Questões de Concurso Público Prefeitura de Nova Serrana - MG 2019 para Professor de Geografia

Foram encontradas 40 questões

Q1731528 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder a questão.

“Receitamos remédios psiquiátricos a gente saudável”, diz o médico Allen Frances

O psiquiatra americano Allen Frances acha que usamos remédios demais, e para tratar gente que passaria bem sem eles. Frances é professor emérito da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Entre as décadas de 1980 e 1990, participou da elaboração do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), um livro publicado pela Sociedade Americana de Psiquiatria que relaciona transtornos mentais diagnosticáveis e faz recomendações de como tratá-los. A equipe que ele liderou foi a responsável por incluir problemas como Asperger – uma forma branda de autismo – e transtorno bipolar ao rol de vilões para quais os médicos deveriam atentar. A intenção foi boa. O resultado, diz ele, o pior possível.

No início dos anos 1990, o DSM se tornara tão influente no mundo todo, que cada novo acréscimo à lista de doenças era seguido por uma explosão de diagnósticos errados. Os pacientes pensavam sofrer das novas doenças. Os médicos, que interpretavam mal o manual, achavam o mesmo. O resultado: pessoas saudáveis foram consideradas doentes – e passaram a receber medicamentos dos quais não precisavam. “Tratamos pessoas que estão, essencialmente, bem. Mas que estão vivendo sob circunstâncias difíceis”, diz ele. Frances reuniu suas críticas à medicalização excessiva em um livro – Voltando ao normal (Versal Editores, 365 páginas), lançado neste ano no Brasil. Segundo ele, desenvolvemos o mau hábito de medicar a angústia provocada por problemas alheios a nossa vontade – como o desemprego ou a instabilidade política em um país – em lugar de reservar as pílulas para o tratamento de doenças psiquiátricas reais.

Em entrevista à ÉPOCA, o médico falou sobre os males da medicalização excessiva, a influência da indústria farmacêutica e sobre como descobriu sofrer de um transtorno mental questionável: o transtorno da compulsão alimentar periódica.

ÉPOCA – O senhor ajudou a escrever um guia, o DSM, que, de certa maneira, tem a difícil missão de definir o que é um comportamento normal e o que é um transtorno mental. Como distinguir o que é normal do que não é?

Allen Frances – O problema é que não existe uma fronteira clara que separe essas duas condições, o que é normaleoquenãoé.Ansiedadeeangústiasãofenômenos inerentes à condição humana. Determinar qual tipo e qual nível de angústia constitui um transtorno psiquiátrico foge ao trivial. Os médicos e cientistas conseguem ser muito claros e precisos ao diagnosticar problemas psiquiátricos severos. Temos tratamentos para esses males, como a esquizofrenia. Tratamentos muito eficientes, mas que recebem pouco financiamento no mundo. De outro lado, tentar distinguir as angústias provocadas pela vida cotidiana de uma doença psiquiátrica é algo quase virtualmente impossível. E, comumente, essa tentativa leva a um uso excessivo de medicamentos. Tratamos pessoas que estão, essencialmente, bem.

Mas que estão vivendo sob circunstâncias difíceis. Tome o exemplo do Brasil. É um país que passou por muitos problemas econômicos e políticos recentemente. Onde as pessoas têm de lidar com o estresse gerado por epidemias de dengue e zika. Muitas pessoas podem estar se sentindo angustiadas, por causa de um ou mais desses fatores. A solução fácil – e enganadora – é justamente tomar uma pílula para tentar lidar melhor com essa inquietação. Mas ainda não temos sinais de que existe uma pílula para cada um dos nossos problemas.

ÉPOCA – As pessoas se sentem melhor ao tomar essas pílulas, mesmo sem precisar delas?

