Questões de Concurso Público UFRN 2016 para Técnico de Laboratório - Patologia

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Q784579 Português
Na corrida contra a demência

Gláucia Leal

        “Sorte daqueles que não têm de morrer”, diz um provérbio tibetano que, volta e meia, me vem à cabeça. A frase – ligeiramente irônica, já que a finitude é inevitável – tem, como contexto, a crença na lei de causas e consequências, segundo a qual teremos de nos haver com as repercussões de nossos atos, nossas intenções e nossas palavras – nesta ou em outras existências. E não porque tenhamos de ser castigados, mas sim porque prevalece a ideia de que nada nos acontece sem que, em algum momento, tenhamos criado as causas para isso. Fazendo uma releitura do ditado oriental, tomo a liberdade de dizer que teríamos sorte se não tivéssemos de envelhecer. Esse desfecho não é inevitável, claro, mas a alternativa também não parece nada atraente. Na maioria absoluta, ansiamos pela vida. Com o aumento dessa expectativa, o problema é chegarem também os “males” dos desgastes impostos pelo tempo. A demência, que nos rouba de nós mesmos, talvez seja um dos mais temidos.
        O mais prevalente desses quadros é a doença de Alzheimer. A patologia pode ter evoluído concomitantemente com a inteligência humana. Em artigo publicado no periódico científico bioRxiv, cientistas afirmaram ter encontrado evidências de que, entre 50 mil e 200 mil anos atrás, a seleção natural impulsionou mudanças em seis genes envolvidos no desenvolvimento cerebral, o que pode ter contribuído para aumentar a conectividade neuronal, tornando os humanos modernos mais inteligentes à medida que evoluíram de seus ancestrais hominídeos. Essa nova capacidade intelectual, porém, não veio sem custo: os mesmos genes estão implicados no Alzheimer. O geneticista Kun Tang, do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, que liderou a pesquisa, especula que o distúrbio de memória se desenvolveu à medida que cérebros em processo de envelhecimento lutavam com novas demandas metabólicas impostas pela crescente inteligência.
        Mas essa é só uma parte da história: se a capacidade de aprender e memorizar nos penaliza, ela também acena com a possibilidade de afastar a manifestação do Alzheimer, às vezes por vários anos ou até por toda a vida. O neurocientista David A. Bennett, diretor do Centro Rush da Doença de Alzheimer em Chicago, um dos mais renomados pesquisadores na área, revela uma descoberta surpreendente: pessoas com a mesma condição cerebral podem apresentar estado mental completamente diferente. Enquanto uma perde a memória, outra se mostra lúcida e capaz. Ou seja, mais importante do que o estado físico dos tecidos é o uso que se faz deles, apesar dos danos.
        Para ganhar a corrida contra a demência, duas armas são fundamentais: afeto e exercício intelectual. Apostar no que faz bem, manter pessoas queridas por perto, cultivar relações de intimidade, cuidar de animais e se divertir, movimentar o corpo, passear, falar mais de um idioma e aprender coisas contribui para postergar o surgimento do Alzheimer e diminuir o número de anos que se passa doente no fim da vida. Curiosamente, parece que a prevenção está justamente no que tende a nos tornar mais felizes. 

Disponível em: <https://www.uol.com.br/ > . Acesso em:10 set. 2016. [Texto adaptado] 
A progressão do tema desenvolvido no texto obedece à seguinte sequenciação:
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Q784580 Português
Na corrida contra a demência

