Questões de Concurso Público Prefeitura de Morrinhos - GO 2023 para Psicólogo
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No livro Psicodiagnóstico V, Marcelo Tavares (2008) define a entrevista clínica em psicologia como “um conjunto de técnicas de investigação, de tempo delimitado, dirigido por um entrevistador treinado, que utiliza conhecimentos psicológicos, em uma relação profissional. [...] em um processo que visa a fazer recomendações, encaminhamentos ou propor algum tipo de intervenção em benefício das pessoas entrevistadas”. Já no livro Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, Paulo Dalgalarrondo (2008) acrescenta que “a entrevista inicial é considerada um momento crucial no diagnóstico e no tratamento em saúde mental. Esse primeiro contato, sendo bem-conduzido, deve produzir no paciente uma sensação de confiança e de esperança em relação ao alívio do sofrimento. Entrevistas iniciais desencontradas, desastrosas, nas quais o profissional é, involuntariamente ou não, negligente ou hostil com o paciente, em geral são seguidas de abandono do tratamento”.
Independente das características específicas de cada abordagem em Psicologia, quais são os objetivos gerais de uma entrevista clínica em Psicologia?
O trabalho vem se tornando cada vez mais central na vida das pessoas. Essa centralidade traz consequências paradoxais para a integridade física, psíquica e social dos trabalhadores. De um lado, o trabalho – como atividade produtiva ontológica –, constituinte da identidade do trabalhador, assume papel essencial para assegurar a saúde. De outro, os contextos nos quais ele se insere podem se caracterizar pela precariedade das condições e pela falta de oportunidades de desenvolvimento profissional, contribuindo para um possível adoecimento dos trabalhadores. Tais consequências podem decorrer, ao mesmo tempo, da ‘compulsão ao trabalho’ e do nãotrabalho representado no desemprego estrutural. Ambos os contextos podem promover o adoecimento. Especificamente, o emprego, contexto no qual o trabalho se insere, pode ser, a tal ponto, contaminado por fatores patogênicos, que levam gradativamente um coletivo de trabalhadores a adquirirem doenças ocupacionais. TAMAYO, A. et al. (Orgs.). Cultura e saúde nas organizações. São Paulo: Artmed, 2004.
Diante da importância do trabalho na constituição humana, como ele pode participar do processo de adoecimento do trabalhador?
Observe a imagem a seguir.
Disponível em: <https://jboscocartuns.blogspot.com/2010/11/25-anos-de-calvin-eharoldo.html>. Acesso em: 15 abr. 2023.
Com base na imagem, qual é o conceito da medicalização da educação?
Perguntar por sofrimento e por felicidade no estudo da exclusão é superar a concepção de que a preocupação do pobre é unicamente a sobrevivência e que não tem justificativa trabalhar a emoção quando se passa fome. Epistemologicamente, significa colocar no centro das reflexões sobre exclusão, a ideia de humanidade e como temática o sujeito e a maneira como se relaciona com o social (família, trabalho, lazer e sociedade), de forma que, ao falar de exclusão, fala-se sobre desejo, temporalidade e de afetividade, ao mesmo tempo que de poder, de economia e de direitos sociais.
BADER, S. (Org.) As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da exclusão. Petrópolis: Vozes, 2002.
Qual é a importância da dimensão do sofrimento ético-político nas discussões sobre exclusão/marginalização social?
Observe a imagem a seguir.
Disponível em:<https://www.google.com/search?q=ataques+escolas&sxsrf=APwXEdcSN4
b3WhAurVmXlzVaIKJ_fHATig:1681584021658&source=lnms&sa=X&ved=2ah
UKEwi7hZXSxKzAhXfq5UCHfzDB1MQ_AUoAHoECAEQAg&biw=1280&bih=577&dpr=1.5 >. Acesso em 15 abr. 2023.
Por que, diante dos recentes casos de ataques às escolas,
recomendou-se às mídias e aos canais de comunicação não
propagar imagens e dados dos agressores?
Silvia Lane, ao se referir às teorias de grupo, opta por nomear esse dispositivo de Processo Grupal, devido ao seu movimento e desenvolvimento. Essa revisão crítica permitiu levantarmos algumas premissas para conhecer o grupo, ou seja: 1) o significado da existência e da ação grupal só pode ser encontrado dentro de uma perspectiva histórica que considere a sua inserção na sociedade, com suas determinações econômicas, institucionais e ideológicas; 2) o próprio grupo só poderá ser conhecido enquanto um processo histórico, e nesse sentido talvez fosse mais correto falarmos em processo grupal, em vez de grupo. LANE, S. & CODO, W. (Orgs.) Psicologia Social: O homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1986.
Considerando a citação acima, quais cuidados precisam ser considerados ao se trabalhar com protocolos de intervenção em grupo?