Allen Frances – As pesquisas mostram que a resposta dessas pessoas aos remédios não é muito maior do que a resposta a um placebo. Muitas pessoas que tomam uma pílula acabam se sentindo melhor. Mas isso não é resultado do princípio ativo da pílula. A melhora é resultado da expectativa de que o remédio vai funcionar. Ou da resiliência que surge com a passagem do tempo. Se você tomar um remédio no pior dia da sua vida, quando as coisas melhorarem, você vai achar que seu humor melhorou graças ao remédio. Foi a vida que ficou melhor. Tratar as dificuldades do dia a dia como se fossem uma “epidemia de ansiedade” pode, na verdade, aumentar o rol de problemas já enfrentados pelas pessoas. O melhor que temos a fazer é buscar soluções sociais mais eficientes, em lugar de melhores soluções médicas. Medicalizar problemas sociais frequentemente leva a negligenciar esses problemas sociais. E isso pode causar mais prejuízo que ajudar.

[...]

Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/09/
receitamos-remedios-psiquiatricos-gente-saudavel-diz-medico-
allen-frances.html>. Acesso em: 25 jul. 2019.
O texto realiza uma crítica ao modo como o qual a psiquiatria contemporânea trata certas doenças.
Tal crítica está corretamente sintetizada em:
Alternativas
Q1731529 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder a questão.

“Receitamos remédios psiquiátricos a gente saudável”, diz o médico Allen Frances

O psiquiatra americano Allen Frances acha que usamos remédios demais, e para tratar gente que passaria bem sem eles. Frances é professor emérito da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Entre as décadas de 1980 e 1990, participou da elaboração do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), um livro publicado pela Sociedade Americana de Psiquiatria que relaciona transtornos mentais diagnosticáveis e faz recomendações de como tratá-los. A equipe que ele liderou foi a responsável por incluir problemas como Asperger – uma forma branda de autismo – e transtorno bipolar ao rol de vilões para quais os médicos deveriam atentar. A intenção foi boa. O resultado, diz ele, o pior possível.

No início dos anos 1990, o DSM se tornara tão influente no mundo todo, que cada novo acréscimo à lista de doenças era seguido por uma explosão de diagnósticos errados. Os pacientes pensavam sofrer das novas doenças. Os médicos, que interpretavam mal o manual, achavam o mesmo. O resultado: pessoas saudáveis foram consideradas doentes – e passaram a receber medicamentos dos quais não precisavam. “Tratamos pessoas que estão, essencialmente, bem. Mas que estão vivendo sob circunstâncias difíceis”, diz ele. Frances reuniu suas críticas à medicalização excessiva em um livro – Voltando ao normal (Versal Editores, 365 páginas), lançado neste ano no Brasil. Segundo ele, desenvolvemos o mau hábito de medicar a angústia provocada por problemas alheios a nossa vontade – como o desemprego ou a instabilidade política em um país – em lugar de reservar as pílulas para o tratamento de doenças psiquiátricas reais.

Em entrevista à ÉPOCA, o médico falou sobre os males da medicalização excessiva, a influência da indústria farmacêutica e sobre como descobriu sofrer de um transtorno mental questionável: o transtorno da compulsão alimentar periódica.

ÉPOCA – O senhor ajudou a escrever um guia, o DSM, que, de certa maneira, tem a difícil missão de definir o que é um comportamento normal e o que é um transtorno mental. Como distinguir o que é normal do que não é?

Allen Frances – O problema é que não existe uma fronteira clara que separe essas duas condições, o que é normaleoquenãoé.Ansiedadeeangústiasãofenômenos inerentes à condição humana. Determinar qual tipo e qual nível de angústia constitui um transtorno psiquiátrico foge ao trivial. Os médicos e cientistas conseguem ser muito claros e precisos ao diagnosticar problemas psiquiátricos severos. Temos tratamentos para esses males, como a esquizofrenia. Tratamentos muito eficientes, mas que recebem pouco financiamento no mundo. De outro lado, tentar distinguir as angústias provocadas pela vida cotidiana de uma doença psiquiátrica é algo quase virtualmente impossível. E, comumente, essa tentativa leva a um uso excessivo de medicamentos. Tratamos pessoas que estão, essencialmente, bem.

Mas que estão vivendo sob circunstâncias difíceis. Tome o exemplo do Brasil. É um país que passou por muitos problemas econômicos e políticos recentemente. Onde as pessoas têm de lidar com o estresse gerado por epidemias de dengue e zika. Muitas pessoas podem estar se sentindo angustiadas, por causa de um ou mais desses fatores. A solução fácil – e enganadora – é justamente tomar uma pílula para tentar lidar melhor com essa inquietação. Mas ainda não temos sinais de que existe uma pílula para cada um dos nossos problemas.

