, as pesquisas mostram que são as crianças menores que permanecem mais tempo na escola (Cavaliere, 2006, p. 96). Esta tipicidade da escola brasileira evidencia a presença de:
Estudiosos da didática (Carlos e Gil, 1993; Castro, 2001, entre outros) entendem que o professor precisa dominar os saberes conceituais e metodológicos de sua área, pois dessa maneira produzirá uma "educação científica". Tal pressuposto indica que o professor deve:
“Algum tempo atrás, a BBC perguntou às crianças britânicas se preferiam a televisão ou o rádio. Quase todas escolheram a televisão, o que foi algo assim como constatar que os gatos miam e os mortos não respiram. Mas entre as poucas crianças que escolheram o rádio, houve uma que explicou: -Gosto mais do rádio porque pelo rádio vejo paisagens mais bonitas” (Galeano, 2009, p. 308).
Neste fragmento extraído da obra De pernas pro ar: a escola do mundo avesso, o escritor Eduardo Galeano convida a pensar sobre:
A criança que quebra a cabeça com os barbara e baraliption, fatiga-se, certamente, e deve-se procurar fazer com que ela só se fatigue quando for indispensável e não inutilmente; mas é igualmente certo que será sempre necessário que ela se fatigue a fim de aprender e que se obrigue a privações e limitações de movimento físico, isto é, que se submeta a um tirocínio psicofísico. Deve-se convencer a muita gente que o estudo é também um trabalho, e muito fatigante, com um tirocínio particular próprio, não só muscular-nervoso mas intelectual: é um hábito adquirido com esforço, aborrecimento e mesmo sofrimento (Gramsci, 1968, 138-139).
O fragmento de António Gramsci foi extraído da obra Os intelectuais e a organização da cultura e chama a atenção
A estudiosa Acácia Kuenzer (2005) entende que a concepção pedagógica dominante nos anos iniciais do século XXI reúne dois movimentos: a "exclusão includente" e a "inclusão excludente". A primeira se manifesta no terreno produtivo como um fenômeno do mercado. A "inclusão excludente" se manifesta no terreno educativo e pode ser flagrada em ações como:
As escolas deverão estabelecer como norteadores de suas ações pedagógicas: a) os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum; b) os princípios políticos dos direitos e deveres da cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática; c) os princípios estéticos da sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais. Estes três princípios estão previstos:
Planejar significa antever uma forma possível e desejável. (...). Não planejar pode implicar perder possibilidades de melhores caminhos, perder pontos de entrada significativos (Vasconcellos, 1999, p. 148).
São elementos reconhecidos como imprescindíveis a um plano de aula:
Leia o excerto.
Uma verdadeira filosofia da educação não poderá fundar-se apenas em ideias. Tem de identificar-se com o contexto a que vai se aplicar o seu agir educativo. Tem de ter consciência crítica do contexto – dos seus valores em transição –, somente como pode interferir neste contexto, para que dele também não seja uma escrava.
FREIRE, Paulo. Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001.
Neste trecho, Paulo Freire se refere à relação entre:
A Base Nacional Comum Curricular, que está sendo discutida pela sociedade na atualidade, faz referência
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica visam estabelecer bases comuns nacionais para:
A Lei n. 9394, de 1996, prevê que a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. E ainda indica que a educação de jovens e adultos
Diversos autores da área da educação concordam em dizer que a institucionalização da profissão docente coincide com a feminização do magistério, e com sua consequente desvalorização. Com essa constatação é possível inferir que:
Existe uma distância entre o saber escolar e o conhecimento que o aluno possui. A transposição didática expressa bem o que ocorre com os saberes a serem ensinados na escola. Há uma passagem da cultura extraescolar ao currículo formal, do currículo formal ao currículo real e do currículo real à aprendizagem efetiva dos alunos. Essa passagem acontece quando o professor realiza um processo de:
Para o bom desenvolvimento do trabalho docente é fator primordial a clareza de onde se quer chegar com os alunos e quais os melhores caminhos e instrumentos para fazê-lo. Esse direcionamento está diretamente relacionado
Leia o excerto.
O que pretendo introduzir é a perspectiva da ação avaliativa como uma das ações pela qual se encorajaria a reorganização do saber. Ação, movimento, provocação, na tentativa de reciprocidade intelectual entre os elementos da ação educativa. Professor e aluno buscando coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as.
HOFFMANN, Jussara M.L. Avaliação: mito e desafio - uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Educação e realidade. 1991.
Neste excerto, a autora apresenta um conjunto de ideias que se refere ao paradigma da avaliação
Em entrevista à Revista Nova Escola, o professor Cipriano Luckesi comentou que a maioria das escolas promove exames, os quais não são uma prática de avaliação. O ato de examinar é classificatório e seletivo, e a avaliação deveria ser inclusiva, disse ele. Esse modelo de avaliação inclusiva é aquele no qual o estudante vai ser
Considere o problema 1, extraído de Booth (1995, p. 32), apresentado a seguir:
Problema 1: x + y + z = x + p + z Essa afirmação é verdadeira? Sempre/nunca/às vezes, quando... |
Em relação a esse problema, analise a situação pedagógica a seguir, adaptada de Booth (1984, p. 14-15)
Um aluno ao se defrontar com esse problema respondeu o seguinte: Aluno: A afirmação não será verdadeira nunca. Professor: Nunca? Aluno: Nunca, porque ela terá valores diferentes ... porque p tem de ter um valor diferente do valor de y e dos outros valores, então a afirmação nunca será verdadeira. Professor: Quer dizer que p tem de ter um valor diferente? Por que você diz isso? Aluno: Bem, se não tivesse um valor diferente, então não se colocaria p, mas sim y. Usa-se, então, uma letra diferente para cada valor diferente. |
As respostas do aluno indicam que há uma incompreensão do conceito de
Ao abordar a resolução de problemas, Polya indica que este trabalho deve ser organizado em quatro fases, a saber:
“Primeiro, temos de compreender o problema, temos de perceber claramente o que é necessário. Segundo, temos de ver como os diversos itens estão inter-relacionados, como a incógnita está ligada aos dados, para termos a ideia de resolução, para estabelecermos um plano. Terceiro, executamos o nosso plano. Quarto, fazemos um retrospecto da resolução completa, revendo-a e discutindo-a.” (POLYA, 1995, p. 3-4)
Analise a situação a seguir, adaptada de Polya (1995, p. 7):
Professor: Conhecem um problema correlato? Estudantes em silêncio ... Professor: Considerem a incógnita! Conhecem um problema que tenha a mesma incógnita ou outra incógnita semelhante? Estudantes em silêncio ... Professor: Então, qual é a incógnita? Aluno 1: A diagonal de um paralelepípedo. Professor: Conhece algum problema que tenha a mesma incógnita? Aluno 1: Não. Ainda não resolvemos nenhum problema em que entrasse a diagonal de um paralelepípedo. Professor: Conhecem, algum problema que tenha uma incógnita semelhante? Estudantes em silêncio ... Professor: Reparem, a diagonal é um segmento, um segmento de reta. Nunca resolveram um problema cuja incógnita fosse o comprimento de uma linha? Aluno 2: Claro que já resolvemos esses problemas! Alunos 3: Ah!! Calcular um lado de um triângulo retângulo. Professor: Está certo! Eis um problema correlato já resolvido. É possível utilizá-lo em outro problema? Os estudantes começam a discutir entre si. Professor: Que bom que se lembraram de um problema relacionado ao seu e que já resolveram antes. Não gostariam de utilizá-lo na resolução desse problema? |
Utilizando a proposta de Polya, a situação apresentada pode ser classificada como um exemplo da fase de