Questões de Concurso Público Prefeitura de Balneário Camboriú - SC 2023 para Arquivologista - 7S4

A vida socioeconômica dos povoados vicentistas no litoral catarinense resumia-se à agricultura de subsistência, à pesca, ao pequeno comércio e, especialmente em Desterro, ao arrebanhamento do gado bovino.

Os povoados vicentistas no litoral catarinense cresciam de forma dinâmica, em virtude da fluida comunicação marítima que se dava em pleno século XVI, entre a Capitania de São Vicente e Sant’Ana.

Os vicentinos eram igualmente bandeirantes, os quais penetravam no interior do Brasil, em expedições que visavam catequizar povos indígenas e propagar a fé católica aos imigrantes de confissão religiosa luterana.

Manoel Lourenço de Andrade, Francisco Dias Velho e Domingos de Brito Peixoto foram responsáveis pela fundação dos primeiros povoados na Capitania de Sant’Ana, dos quais podemos destacar Nossa Senhora das Graças do Rio São Francisco, Nossa Senhora do Desterro e Santo Antônio dos Anjos da Laguna.

Os primeiros povoados vicentistas expandiram-se de forma rápida e contínua para o interior da Capitania de Sant’Ana, devido ao forte comércio estabelecido entre portugueses e espanhóis, por meio da Serra do Mar e da Serra Geral.

A atividade da pecuária ovina foi muito incentivada na Capitania de Santa Catarina, para atender e abastecer a região mineradora, com a criação de animais para a tração ou transporte.

Ao longo do caminho das tropas, do sul até o sudeste do Brasil, surgiram vários povoados na Capitania de Santa Catarina, dentre os quais podemos destacar Lages, Curitibanos, São Joaquim e Campos Novos.

Com o crescimento da atividade econômica da mineração na região nordeste do Brasil, concentrando-se principalmente em Minas Gerais, os portugueses preocuparam-se em abastecer essa região com provimentos que vinham do sul, em especial carne e couro de gado bovino.

Foram abertos caminhos pelo interior da Capitania de Santa Catarina ligando o sul do Brasil à região nordeste, onde o gado era comercializado. Dessa forma surgiu o tropeiro, indivíduo responsável pelo transporte do gado que abastecia a região de Minas Gerais.

A instalação de um posto de cobrança de impostos às margens do Rio Negro, onde os tropeiros eram obrigados a parar, contribuiu para a formação de mais um núcleo de povoamento açoriano nas cidades de Rio Negrinho, Mafra e Canoinhas.