A regra da igualdade não consiste senão em
quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida
em que se desigualam. Nesta desigualdade social,
proporcionada à desigualdade natural, é que se
acha a verdadeira lei da igualdade. O mais são
desvarios da inveja, do orgulho, ou da loucura.
Tratar com desigualdade a iguais, ou a desiguais
com igualdade, seria desigualdade flagrante,
e não igualdade real. Os apetites humanos
conceberam inverter a norma universal da criação,
pretendendo não dar a cada um, na razão do que
vale, mas atribuir o mesmo a todos, como se todos
se equivalessem.
(Oração aos Moços, Edições Casa de Ruy Barbosa. Rio de
Janeiro. 1999. p. 22).
Na Oração aos Moços, Ruy Barbosa, já
em 1920, firmava as bases da regra de igualdade
dentro do paradoxo brasileiro. Reconhecendo a
necessidade de tratamentos diferenciados para
sujeitos em situações desiguais. Sobre o tema,
assinale a alternativa CORRETA.