Questões de Concurso Público Prefeitura de Porto Belo - SC 2019 para Médico Veterinário

Raiva é uma doença de quadro crônico, de baixa taxa de letalidade.

São eficientes medidas profiláticas: vacinação do rebanho, comunicação da existência de abrigos de morcegos (cavernas, bueiros, ocos de árvore, furnas, casas abandonadas) na propriedade e notificação dos casos de morte de animais com suspeita da doença, para a coleta de material e exame em laboratório.

Sinais clínicos como perturbação dos sentidos, indiferença, sialorreia, movimentos desordenados da cabeça, manifestação de tremores musculares, ranger de dentes, movimentos de pedalagem dos membros posteriores e anteriores são conclusivos para o diagnóstico da raiva bovina.

Morcegos ictiófagos são os agentes de transmissão da doença.

A transmissão da raiva bovina aos seres humanos acontece pelo contato com a saliva de animais infectados a partir do 6° dia de manifestos os sinais clínicos no animal.

O principal meio de disseminação da doença no rebanho é sexual.

A brucelose bovina atinge os bovinos e se manifesta principalmente por abortos no terço inicial da gestação e nascimento de bezerros fracos, além de ser uma zoonose de grande importância.

A vacina B19, dependendo da idade de vacinação, induz à formação de anticorpos específicos e pode interferir no diagnóstico sorológico da brucelose.

A brucelose bovina é uma doença de baixa prevalência no Brasil, em função de temperatura e umidade médios.

Lesões articulares, assim como lesões na glândula mamária, também podem ser observadas em casos agudos da doença. As lesões articulares caracterizam-se por bursite e artrite. Placentite necrótica é a principal lesão encontrada nos animais que abortam.

A tuberculose bovina é responsável por perdas econômicas importantes na pecuária brasileira e está presente em todo o território nacional. Embora sua prevalência em rebanhos de leite seja de maior relevância, em algumas regiões, a doença é ainda observada em rebanhos de corte, principalmente propriedades de criação extensiva, com baixa densidade animal.

O diagnóstico da tuberculose bovina pode ser sugerido com a detecção de lesões hemorrágicas típicas durante o exame de necropsia, mas deve ser feito o diagnóstico diferencial de outros processos patológicos que apresentam lesões macroscópicas semelhantes, principalmente localizadas em linfonodos e pulmões. Muitas dessas patologias são diferenciadas somente pelo exame histológico, mas, em alguns casos, a cultura microbiológica é necessária.

As bactérias causadoras da tuberculose pertencem à família Mycobacteriaceae, gênero Mycobacterium. São bacilos curtos anaeróbicos, móveis, não capsulados, não flagelados.

Aproximadamente 90% das infecções pelo M. bovis em bovinos e bubalinos ocorrem pela via digestiva, através da ingestão de alimentos contaminados com o micro-organismo.

A prática de necropsia em cadáveres bovinos com suspeita de tuberculose deve obrigatoriamente estar associada ao uso de equipamentos básicos de proteção, como luvas, máscaras e óculos de proteção com intuito de evitar a transmissão da doença.