Questões de Concurso Público IF-RS 2016 para Professor - Cuidado Integral em Saúde

Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de afecções e enfermidades.

Um processo/estado em que indivíduos e coletivos têm o máximo de capacidade para viver a vida de maneira autônoma, reflexiva e socialmente solidária.

Condição da pessoa humana e das populações livres de qualquer tipo de afecção e enfermidade física, psíquica e social.

Capacidade humana de identificar, selecionar e produzir em seu convívio coletivo e meio ambiente todas as condições para que a existência ocorra sem nenhum tipo de sofrimento no corpo e na mente.

Estado social resultante da soma dos esforços individuais de controle dos riscos biológicos, comportamentais e ecológicos que ameaçam a longevidade humana.

Priorizar o conhecimento tecnocientífico, implicando um rigoroso controle ético das novas abordagens científicas sobre as doenças em questão.

A dinâmica político-partidária de um território é o principal indicador de que uma política de saúde será bem sucedida ou não.

Os formuladores humanizados e preocupados com a integralidade precisam conhecer pessoalmente cada pessoa que será atingida por sua política.

Os indicadores epidemiológicos são os mais confiáveis, em função da diversidade de realidades sociais das distintas regiões.

Evitar a exclusividade dos indicadores epidemiológicos para a determinação das necessidades de saúde.

O risco dos profissionais de saúde não conseguirem observar todas as dimensões envolvidas no quadro de doença.

O risco dos serviços e ações de saúde desenvolverem uma preocupação exacerbada com o todo, perdendo de vista a especificidade de cada caso.

O risco de um grau de controle sem precedentes, de perda da autonomia, uma medicalização também integral.

O risco das equipes de saúde, ao analisarem a complexidade da situação, não darem a devida relevância ao principal fator de agravamento da doença.

O risco dos trabalhadores da saúde perderem suas identidades profissionais, ao se ocuparem com a totalidade dos fenômenos envolvidos no problema.

F – F – V – V – V.

F – V – F – F – V.

V – V – V – F – F.

V – F – V – F – V.

V – V – F – F – F.

A crença inflexível em um tipo de saber correto, totalizante.

O cepticismo quanto ao saber vazio, popular.

A ignorância e a desinformação como distorções a serem saneadas.

Um processo comunicacional aberto como elemento nuclear.

A necessidade de transmissão vertical de informações unívocas.

integralidade – biologicismo – clínico – cuidado – prescrição.

prescrição – cuidado – integral – biológico – sociedade.

saúde – individualismo – social – sujeito – política.

política – egoísmo – capitalista – coração – cabeça.

biologia – analfabetismo – educacional – sujeito responsável – presença física.

Principal fonte de informações para guiar as práticas de saúde visando à diminuição dos riscos, uma vez que é dinâmica a relação entre o social e individual.

Exercício mais consistente da inteligência humana, disponível no cenário internacional para orientar as populações na direção dos comportamentos sanitários desejáveis.

Uma vez que as realidades sociais são distintas e os indivíduos complexos, ela seria o único campo de conhecimento com condições de apontar os melhores caminhos para lidar com os riscos à saúde.

A interação dos fenômenos sociais, psicológicos e biológicos impõe o abandono da perspectiva epidemiológica à verdadeira promoção da saúde.

Limitada para dar conta da dinâmica das relações sociais e do comportamento individual, fenômenos imbricados e mutuamente condicionados.

A introdução do Programa Saúde da Família, em 1994, como estratégia de reorganização da atenção à saúde, destaca o trabalho em equipe como pressuposto e diretriz operacional para a reorganização do processo de trabalho em saúde.

Nos anos de 1990 voltam a se intensificar os debates sobre a atenção integral em torno da noção de integralidade da saúde que aponta para uma concepção reduzida no sentido da apreensão e resposta para as necessidades de saúde dos usuários e população de um dado território.

As mudanças nas políticas de saúde, nos modelos assistenciais e nas políticas de recursos humanos em saúde influenciaram o desenvolvimento da concepção de “trabalho em equipe”.

Desde meados da década de 1970, o debate em torno das políticas de saúde e de recursos humanos, considerando o perfil de necessidade de saúde da população brasileira, apontava a crítica à formação especializada e curativa dos profissionais de saúde e a necessidade de incentivar a utilização de métodos que estimulassem a atuação multiprofissional.

As políticas de recursos humanos em saúde, para as quais a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, em 1986, representa uma inflexão importante, enfatizam cada vez mais a “equipe de saúde” como unidade produtiva em substituição ao trabalho independente e isolado de cada profissional em separado.

Ao atribuir aos conselhos de saúde a função de atuar na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, o texto da Lei Federal nº 8.142 de 1990 não retoma a perspectiva ideológica da 8ª Conferência de Saúde.

Nos anos 2000 houve a criação de 90% dos conselhos de saúde no país, em um processo de instituição do controle social a partir do Estado.

Na década de 1990, a criação dos conselhos de saúde passou a ser uma condição legal para municipalização dos serviços com a transferência de recursos por meio dos fundos públicos.

Os conselhos e as conferências de saúde constituem um campo político que expressa, nas circunstâncias da conjuntura da saúde, uma aliança entre profissionais de saúde e usuários em apoio à ofensiva neoliberal.

A propósito da participação social na saúde, deve ser ressaltado que o texto da Constituição de 1988 é bastante amplo, pois ao se referir às diretrizes de organização do Sistema Único de Saúde (SUS), menciona “participação da comunidade”, que, na História do Brasil, faz parte de um ideário de participação ampliada.

O lema “saúde é democracia” embalou as proposições da Reforma Sanitária difundidas durante a preparação e realização da VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986.

No final dos anos 1970, o descompasso entre as receitas e as despesas com saúde e as críticas à natureza dicotomizada e fragmentada do sistema foram incluídos na agenda de reinvindicações dos movimentos sociais e nas pautas da grande imprensa.

Os compromissos com a produção de conhecimentos sobre os determinantes sociais da saúde, com o movimento por mudança no sistema de saúde e mudanças na sociedade brasileira lastrearam a formulação do SUS.

Os usos recorrentes do termo SUS, como sinônimo de um convênio de repasse de recursos ou órgão de compra de serviços e não apenas como sistema de saúde, ampliam drasticamente sua natureza e atribuições constitucionais.

Nos marcos da democracia e do federalismo, o SUS construiu uma estrutura institucional complexa para coordenar as ações dos três níveis de governo: as ações de saúde pública e os serviços de saúde estatais, filantrópicos e privados.