No século XVIII, a descoberta de ouro em terras brasileiras
apareceu como uma alternativa econômica que poderia salvar
os combalidos cofres da Coroa Portuguesa. Os gastos
realizados com o processo de restauração da monarquia
nacional (que marcou o fim da União Ibérica), a perda de
posses coloniais espalhadas pela Ásia e as oscilações do
preço do açúcar no mercado europeu compunham uma série
de problemas enfrentados pelo Estado lusitano naquela
época. Contudo, a extração de toneladas e mais toneladas de
ouro do território brasileiro não conseguiu viabilizar uma
acumulação de capitais que pudesse novamente organizar a
economia metropolitana. Na verdade, boa parte dos metais e
pedras preciosas extraídas do Brasil serviu para saldar uma
exorbitante quantidade de dívidas que o governo português
contraiu com as grandes potências econômicas europeias,
principalmente a Inglaterra. De fato, a dependência econômica
de Portugal em relação aos ingleses marca um período
histórico da economia europeia. Enquanto os lusitanos
perdiam o antigo posto de nação rica e desenvolvida, galgado
entre os séculos XVI e XVII, a Inglaterra alcançava as
condições que a transformariam na maior potência econômica
do mundo entre os séculos XVIII e XIX. Para entendermos
estas situações distintas, podemos citar a assinatura do: