Questões de Concurso Público FUNSAÚDE - CE 2021 para Médico – Medicina Paliativa

Hidratação venosa ou por hipodermóclise e dimenidrato.

Hidratação venosa e dexametasona.

Hidratação venosa ou por hipodermóclise e domperidona.

Hidratação venosa e octreotide.

Hidratação venosa e clorpromazina e/ou escopolamina.

Em pacientes em “processo ativo de morte”, a introdução de procedimentos invasivos, tais como a ventilação mecânica, poderá gerar prolongamento desnecessário do tempo de morte e sofrimento ao paciente.

A prática de distanásia ou prolongamento inadequado do processo de morrer pode ser tipificada como crime, já havendo jurisprudência no Brasil.

O cuidado paliativo reconhece a morte como um processo e colabora para sua condução natural, com intervenções proporcionais visando promover conforto, interação familiar e evitar o sofrimento.

A não introdução de um procedimento invasivo, ou mesmo a conduta de não-reanimação cardiopulmonar, não é considerada omissão nas situações de terminalidade.

A legislação brasileira não trata diretamente de “processo ativo de morte”, desta forma, ainda que sob cuidados paliativos apropriados, deixar de reanimar um paciente nesta condição é crime de negligência.

O luto é compreendido como uma resposta natural á experiência da perda e envolve uma gama de sentimentos e comportamentos, incluindo tristeza, raiva, culpa, percepção de desorganização e desestruturação.

As mortes por Covid 19 em pacientes em Cuidados Paliativos foi melhor elaborada pelas famílias, uma vez que já vinham esperando pelo momento da morte em função da doença crônica avançada.

É muito importante que se possa preservar a conexão entre familiares e pacientes internados com Covid 19, otimizar a comunicação com os profissionais de saúde e, eventualmente, permitir um tempo mínimo para despedida.

As decisões compartilhadas com a família, envolvendo os mesmos nas decisões de limitação terapêutica, atenuam as complicações do luto.

A pandemia citada gerou um número elevado de esgotamento físico e emocional nos profissionais de saúde, gerando a necessidade de suporte emocional, psicológico, para os mesmos lidarem com as perdas e os múltiplos familiares enlutados.

As hipóteses emocional e espiritual são especulativas; não há comprovação que a dor possa ter estes componentes em sua etiologia ou agravamento de dor preexistente.

A dimensão espiritual da dor contempla significados, valores, eventualmente religiosidade; estabelecer conexões com estes significados para o paciente pode amenizar a percepção de dor e melhorar o resultado no controle deste sintoma.

A dimensão social da dor pode incluir o isolamento, a dependência, redes de apoio familiar e de amigos e questões econômicas.

É importante tratar a dor física incapacitante, antes de abordar outros aspectos relacionados à dor.

A abordagem da equipe multidisciplinar contribui fortemente para o controle da “dor total”.

É importante uma avaliação técnica, uma comunicação empática, uma ponderação de riscos e benefícios.

O respeito pelos valores do paciente, aspectos culturais, religiosos, o sentido biográfico para o mesmo e para os familiares do ato de comer e beber devem ser atentamente observados.

Há que se ter a compreensão de que a nutrição e a hidratação artificiais fazem parte do plano terapêutico e devem ser justificadas pelas melhores evidências dos cuidados que aliviam o sofrimento e preservam a dignidade.

É importante compreender a diferença entre pessoas que morrem porque param de comer e beber e as que param de comer e beber porque estão em processo natural do morrer.

É injustificável do ponto de vista técnico e ético a suspensão da dieta enteral em pacientes em processo ativo de morte.