ÉPOCA – As pessoas se sentem melhor ao tomar essas pílulas, mesmo sem precisar delas?

Allen Frances – As pesquisas mostram que a resposta dessas pessoas aos remédios não é muito maior do que a resposta a um placebo. Muitas pessoas que tomam uma pílula acabam se sentindo melhor. Mas isso não é resultado do princípio ativo da pílula. A melhora é resultado da expectativa de que o remédio vai funcionar. Ou da resiliência que surge com a passagem do tempo. Se você tomar um remédio no pior dia da sua vida, quando as coisas melhorarem, você vai achar que seu humor melhorou graças ao remédio. Foi a vida que ficou melhor. Tratar as dificuldades do dia a dia como se fossem uma “epidemia de ansiedade” pode, na verdade, aumentar o rol de problemas já enfrentados pelas pessoas. O melhor que temos a fazer é buscar soluções sociais mais eficientes, em lugar de melhores soluções médicas. Medicalizar problemas sociais frequentemente leva a negligenciar esses problemas sociais. E isso pode causar mais prejuízo que ajudar.

[...]

Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/09/
receitamos-remedios-psiquiatricos-gente-saudavel-diz-medico-
allen-frances.html>. Acesso em: 25 jul. 2019.
Segundo o entrevistado, pessoas que não possuem transtornos psiquiátricos podem apresentar melhora na forma como se sentem após serem tratadas com medicamentos.
São causas dessa melhora, exceto:
Alternativas
Q1731530 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder a questão.

“Receitamos remédios psiquiátricos a gente saudável”, diz o médico Allen Frances

O psiquiatra americano Allen Frances acha que usamos remédios demais, e para tratar gente que passaria bem sem eles. Frances é professor emérito da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Entre as décadas de 1980 e 1990, participou da elaboração do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), um livro publicado pela Sociedade Americana de Psiquiatria que relaciona transtornos mentais diagnosticáveis e faz recomendações de como tratá-los. A equipe que ele liderou foi a responsável por incluir problemas como Asperger – uma forma branda de autismo – e transtorno bipolar ao rol de vilões para quais os médicos deveriam atentar. A intenção foi boa. O resultado, diz ele, o pior possível.

No início dos anos 1990, o DSM se tornara tão influente no mundo todo, que cada novo acréscimo à lista de doenças era seguido por uma explosão de diagnósticos errados. Os pacientes pensavam sofrer das novas doenças. Os médicos, que interpretavam mal o manual, achavam o mesmo. O resultado: pessoas saudáveis foram consideradas doentes – e passaram a receber medicamentos dos quais não precisavam. “Tratamos pessoas que estão, essencialmente, bem. Mas que estão vivendo sob circunstâncias difíceis”, diz ele. Frances reuniu suas críticas à medicalização excessiva em um livro – Voltando ao normal (Versal Editores, 365 páginas), lançado neste ano no Brasil. Segundo ele, desenvolvemos o mau hábito de medicar a angústia provocada por problemas alheios a nossa vontade – como o desemprego ou a instabilidade política em um país – em lugar de reservar as pílulas para o tratamento de doenças psiquiátricas reais.

Em entrevista à ÉPOCA, o médico falou sobre os males da medicalização excessiva, a influência da indústria farmacêutica e sobre como descobriu sofrer de um transtorno mental questionável: o transtorno da compulsão alimentar periódica.

ÉPOCA – O senhor ajudou a escrever um guia, o DSM, que, de certa maneira, tem a difícil missão de definir o que é um comportamento normal e o que é um transtorno mental. Como distinguir o que é normal do que não é?

