Questões de Concurso Público Prefeitura de Astolfo Dutra - MG 2023 para Fonoaudiólogo

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Q2301715 Fonoaudiologia
Processos de maturação fisiológicos e neuroanatômicos provavelmente estão relacionados com o surgimento da gagueira desenvolvimental em crianças pré-escolares, a qual parece estar intimamente vinculada às habilidades metalinguísticas. Sobre as disfluências, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) Além das disfluências comuns, a fala pode ser interrompida pelas disfluências atípicas ou gagas, que são comportamentos característicos de indivíduos com gagueira. A gagueira é um distúrbio da fluência caracterizada por interrupções no fluxo da fala do indivíduo, impossibilitando, em alguns momentos, a produção da fala contínua, suave e sem esforço.

( ) A gagueira é uma desordem de aspecto multidimensional, na qual inúmeros fatores podem interferir no desenvolvimento da fluência infantil, como o histórico pré-peri-pós-natal, o histórico familial, o fator ambiental, assim como as capacidades linguísticas e cognitivas da criança. Assim, fatores biológicos, psicológicos e sociais interagem de uma forma complexa nesta desordem.

( ) Quanto à evolução clínica, a gagueira infantil mais frequentemente tem um desenvolvimento abrupto. Nos estágios iniciais, podem ocorrer períodos de remissão parcial, conferindo à gagueira infantil um caráter permanente. Embora possa haver uma recuperação espontânea (na minoria dos casos), quando isso não acontece, há a possibilidade de ocorrer o agravamento do quadro tanto de disfluências gagas quanto comuns. A criança pré-escolar com gagueira pode apresentar tensões faciais e/ou corporais. Movimentos corporais associados podem surgir e se intensificar com a evolução da gagueira, o que não é observado nas disfluências comuns.

A sequência está correta em
Alternativas
Q2301716 Fonoaudiologia
A aquisição do sistema fonológico de uma língua, incluindo seu inventário fonético e as regras fonológicas, ocorre de forma contínua e gradativa. Embora seja possível identificar as tendências gerais, cada criança desenvolve sua linguagem de forma particular. Os processos fonológicos constituem mudanças sistemáticas que afetam uma classe ou sequência de sons e se constituem em descrições de padrões que ocorrem regularmente na fala da criança com o objetivo de simplificar os sons alvos dos adultos. A análise dos processos fonológicos favorece o estabelecimento de prioridades e estratégias para a terapia fonoaudiológica. Representa o processo fonológico de posteriorização para palatal:
Alternativas
Q2301717 Fonoaudiologia
A alimentação correta do bebê propicia o crescimento físico adequado, favorece o desenvolvimento neuropsicomotor, ajuda a fortalecer o seu sistema imunológico, além de ser um dos momentos de afetividade entre a mãe e o bebê considerados importantes para o desenvolvimento de linguagem. A sucção desempenha um papel fundamental na alimentação dos bebês. Dessa forma, para promover uma alimentação segura e eficiente, a atuação fonoaudiológica relaciona-se com a habilidade de sucção e da coordenação sucção x deglutição x respiração. Considerando fisiologia e biomecânica da sucção em bebês e suas estruturas envolvidas, assinale a afirmativa INCORRETA.
Alternativas
Q2301718 Fonoaudiologia
O manejo das disfagias orofaríngeas consiste na prática especializada do fonoaudiólogo, que pode atuar ambulatorialmente, em domicílio ou em hospitais. Esta prática exige conhecimentos e técnicas específicas determinadas pelas manifestações dos pacientes. Considerando o processo de reabilitação das disfagias, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) O paciente neurológico pode apresentar diversas alterações de sensibilidade, em sua maioria, restritas à região intraoral. A sensibilidade é um aspecto importante a ser considerado durante a terapia do paciente com disfagia, pois se a mobilidade do sistema estomatognático é eficaz para preparar o bolo alimentar, a aferência dos estímulos não influencia no tempo de trânsito oral ou mesmo no desencadeamento da deglutição.

( ) No momento da deglutição, há movimentação das paredes laterais e posterior de faringe, pela contração de seus músculos constritores, promovendo o alongamento da faringe e a medialização de suas paredes. Este mecanismo, além de aumentar a pressão na câmara faríngea, empurra dinamicamente o bolo alimentar em direção ao esôfago. Por se tratar de movimentos presentes em uma fase involuntária da deglutição, não há exercícios que auxiliem nesta movimentação e favoreçam uma movimentação mais adequada e ágil do paciente ao engolir, cabendo ao profissional direcionar suas ações apenas para a fase oral da deglutição.

( ) A conjunção de movimentos de elevação e anteriorização do complexo hiolaríngeo é um dos mecanismos que garantem a proteção das vias aéreas. É possível, de certa forma, trabalhar a movimentação laríngea por meio de exercícios que utilizam a fonação, tais como: curvas melódicas e agudos com protrusão exagerada de língua.

( ) O fechamento glótico adequado, fisiologicamente determinado pela ação dos músculos adutores da laringe – tireoaritenoideos, cricoaritenoideos laterais e ariaritenoideos, é também um importante mecanismo de defesa de vias aéreas. Assim, exercícios vocais para adução glótica podem contribuir para o processo de reabilitação das disfagias, se realizados de forma criteriosa e com enfoque funcional e dinâmico.

A sequência está correta em 
Alternativas
Q2301719 Fonoaudiologia
A paralisia cerebral caracteriza-se como um grupo de desordens permanentes do desenvolvimento do movimento e da postura, ocasionando limitações de atividades atribuídas a distúrbios não progressivos que ocorrem no cérebro infantil em desenvolvimento. Crianças com tais alterações apresentam, frequentemente, modificações na função de deglutição, levando a comprometimentos clínicos, como a pneumonia de repetição e a desnutrição. Diante do exposto, analise as afirmativas a seguir.

I. Crianças com paralisia cerebral frequentemente apresentam aumento do tempo de preparo e de trânsito oral, ocasionando maior gasto energético durante a ingestão oral, prejudicando a manutenção e o ganho de peso na criança. Diante da alta incidência em paciente com paralisia cerebral, o tempo de preparo e de trânsito oral não pode ser um indicador da gravidade da disfagia, apesar de estar mais aumentado naquelas com maior comprometimento motor.

II. O maior conhecimento frente às correlações dos achados de deglutição com as demais alterações motoras em pacientes com paralisia cerebral pode facilitar as condutas da equipe. A incidência de disfagia em todos os níveis de comprometimento motor global demonstra a necessidade de rastrear a deglutição em todos os pacientes com paralisia cerebral, independentemente da presença de queixas alimentares e/ou de quadros motores mais graves.

III. A distribuição da gravidade da deglutição em relação ao nível motor evidencia tendência de piora da disfagia de acordo com a piora nos níveis de comprometimento motor global. Espera-se maior incidência de disfagia grave para líquidos em crianças com maior comprometimento motor.

Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Respostas
6: B
7: B
8: C
9: A
10: D