Questões de Concurso Público MTE 2006 para Auditor Fiscal do Trabalho - Prova 3

Analise as proposições abaixo e assinale a opção correta.

I. Uma alteração estatisticamente significativa do estado normal de uma pessoa exposta não é necessariamente um efeito adverso.

II. O risco aceitável é definido em função da probabilidade de um indivíduo, grupo ou sociedade tolerarem a ocorrência de uma doença ou dano, sendo sua aceitação influenciada por fatores sociais, econômicos, políticos e pelos benefícios obtidos pelo uso do agente químico, ou processo envolvido.

III. Gases e vapores são facilmente inaláveis, porém, a inalação de partículas depende de seu tamanho e forma, sendo que as partículas mais perigosas são aquelas que apresentam diâmetro aerodinâmico entre 7 a 20 micrometros, por poderem permanecer no alvéolo e bronquíolos após sua deposição nos pulmões.

IV. Quando a absorção excede a excreção, poderá ocorrer armazenamento da substância química no organismo, principalmente quando essas substâncias apresentarem baixas lipossolubilidade e estabilidade química.

Analise as proposições abaixo e assinale a opção correta.

I. Concentração Letal Média (CL50) é a concentração derivada estatisticamente, de um agente químico na água, com a qual se espera causar a morte de 50% dos organismos de uma dada população sob condições experimentais definidas.

II. A farmacocinética pode ser definida como o processo de absorção, distribuição, biotransformação e eliminação de um fármaco no organismo.

III. Efeito sinergístico representa qualquer efeito produzido pela exposição simultânea a dois agentes químicos, que seja menor do que a simples soma dos seus efeitos quando em exposições isoladas.

IV. O termo clastógeno é usado para designar qualquer substância com a capacidade de produzir quebra cromossômica.

Quanto ao delineamento dos estudos epidemiológicos, analise as proposições e assinale a opção correta.

I. Os estudos observacionais permitem que a natureza determine o seu curso; neles, o investigador mede, mas não intervém, enquanto, nos estudos experimentais, há uma tentativa de mudar fatores determinantes de uma doença, como uma exposição ocupacional, por exemplo. 

II. Embora fáceis de realizar, os estudos ecológicos são freqüentemente difíceis de interpretar, visto que raramente é possível encontrar explicação para os resultados, devido ao fato de se trabalhar com populações ou grupo de pessoas, cujas conclusões suscitam o viés conhecido por "falácia ecológica".

III. No estudo de prevalência as medidas de exposição e doença são feitas simultaneamente, fato que favorece a interpretação de causalidade, pois essa decorre da associação estatística entre a variável resposta e a explicativa, sob investigação, independentemente da seqüência cronológica observada entre a exposição e o desfecho clínico em estudo.

IV. O estudo de caso e controles inicia com um grupo de pessoas livres da doença, que são classificadas em subgrupos aleatoriamente, de acordo com a exposição a uma causa potencial de doença, momento a partir do qual se faz acompanhamento e medições das variáveis de interesse para os novos casos no grupo de expostos e não-expostos (controles).