Allen Frances – O problema é que não existe uma fronteira clara que separe essas duas condições, o que é normaleoquenãoé.Ansiedadeeangústiasãofenômenos inerentes à condição humana. Determinar qual tipo e qual nível de angústia constitui um transtorno psiquiátrico foge ao trivial. Os médicos e cientistas conseguem ser muito claros e precisos ao diagnosticar problemas psiquiátricos severos. Temos tratamentos para esses males, como a esquizofrenia. Tratamentos muito eficientes, mas que recebem pouco financiamento no mundo. De outro lado, tentar distinguir as angústias provocadas pela vida cotidiana de uma doença psiquiátrica é algo quase virtualmente impossível. E, comumente, essa tentativa leva a um uso excessivo de medicamentos. Tratamos pessoas que estão, essencialmente, bem.

Mas que estão vivendo sob circunstâncias difíceis. Tome o exemplo do Brasil. É um país que passou por muitos problemas econômicos e políticos recentemente. Onde as pessoas têm de lidar com o estresse gerado por epidemias de dengue e zika. Muitas pessoas podem estar se sentindo angustiadas, por causa de um ou mais desses fatores. A solução fácil – e enganadora – é justamente tomar uma pílula para tentar lidar melhor com essa inquietação. Mas ainda não temos sinais de que existe uma pílula para cada um dos nossos problemas.

ÉPOCA – As pessoas se sentem melhor ao tomar essas pílulas, mesmo sem precisar delas?

Allen Frances – As pesquisas mostram que a resposta dessas pessoas aos remédios não é muito maior do que a resposta a um placebo. Muitas pessoas que tomam uma pílula acabam se sentindo melhor. Mas isso não é resultado do princípio ativo da pílula. A melhora é resultado da expectativa de que o remédio vai funcionar. Ou da resiliência que surge com a passagem do tempo. Se você tomar um remédio no pior dia da sua vida, quando as coisas melhorarem, você vai achar que seu humor melhorou graças ao remédio. Foi a vida que ficou melhor. Tratar as dificuldades do dia a dia como se fossem uma “epidemia de ansiedade” pode, na verdade, aumentar o rol de problemas já enfrentados pelas pessoas. O melhor que temos a fazer é buscar soluções sociais mais eficientes, em lugar de melhores soluções médicas. Medicalizar problemas sociais frequentemente leva a negligenciar esses problemas sociais. E isso pode causar mais prejuízo que ajudar.

[...]

Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/09/
receitamos-remedios-psiquiatricos-gente-saudavel-diz-medico-
allen-frances.html>. Acesso em: 25 jul. 2019.
Releia o trecho a seguir.
“Medicalizar problemas sociais frequentemente leva a negligenciar esses problemas sociais.”
A palavra destacada poderia ser substituída, sem prejuízo de sentido, por
Alternativas
Q1731531 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder a questão.

“Receitamos remédios psiquiátricos a gente saudável”, diz o médico Allen Frances

O psiquiatra americano Allen Frances acha que usamos remédios demais, e para tratar gente que passaria bem sem eles. Frances é professor emérito da Universidade Duke, nos Estados Unidos. Entre as décadas de 1980 e 1990, participou da elaboração do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM), um livro publicado pela Sociedade Americana de Psiquiatria que relaciona transtornos mentais diagnosticáveis e faz recomendações de como tratá-los. A equipe que ele liderou foi a responsável por incluir problemas como Asperger – uma forma branda de autismo – e transtorno bipolar ao rol de vilões para quais os médicos deveriam atentar. A intenção foi boa. O resultado, diz ele, o pior possível.

No início dos anos 1990, o DSM se tornara tão influente no mundo todo, que cada novo acréscimo à lista de doenças era seguido por uma explosão de diagnósticos errados. Os pacientes pensavam sofrer das novas doenças. Os médicos, que interpretavam mal o manual, achavam o mesmo. O resultado: pessoas saudáveis foram consideradas doentes – e passaram a receber medicamentos dos quais não precisavam. “Tratamos pessoas que estão, essencialmente, bem. Mas que estão vivendo sob circunstâncias difíceis”, diz ele. Frances reuniu suas críticas à medicalização excessiva em um livro – Voltando ao normal (Versal Editores, 365 páginas), lançado neste ano no Brasil. Segundo ele, desenvolvemos o mau hábito de medicar a angústia provocada por problemas alheios a nossa vontade – como o desemprego ou a instabilidade política em um país – em lugar de reservar as pílulas para o tratamento de doenças psiquiátricas reais.