Gláucia Leal

        “Sorte daqueles que não têm de morrer”, diz um provérbio tibetano que, volta e meia, me vem à cabeça. A frase – ligeiramente irônica, já que a finitude é inevitável – tem, como contexto, a crença na lei de causas e consequências, segundo a qual teremos de nos haver com as repercussões de nossos atos, nossas intenções e nossas palavras – nesta ou em outras existências. E não porque tenhamos de ser castigados, mas sim porque prevalece a ideia de que nada nos acontece sem que, em algum momento, tenhamos criado as causas para isso. Fazendo uma releitura do ditado oriental, tomo a liberdade de dizer que teríamos sorte se não tivéssemos de envelhecer. Esse desfecho não é inevitável, claro, mas a alternativa também não parece nada atraente. Na maioria absoluta, ansiamos pela vida. Com o aumento dessa expectativa, o problema é chegarem também os “males” dos desgastes impostos pelo tempo. A demência, que nos rouba de nós mesmos, talvez seja um dos mais temidos.
        O mais prevalente desses quadros é a doença de Alzheimer. A patologia pode ter evoluído concomitantemente com a inteligência humana. Em artigo publicado no periódico científico bioRxiv, cientistas afirmaram ter encontrado evidências de que, entre 50 mil e 200 mil anos atrás, a seleção natural impulsionou mudanças em seis genes envolvidos no desenvolvimento cerebral, o que pode ter contribuído para aumentar a conectividade neuronal, tornando os humanos modernos mais inteligentes à medida que evoluíram de seus ancestrais hominídeos. Essa nova capacidade intelectual, porém, não veio sem custo: os mesmos genes estão implicados no Alzheimer. O geneticista Kun Tang, do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, que liderou a pesquisa, especula que o distúrbio de memória se desenvolveu à medida que cérebros em processo de envelhecimento lutavam com novas demandas metabólicas impostas pela crescente inteligência.
        Mas essa é só uma parte da história: se a capacidade de aprender e memorizar nos penaliza, ela também acena com a possibilidade de afastar a manifestação do Alzheimer, às vezes por vários anos ou até por toda a vida. O neurocientista David A. Bennett, diretor do Centro Rush da Doença de Alzheimer em Chicago, um dos mais renomados pesquisadores na área, revela uma descoberta surpreendente: pessoas com a mesma condição cerebral podem apresentar estado mental completamente diferente. Enquanto uma perde a memória, outra se mostra lúcida e capaz. Ou seja, mais importante do que o estado físico dos tecidos é o uso que se faz deles, apesar dos danos.
        Para ganhar a corrida contra a demência, duas armas são fundamentais: afeto e exercício intelectual. Apostar no que faz bem, manter pessoas queridas por perto, cultivar relações de intimidade, cuidar de animais e se divertir, movimentar o corpo, passear, falar mais de um idioma e aprender coisas contribui para postergar o surgimento do Alzheimer e diminuir o número de anos que se passa doente no fim da vida. Curiosamente, parece que a prevenção está justamente no que tende a nos tornar mais felizes. 

Disponível em: <https://www.uol.com.br/ > . Acesso em:10 set. 2016. [Texto adaptado] 
No texto, apresenta-se, como dominante, a sequência
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Q784581 Português
Na corrida contra a demência

Gláucia Leal

        “Sorte daqueles que não têm de morrer”, diz um provérbio tibetano que, volta e meia, me vem à cabeça. A frase – ligeiramente irônica, já que a finitude é inevitável – tem, como contexto, a crença na lei de causas e consequências, segundo a qual teremos de nos haver com as repercussões de nossos atos, nossas intenções e nossas palavras – nesta ou em outras existências. E não porque tenhamos de ser castigados, mas sim porque prevalece a ideia de que nada nos acontece sem que, em algum momento, tenhamos criado as causas para isso. Fazendo uma releitura do ditado oriental, tomo a liberdade de dizer que teríamos sorte se não tivéssemos de envelhecer. Esse desfecho não é inevitável, claro, mas a alternativa também não parece nada atraente. Na maioria absoluta, ansiamos pela vida. Com o aumento dessa expectativa, o problema é chegarem também os “males” dos desgastes impostos pelo tempo. A demência, que nos rouba de nós mesmos, talvez seja um dos mais temidos.
        O mais prevalente desses quadros é a doença de Alzheimer. A patologia pode ter evoluído concomitantemente com a inteligência humana. Em artigo publicado no periódico científico bioRxiv, cientistas afirmaram ter encontrado evidências de que, entre 50 mil e 200 mil anos atrás, a seleção natural impulsionou mudanças em seis genes envolvidos no desenvolvimento cerebral, o que pode ter contribuído para aumentar a conectividade neuronal, tornando os humanos modernos mais inteligentes à medida que evoluíram de seus ancestrais hominídeos. Essa nova capacidade intelectual, porém, não veio sem custo: os mesmos genes estão implicados no Alzheimer. O geneticista Kun Tang, do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, que liderou a pesquisa, especula que o distúrbio de memória se desenvolveu à medida que cérebros em processo de envelhecimento lutavam com novas demandas metabólicas impostas pela crescente inteligência.
        Mas essa é só uma parte da história: se a capacidade de aprender e memorizar nos penaliza, ela também acena com a possibilidade de afastar a manifestação do Alzheimer, às vezes por vários anos ou até por toda a vida. O neurocientista David A. Bennett, diretor do Centro Rush da Doença de Alzheimer em Chicago, um dos mais renomados pesquisadores na área, revela uma descoberta surpreendente: pessoas com a mesma condição cerebral podem apresentar estado mental completamente diferente. Enquanto uma perde a memória, outra se mostra lúcida e capaz. Ou seja, mais importante do que o estado físico dos tecidos é o uso que se faz deles, apesar dos danos.
        Para ganhar a corrida contra a demência, duas armas são fundamentais: afeto e exercício intelectual. Apostar no que faz bem, manter pessoas queridas por perto, cultivar relações de intimidade, cuidar de animais e se divertir, movimentar o corpo, passear, falar mais de um idioma e aprender coisas contribui para postergar o surgimento do Alzheimer e diminuir o número de anos que se passa doente no fim da vida. Curiosamente, parece que a prevenção está justamente no que tende a nos tornar mais felizes. 

