Questões de Concurso Público Colégio Pedro II 2022 para Professor - Filosofia

Foram encontradas 25 questões

Q2028493 Filosofia

[...] alguns autores reservam o termo “falácia” para os argumentos inválidos que parecem válidos. [...] são as falácias que são particularmente perigosas. Os argumentos cuja invalidade é evidente não são enganadores e, se todos os argumentos inválidos fossem assim, não seria necessário estudar lógica para saber evitar erros de argumentação. (MURCHO, 2015, p. 10-11)


MURCHO, D. O lugar da lógica na filosofia. Corroios (PT): Plátano, 2015.


Com base no texto, é correto afirmar que SE 

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Q2028494 Filosofia

Nós também definíamos a moralidade por essa adesão a si, e é por isso que dizemos que o homem não pode positivamente optar entre a negação e a assunção de sua liberdade, pois uma vez que ele opta, assume; ele não pode querer positivamente não ser livre, pois uma tal vontade se destruiria a si mesma. Ocorre apenas que, à diferença de Kant, o homem não nos aparece como sendo essencialmente uma vontade positiva: ao contrário, ele se define primeiramente como negatividade; ele está primeiramente à distância de si mesmo, ele só pode coincidir consigo se aceitar não reunir-se jamais a si mesmo. (BEAUVOIR, 2005, p. 33) 


BEAUVOIR, S. Por uma moral da ambiguidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.


Com base na leitura do texto, é correto afirmar que 

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Q2028495 Filosofia
A “unidade” é necessária para a ação política efetiva? Não será, precisamente, a insistência prematura no objetivo de unidade a causa da fragmentação cada vez maior e mais acirrada das fileiras? Certas formas aceitas de fragmentação podem facilitar a ação, e isso exatamente porque a “unidade” da categoria das mulheres não é nem pressuposta nem desejada. Não implica a “unidade” uma norma excludente de solidariedade no âmbito da identidade, excluindo a possibilidade de um conjunto de ações que rompam as próprias fronteiras dos conceitos de identidade, ou que busquem precisamente efetuar essa ruptura como um objetivo político explícito? Sem a pressuposição ou o objetivo da “unidade”, sempre instituído no nível conceitual, unidades provisórias podem emergir no contexto de ações concretas que tenham outras propostas que não a articulação da identidade. Sem a expectativa compulsória de que as ações feministas devam instituir-se a partir de um acordo estável e unitário sobre a identidade, essas ações bem poderão desencadear-se mais rapidamente e parecer mais adequadas ao grande número de “mulheres” para as quais o significado da categoria está em permanente debate. (BUTLER, 2014, p. 36)
BUTLER, J. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.

Com base no texto, é correto afirmar que 
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Q2028496 Filosofia

Com expressiva força epistêmica, a categoria da amefricanidade permite que grupos subalternizados pelo modelo moderno/colonial produzam, a partir de suas experiências e processos de resistência, conhecimentos e fazeres que desafiem os lugares sociais e as estruturas de poder próprias da colonialidade. Aberta às múltiplas formas de ser, estar e bem viver, desarruma as fronteiras que estabelecem o centro e a periferia, acessa os diversos rostos e corpos que compõem o mosaico da Améfrica Ladina e ajuda a compor uma noção de direitos humanos que consiga dar conta das múltiplas possibilidades de ser humano e estar na natureza. (PIRES, 2020, p. 163)


PIRES, T. Por um constitucionalismo ladino-amefricano. In: BERNARDINO-COSTA, J.; MALDONADO

TORRES, N.; GROSFOGUEL, N. (Org.). Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico.

Belo Horizonte: Autêntica, 2020.


De acordo com o texto, a categoria “amefricanidade”, proposta por Lélia Gonzalez,

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Q2028497 Filosofia

No texto a seguir, Cida Bento tematiza o “pacto narcísico” constitutivo da branquitude e seu papel nas relações raciais no Brasil:


O silêncio, a omissão, a distorção do lugar do branco na situação das desigualdades raciais no Brasil têm um forte componente narcísico, de autopreservação, porque vêm acompanhados de um pesado investimento na colocação desse grupo como grupo de referência da condição humana. Quando precisam mostrar uma família, um jovem ou uma criança, todos os meios de comunicação social brasileiros usam quase que exclusivamente o modelo branco. Freud identifica a expressão do amor a si mesmo, ou seja, o narcisismo, como elemento que trabalha para a preservação do indivíduo e que gera aversões ao que é estranho, diferente. É como se o diferente, o estranho, pusesse em questão o “normal”, o “universal”, exigindo que se modifique, quando autopreservarse remete exatamente à imutabilidade. Assim, a aversão e a antipatia surgem. (BENTO, 2002, p. 30)


BENTO, M. A. S. Branqueamento e branquitude no Brasil.

InCARONE, I.; BENTO, M. A. S. (Org.). Psicologia social do racismo:

estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.


De acordo com o texto, 

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Respostas
6: A
7: C
8: B
9: C
10: A