Em entrevista à ÉPOCA, o médico falou sobre os males da medicalização excessiva, a influência da indústria farmacêutica e sobre como descobriu sofrer de um transtorno mental questionável: o transtorno da compulsão alimentar periódica.

ÉPOCA – O senhor ajudou a escrever um guia, o DSM, que, de certa maneira, tem a difícil missão de definir o que é um comportamento normal e o que é um transtorno mental. Como distinguir o que é normal do que não é?

Allen Frances – O problema é que não existe uma fronteira clara que separe essas duas condições, o que é normaleoquenãoé.Ansiedadeeangústiasãofenômenos inerentes à condição humana. Determinar qual tipo e qual nível de angústia constitui um transtorno psiquiátrico foge ao trivial. Os médicos e cientistas conseguem ser muito claros e precisos ao diagnosticar problemas psiquiátricos severos. Temos tratamentos para esses males, como a esquizofrenia. Tratamentos muito eficientes, mas que recebem pouco financiamento no mundo. De outro lado, tentar distinguir as angústias provocadas pela vida cotidiana de uma doença psiquiátrica é algo quase virtualmente impossível. E, comumente, essa tentativa leva a um uso excessivo de medicamentos. Tratamos pessoas que estão, essencialmente, bem.

Mas que estão vivendo sob circunstâncias difíceis. Tome o exemplo do Brasil. É um país que passou por muitos problemas econômicos e políticos recentemente. Onde as pessoas têm de lidar com o estresse gerado por epidemias de dengue e zika. Muitas pessoas podem estar se sentindo angustiadas, por causa de um ou mais desses fatores. A solução fácil – e enganadora – é justamente tomar uma pílula para tentar lidar melhor com essa inquietação. Mas ainda não temos sinais de que existe uma pílula para cada um dos nossos problemas.

ÉPOCA – As pessoas se sentem melhor ao tomar essas pílulas, mesmo sem precisar delas?

Allen Frances – As pesquisas mostram que a resposta dessas pessoas aos remédios não é muito maior do que a resposta a um placebo. Muitas pessoas que tomam uma pílula acabam se sentindo melhor. Mas isso não é resultado do princípio ativo da pílula. A melhora é resultado da expectativa de que o remédio vai funcionar. Ou da resiliência que surge com a passagem do tempo. Se você tomar um remédio no pior dia da sua vida, quando as coisas melhorarem, você vai achar que seu humor melhorou graças ao remédio. Foi a vida que ficou melhor. Tratar as dificuldades do dia a dia como se fossem uma “epidemia de ansiedade” pode, na verdade, aumentar o rol de problemas já enfrentados pelas pessoas. O melhor que temos a fazer é buscar soluções sociais mais eficientes, em lugar de melhores soluções médicas. Medicalizar problemas sociais frequentemente leva a negligenciar esses problemas sociais. E isso pode causar mais prejuízo que ajudar.

[...]

Disponível em: <https://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/09/
receitamos-remedios-psiquiatricos-gente-saudavel-diz-medico-
allen-frances.html>. Acesso em: 25 jul. 2019.
Releia o trecho a seguir.
“O psiquiatra americano Allen Frances acha que usamos remédios demais, e para tratar gente que passaria bem sem eles.”
A ideia sintetizada nesse trecho também está presente em:
Alternativas
Q1731532 Português
Analise a letra de música a seguir.
“Desfazer é árduo Esperar é sábio Refazer é ótimo Amar é profundo E nele sempre cabem de vez Todos os verbos do mundo”
(Todos os verbos – Zélia Ducan).Disponível em: <https://www. letras.mus.br/zelia-duncan/1499012/>. Acesso em: 1º ago. 2019
Sobre os aspectos morfossintáticos desse texto, analise as afirmativas a seguir.
I. “Ser” funciona como um verbo de ligação que atribui uma característica ao sujeito. II. “Desfazer”; “esperar”; “refazer” e “amar” são verbos substantivados na letra de Zélia Duncan. III. “Árduo”; “sábio”; “ótimo” e “profundo” são adjetivos que caracterizam o sujeito.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: C
4: D
5: D