Disponível em: <https://www.uol.com.br/ > . Acesso em:10 set. 2016. [Texto adaptado] 
Em conformidade com o gênero discursivo, a linguagem do texto tende à
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Q784582 Português
Na corrida contra a demência

Gláucia Leal

        “Sorte daqueles que não têm de morrer”, diz um provérbio tibetano que, volta e meia, me vem à cabeça. A frase – ligeiramente irônica, já que a finitude é inevitável – tem, como contexto, a crença na lei de causas e consequências, segundo a qual teremos de nos haver com as repercussões de nossos atos, nossas intenções e nossas palavras – nesta ou em outras existências. E não porque tenhamos de ser castigados, mas sim porque prevalece a ideia de que nada nos acontece sem que, em algum momento, tenhamos criado as causas para isso. Fazendo uma releitura do ditado oriental, tomo a liberdade de dizer que teríamos sorte se não tivéssemos de envelhecer. Esse desfecho não é inevitável, claro, mas a alternativa também não parece nada atraente. Na maioria absoluta, ansiamos pela vida. Com o aumento dessa expectativa, o problema é chegarem também os “males” dos desgastes impostos pelo tempo. A demência, que nos rouba de nós mesmos, talvez seja um dos mais temidos.
        O mais prevalente desses quadros é a doença de Alzheimer. A patologia pode ter evoluído concomitantemente com a inteligência humana. Em artigo publicado no periódico científico bioRxiv, cientistas afirmaram ter encontrado evidências de que, entre 50 mil e 200 mil anos atrás, a seleção natural impulsionou mudanças em seis genes envolvidos no desenvolvimento cerebral, o que pode ter contribuído para aumentar a conectividade neuronal, tornando os humanos modernos mais inteligentes à medida que evoluíram de seus ancestrais hominídeos. Essa nova capacidade intelectual, porém, não veio sem custo: os mesmos genes estão implicados no Alzheimer. O geneticista Kun Tang, do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, que liderou a pesquisa, especula que o distúrbio de memória se desenvolveu à medida que cérebros em processo de envelhecimento lutavam com novas demandas metabólicas impostas pela crescente inteligência.
        Mas essa é só uma parte da história: se a capacidade de aprender e memorizar nos penaliza, ela também acena com a possibilidade de afastar a manifestação do Alzheimer, às vezes por vários anos ou até por toda a vida. O neurocientista David A. Bennett, diretor do Centro Rush da Doença de Alzheimer em Chicago, um dos mais renomados pesquisadores na área, revela uma descoberta surpreendente: pessoas com a mesma condição cerebral podem apresentar estado mental completamente diferente. Enquanto uma perde a memória, outra se mostra lúcida e capaz. Ou seja, mais importante do que o estado físico dos tecidos é o uso que se faz deles, apesar dos danos.
        Para ganhar a corrida contra a demência, duas armas são fundamentais: afeto e exercício intelectual. Apostar no que faz bem, manter pessoas queridas por perto, cultivar relações de intimidade, cuidar de animais e se divertir, movimentar o corpo, passear, falar mais de um idioma e aprender coisas contribui para postergar o surgimento do Alzheimer e diminuir o número de anos que se passa doente no fim da vida. Curiosamente, parece que a prevenção está justamente no que tende a nos tornar mais felizes. 

Disponível em: <https://www.uol.com.br/ > . Acesso em:10 set. 2016. [Texto adaptado] 

Para responder a questão, considere o parágrafo:


O mais prevalente desses quadros é a doença de Alzheimer. A patologia pode ter evoluído concomitantemente com a inteligência humana. Em artigo publicado no periódico científico bioRxiv, cientistas afirmaram ter encontrado evidências de que, entre 50 mil e 200 mil anos atrás, a seleção natural impulsionou mudanças em seis genes envolvidos no desenvolvimento cerebral, o que pode ter contribuído para aumentar a conectividade neuronal, tornando os humanos modernos mais inteligentes à medida que evoluíram de seus ancestrais hominídeos. Essa nova capacidade intelectual, porém, não veio sem custo: os mesmos genes estão implicados no Alzheimer. O geneticista Kun Tang, do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, que liderou a pesquisa, especula que o distúrbio de memória se desenvolveu à medida que cérebros em processo de envelhecimento lutavam com novas demandas metabólicas impostas pela crescente inteligência.


