Questões de Concurso Público Câmara de Contagem - MG 2023 para Analista Técnico - Redator

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Q2056599 Português
Escrever um bom texto exige de nós a capacidade de estabelecer relações claras entre as várias ideias a serem apresentadas. O desafio a ser enfrentado é descobrir a melhor maneira de construir essas relações com os recursos que a língua nos oferece.
Pense, por exemplo, na construção da uma casa. As paredes são essenciais para a sua sustentação. No texto, as ideias, informações e argumentos equivalem aos tijolos que, dispostos lado a lado, permitem que as paredes de uma casa sejam erguidas.
Mas, assim como os tijolos precisam de argamassa para mantê-los unidos, o texto precisa de elementos que estabeleçam uma ligação entre ideias, informações e argumentos.
A “argamassa” textual se define em dois níveis diferentes. O primeiro deles é o aspecto formal, linguístico, alcançado pela escolha de palavras (elementos linguísticos específicos), cuja função é justamente a de estabelecer referências e relações, articulando entre si as várias partes do texto. A isso chamamos de coesão textual.
O segundo nível da “argamassa” textual é o da significação. Somente a seleção e a articulação de ideias, informações, argumentos e conceitos compatíveis entre si produzirão como resultado um texto claro. Nesse caso, como a articulação textual promove a construção do sentido, ela é chamada de coerência textual.
ABAURRE, Maria Luiza M.; ABAURRE, Maria Bernardete M. Produção de texto: interlocução e gêneros. São Paulo: Moderna, 2007. p. 284.
Sobre a construção das ideias do texto, é possível afirmar: 
Alternativas
Q2056600 Português
DECRETO Nº 767, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2022
A PREFEITA DO MUNICÍPIO, no exercício de suas atribuições legais que lhe confere o inciso VII do art. 92 da Lei Orgânica Municipal, e, em especial, no disposto no art. 62 da Lei Complementar nº 247, de 29 de dezembro de 2017,
DECRETA:
[...]
Art. 13 À Diretoria de Defesa dos Direitos Humanos compete:
I - identificar e articular redes de proteção e defesa de direitos humanos, envolvendo órgãos públicos e entidades não governamentais, para atuar no combate às violações de direitos humanos e resolução de tensões sociais de maneira coordenada e sistemática, em cooperação com o Ministério Público, órgãos dos Poderes Legislativo, Judiciário, Executivo, de todas as esferas;
II - receber, analisar e encaminhar as denúncias recebidas pela Ouvidoria ou encaminhadas por outras ouvidorias ou órgãos públicos, referentes às violações de direitos humanos;
III - monitorar o encaminhamento das denúncias e respostas pelos órgãos públicos ou pelas organizações da sociedade civil, informando o cidadão sobre a efetiva conclusão da solicitação apresentada;
IV - recomendar ações de defesa que visem à orientação, adoção de providências e revisão de procedimentos adotados por órgãos públicos ou entidades não governamentais, em resposta à violação de direitos humanos, sobretudo as que afetam grupos sociais vulneráveis;
[...]
Disponível em: l1nq.com/FrYHV. Acesso em: 14 dez. 2022 (adaptado).
Considerando o trecho destacado e seu contexto, é correto afirmar:
Alternativas
Q2056601 Português
Na concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são vistos como atores / construtores sociais, sujeitos ativos que – dialogicamente – se constroem e são construídos no texto, considerando o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores. Desse modo, há lugar, no texto, para toda uma gama de implícitos, dos mais variados tipos, somente detectáveis quando se tem, como pano de fundo, o contexto sociocognitivo dos participantes.
Nessa perspectiva, o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação. A leitura é, pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza evidentemente com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas requer a mobilização no interior do evento comunicativo.
KOCH, I. G. V. Ler e compreender: os sentidos do texto. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2006b. p. 11.
De acordo com o exposto no texto
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Q2056602 Português
Abolindo a abolição
“Promotora vê quadro de quase escravidão: operação libera 38 em fazenda no Espírito Santo.” Brasil, 24 jun. 1999.
Tudo começou quando eles foram procurar emprego na fazenda de café. O proprietário disse que sim, que podia empregá-los. Só não poderia pagar muito. Que decidissem: era pegar ou largar, ame-o ou deixe-o. Eles se olharam. O que podiam fazer? Aceitaram.
Passado o primeiro mês, o proprietário reuniu-os e disse que os negócios não andavam bem, que a cotação do café estava em baixa no mercado internacional. Propôs diminuir o salário, coisa pouca, e não por muito tempo. Eles se olharam, mas o que podiam fazer? Aceitaram.
Um mês depois, o proprietário reuniu-os de novo. Os negócios continuavam ruins, de modo que ele tinha outra proposta: atrasaria os salários, indefinidamente, mas em compensação forneceria alojamento e comida. O alojamento não passava de um telheiro com um estrado e colchonetes; banheiro não havia. Quanto à comida, como disse o próprio proprietário, não era coisa para gourmet. De novo se olharam. O que podiam fazer? Aceitaram.
SCLIAR, Moacyr. Abolindo a abolição. Disponível em: l1nq. com/cEZfx. Acesso em: 14 dez. 2022 (fragmento).
Sobre o texto anterior, é correto afirmar:
Alternativas
Q2056603 Português
A falta de representatividade contribui para o aumento da invisibilidade das pessoas com deficiência na sociedade. Sem representatividade, nossas questões acabam ficando bem longe das prioridades das políticas públicas, dos projetos e ações que podem trazer mais qualidade de vida e de inclusão.
Em uma pesquisa realizada pela Getty Images e YouGov, com mais de 5 mil participantes de 26 países, mais de 60% das pessoas entrevistadas se sentem discriminadas por comerciais.
Por isso, quando uma marca, um produto, um serviço se comunica com a pessoa com deficiência, automaticamente nos torna mais presentes de fato na sociedade, considera e respeita a nossa existência. Cada vez mais é papel das empresas, governos, sociedade contribuir para a mudança desse cenário e retratar a nossa diversidade real, sem deixar ninguém de fora.
[...]
Porque o sinônimo de final feliz para nós está ligado à representatividade de existir e realizar.
IGNARRA, Carolina. Representatividade das pessoas com deficiência é coisa de novela, sim! Hoje em Dia. Disponível em: l1nq.com/M5F3f. Acesso em: 14 dez. 2022 (fragmento).
Acerca da argumentação desenvolvida no texto, é correto afirmar que
Alternativas
Respostas
31: C
32: D
33: B
34: A
35: B