Questões de Concurso Público IF-PA 2016 para Assistente de Alunos
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“A escola, instituição epicentro da sociedade contemporânea, padece da violência canalizada para seu interior e daquela que ela mesma gera nas suas próprias práticas.” (JUSTO, José Sterza, Escola no Epicentro da Crise Social, POA: Ed. Mediação, 2005, p. 47)
No que se refere a práticas escolares que geram a violência e, no lugar de promover a disciplina, geram indisciplina, podemos apontar:
I – o não reconhecimento dos estudantes como sujeitos, portadores de conhecimentos, desejos, expectativas;
II – práticas dialogadas de construção da escola, seu espaço, seus tempos e conteúdos;
III – a verticalização do poder, onde poucos definem os objetivos, as estratégias e os conteúdos do ensino.
A disciplina escolar precisa ser construída pela escola considerando alguns desafios contemporâneos, entre eles o fato de que a sociedade hoje caminha para construir-se para todos. Perceber que mais gente participa da escola é um aspecto positivo. Para uma escola que se quer democrática, são algumas destas ações:
I – compreender que nem todos podem fazer parte da escola, uma vez que alguns não têm condições biológicas e socioculturais para isso;
II – construir um projeto pedagógico que expresse as necessidades e ideias do grupo a que ele se destina;
III – coibir tratamento preconceituoso para com os estudantes, independente de condições biológicas, socioculturais, de gênero, origem étnico-racial, religiosas e de orientações sexuais.
A construção de uma sociedade democrática no Brasil apresenta várias frentes de ação, desde a proteção e inclusão de pessoas portadoras de deficiência em todos os espaços socioculturais e laborais, até a construção de mecanismos de visibilização das diferenças, buscando empoderar aqueles que historicamente foram colocados em lugares subalternos. São ações que podem ser consideradas de visibilização e empoderamento:
I – murais escolares que representem todos os tipos de família e todas as origens etnicoraciais;
II – circulação de literaturas, entre os estudantes, que tenham afro-brasileiros e povos originários (os chamados “índios”) como protagonistas;
III – divulgação da história, mitologia, religiosidade dos povos africanos e ameríndios