Questões de Concurso Público Prefeitura de Vila Velha - ES 2020 para Professor - Geografia

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Q1147097 Geografia

“No atual contexto [...], autores libertários têm sido (re)descobertos; não mais (ou não necessariamente) “museologicamente”, como “achados arqueológicos” destinados a alguma exposição em algum cantinho do “museu do pensamento crítico”, mas sim como “armas”, cuja letalidade, mesmo no caso de autores do século XIX e início do século XX como Reclus e Kropotkin, ainda não se perdeu por completo.”

(SOUZA, Marcelo Lopes de. Uma Geografia marginal e sua atualidade: A linhagem libertária. Primeiro Colóquio Território Autônomo, 2010.)


A respeito dos pensadores Reclus e Kropotkin, pode-se afirmar corretamente que, ao longo da história da Ciência Geográfica:

Alternativas
Q1147098 Geografia

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da pesquisa e publicação ‘Regiões de Influência das Cidades’ (2008) analisou uma série de mudanças e permanências nas redes e hierarquias urbanas do país através da identificação de características socioeconômicas selecionadas de cada centro (população, PIB municipal, valor adicionado de atividades econômicas, presença de internet banda larga) e sua centralidade em temas específicos (gestão pública federal, gestão de empresas privadas, comércio, serviços, rede bancária, rede de televisão etc).


A respeito da temática, é correto afirmar que: 


I. Uma característica contemporânea da rede urbana brasileira é a refuncionalização, pela qual centros intermediários assimilaram novas funções, antes restritas aos centros de mais alta hierarquia.


II. As redes urbanas tradicionais do Nordeste, comandadas por capitais estaduais que concentram, com muitos centros intermediários, a oferta de equipamentos e serviços, exercem pouca polarização em suas áreas e reproduzem, em uma escala maior, a descontinuidade espacial e o esvaziamento físico do fenômeno urbano, espraiando-se pelo país.


III. Os centros que emergiram dos anos 70 para os anos 2000 se localizam predominantemente nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, na região conhecida como MATOPIBA – seguindo a última fronteira agrícola do Brasil.


IV. Nas áreas de ocupação mais antiga, como São Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas, o quadro é mais estável, e algumas cidades deixam de exercer maior centralidade, possivelmente com as mudanças em comunicação e transportes.


V. A rede centralizada por São Paulo abrange parte de Minas Gerais, do Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre. O Rio de Janeiro tem projeção no próprio estado, no Espírito Santo, no sul da Bahia, e na Zona da Mata mineira, onde divide influência com Belo Horizonte.


VI. A rede de Brasília influi no oeste da Bahia, em alguns municípios de Goiás e no noroeste de Minas Gerais. As outras redes de influência são centralizadas por São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Goiânia, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre.



Dos itens acima mencionados, estão corretos apenas:

Alternativas
Q1147099 Geografia

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O tweet do Ministro do Meio Ambiente coloca em pauta incêndios florestais ocorridos no ano de 2019 em diferentes partes do mundo.


Como uma das qualidades de uma boa aula de Geografia é a capacidade de ler, analisar e descrever fenômenos em várias escalas, diferenciando-os espacialmente, ao conciliarmos fundamentação científica, contextualização e crítica verificamos que há causalidades distintas para os incêndios florestais supracitados – bem como consequências e desdobramentos também.


Nesse sentido, analise as afirmativas a seguir e determine se estão certas ou erradas


I – A influência do Dipolo do Oceano Índico (conhecido como El Niño do Índico), que se refere à diferença nas temperaturas da superfície do mar em regiões opostas do oceano, foi positiva no último ano – o que significa a ocorrência de menos chuvas e, consequentemente, mais secas, em determinadas porções da Austrália, favorecendo os incêndios florestais.


II – Na Sibéria, a terra seca e as temperaturas muito mais quentes do que a média normal, combinadas com relâmpagos e ventos fortes, fizeram com que as labaredas se espalhassem de forma agressiva. A queima foi sustentada pelo solo da floresta, composto de turfa descongelada, exposta e seca – substância com alto teor de carbono.


III – Na Floresta Amazônica, não há incêndios naturais, dada a característica de um ambiente muito úmido – o qual, inclusive, é o responsável por não permitir a formação de uma área desértica no Brasil, graças aos “rios voadores”. O fogo teria iniciado, em sua maior parte, de um processo de desmatamento, com a derrubada da vegetação, sua colocação ao sol para secar e posterior realização da queimada para “limpar a área” e abrir espaço.


IV – Em diversos ecossistemas australianos, a maioria dos incêndios ocorre naturalmente e com uma certa frequência, assim como nas florestas costeiras da Califórnia (EUA). Ou seja, as queimadas acontecem em sua maior parte de forma natural, pela incidência de raios. No entanto, os efeitos das mudanças ambientais (incluindo as climáticas) exacerba tal condição natural, elevando as temperaturas e prolongando períodos de seca – o que favorece a propagação do fogo.


A alternativa que apresenta a sequência adequada é: 

Alternativas
Q1147100 Geografia

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A manchete acima, publicada pela Exame em 10/11/2019, informava que o anúncio da nova reserva se deu em meio à crise econômica causada por sanções impostas ao país pelos Estados Unidos da América (EUA). O conhecimento sobre a distribuição e utilização dos recursos naturais e energéticos nos revela sua importância e seus desdobramentos nas relações econômicas e geopolíticas mundiais.

A respeito desse assunto, é correto afirmar que:

Alternativas
Q1147101 Geografia

Uma das formas didáticas de representação de fenômenos da realidade dá-se a partir da criação de modelos gráficos e de mapeamentos. Baseando-se, sobretudo, no Atlas Nacional do Brasil (IBGE, 2010) e em trabalhos próprios anteriores sobre a topologia da internet no Brasil, Ludmila Girardi (2015) propôs o seguinte modelo gráfico da organização da internet no território nacional:


1) Generalização da malha


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2) Grafo e hierarquia dos nós e das arestas 


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3) Centros de atração


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Fonte: GIRARDI, Ludmila. Estruturas e dinâmicas espaciais da organização da internet no território brasileiro. In: Confins [Online], 23 | 2015. Disponível em: http://journals.openedition.org/confins/9976 (Acesso em 26/01/20)


Como se pode observar, foi realizada a abstração do contorno do território nacional, transformando-o num simples quadrado, para demonstrar graficamente o nível de centralização da rede, bem como os nós com o acesso mais rápido e direto para troca do tráfego, excluindo as pontas, que representariam os nós mais periféricos. Assim, a abstração demonstra um subconjunto selecionado das estruturas fundamentais de base territorial e informacional que mantém o funcionamento da rede de internet no país e das dinâmicas da evolução dos acessos e da capilaridade da internet no Brasil, entre os anos de 2007 e 2012.


A respeito da geografia da informação, pode-se inferir corretamente a seguinte reflexão sobre a posição dos objetos e da divisão territorial:

Alternativas
Respostas
1: C
2: C
3: A
4: E
5: E