A ideia central do parágrafo encontra-se explicitada no

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Na corrida contra a demência

Gláucia Leal

        “Sorte daqueles que não têm de morrer”, diz um provérbio tibetano que, volta e meia, me vem à cabeça. A frase – ligeiramente irônica, já que a finitude é inevitável – tem, como contexto, a crença na lei de causas e consequências, segundo a qual teremos de nos haver com as repercussões de nossos atos, nossas intenções e nossas palavras – nesta ou em outras existências. E não porque tenhamos de ser castigados, mas sim porque prevalece a ideia de que nada nos acontece sem que, em algum momento, tenhamos criado as causas para isso. Fazendo uma releitura do ditado oriental, tomo a liberdade de dizer que teríamos sorte se não tivéssemos de envelhecer. Esse desfecho não é inevitável, claro, mas a alternativa também não parece nada atraente. Na maioria absoluta, ansiamos pela vida. Com o aumento dessa expectativa, o problema é chegarem também os “males” dos desgastes impostos pelo tempo. A demência, que nos rouba de nós mesmos, talvez seja um dos mais temidos.
        O mais prevalente desses quadros é a doença de Alzheimer. A patologia pode ter evoluído concomitantemente com a inteligência humana. Em artigo publicado no periódico científico bioRxiv, cientistas afirmaram ter encontrado evidências de que, entre 50 mil e 200 mil anos atrás, a seleção natural impulsionou mudanças em seis genes envolvidos no desenvolvimento cerebral, o que pode ter contribuído para aumentar a conectividade neuronal, tornando os humanos modernos mais inteligentes à medida que evoluíram de seus ancestrais hominídeos. Essa nova capacidade intelectual, porém, não veio sem custo: os mesmos genes estão implicados no Alzheimer. O geneticista Kun Tang, do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, que liderou a pesquisa, especula que o distúrbio de memória se desenvolveu à medida que cérebros em processo de envelhecimento lutavam com novas demandas metabólicas impostas pela crescente inteligência.
        Mas essa é só uma parte da história: se a capacidade de aprender e memorizar nos penaliza, ela também acena com a possibilidade de afastar a manifestação do Alzheimer, às vezes por vários anos ou até por toda a vida. O neurocientista David A. Bennett, diretor do Centro Rush da Doença de Alzheimer em Chicago, um dos mais renomados pesquisadores na área, revela uma descoberta surpreendente: pessoas com a mesma condição cerebral podem apresentar estado mental completamente diferente. Enquanto uma perde a memória, outra se mostra lúcida e capaz. Ou seja, mais importante do que o estado físico dos tecidos é o uso que se faz deles, apesar dos danos.
        Para ganhar a corrida contra a demência, duas armas são fundamentais: afeto e exercício intelectual. Apostar no que faz bem, manter pessoas queridas por perto, cultivar relações de intimidade, cuidar de animais e se divertir, movimentar o corpo, passear, falar mais de um idioma e aprender coisas contribui para postergar o surgimento do Alzheimer e diminuir o número de anos que se passa doente no fim da vida. Curiosamente, parece que a prevenção está justamente no que tende a nos tornar mais felizes. 

Disponível em: <https://www.uol.com.br/ > . Acesso em:10 set. 2016. [Texto adaptado] 

Para responder a questão, considere o parágrafo:


O mais prevalente desses quadros é a doença de Alzheimer. A patologia pode ter evoluído concomitantemente com a inteligência humana. Em artigo publicado no periódico científico bioRxiv, cientistas afirmaram ter encontrado evidências de que, entre 50 mil e 200 mil anos atrás, a seleção natural impulsionou mudanças em seis genes envolvidos no desenvolvimento cerebral, o que pode ter contribuído para aumentar a conectividade neuronal, tornando os humanos modernos mais inteligentes à medida que evoluíram de seus ancestrais hominídeos. Essa nova capacidade intelectual, porém, não veio sem custo: os mesmos genes estão implicados no Alzheimer. O geneticista Kun Tang, do Instituto de Ciências Biológicas de Xangai, na China, que liderou a pesquisa, especula que o distúrbio de memória se desenvolveu à medida que cérebros em processo de envelhecimento lutavam com novas demandas metabólicas impostas pela crescente inteligência.


No parágrafo, as citações do discurso alheio apresentam -se sob forma 

Alternativas
Respostas
1: C
2: C
3: B
4: B
5: D