Questões de Concurso Público FEPAM - RS 2023 para Geólogo

O termo geodiversidade é definido pela diversidade geológica, caracterizada por paisagens, rochas, minerais, fósseis e solos, que dão suporte para a vida na Terra e/ou ilustram a evolução geológica de uma determinada região.

Patrimônio geológico constitui-se por um conjunto de geossítios, que são áreas cujos aspectos geológicos apresentam relevância estética, ecológica, turística, cultural e educativa e que ilustrem um evento geológico/paleontológico cientificamente importante.

Até 2022, a proteção legal dos geossítios e dos sítios da geodiversidade Brasil se enquadrou nos decretos e leis sobre tombamento e proteção do patrimônio histórico e artístico nacional e no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), que inclui os Geoparques Seridó e Caminhos dos Cânions do Sul.

Os sítios da geodiversidade não apresentam necessariamente valores científicos significativos; portanto, sua importância é atribuída a valores educativos, culturais e turísticos. Uma área se torna apta a ser um sítio de geodiversidade se apresentar: potencial didático; beleza visual agradável; diversidade geológica; acessibilidade; e, segurança.

A criação do Grupo de Trabalho de Sítios Geológicos e Paleobiológicos do Patrimônio Mundial, com apoio da UNESCO, estimulou o surgimento da SIGEP (Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleobiológicos), cujos objetivos fundamentais são: gerenciar o banco de dados nacional de sítios representativos do geopatrimônio e garantir, ainda que de forma indireta, a proteção, a educação e o desenvolvimento sustentável dos mesmos.

A única maneira de controlar e reduzir os efeitos da arenitização é através do cultivo de gramíneas e leguminosas, que auxiliam na fixação do material inconsolidado, reduzindo problemas como a erosão hídrica. 

O processo é caracterizado pela dinâmica morfogenética associada a processos hídricos superficiais, que geram ravinas e voçorocas, induzindo o transporte e a deposição de areia na forma de depósitos areníticos ou arenosos. 

Também chamado de desertificação, o processo é causado exclusivamente pela ação antrópica, envolvendo principalmente superpastoreio; atividades agrícolas (especialmente relacionadas à soja); e, sua respectiva mecanização.

A arenitização, também denominada desertificação, é o processo de retrabalhamento de formações superficiais arenosas que, com o passar do tempo, modificam as condições climáticas locais, transformando o clima úmido em árido ou semiárido.

A recuperação das áreas afetadas pela arenitização envolve exclusivamente a utilização de adubação orgânica e o cultivo de espécies frutíferas e leguminosas, além de eucaliptos. As primeiras atuam como quebra-ventos, enquanto as últimas auxiliam na fixação do material inconsolidado.