Questões de Concurso Público Colégio Pedro II 2018 para Professor - Português

Foram encontradas 15 questões

Q936840 Português

“Por que as línguas têm essa categoria? Porque há duas formas básicas de discurso: os predominantemente concretos e os preponderantemente abstratos. Os primeiros são chamados figurativos, e os segundos, temáticos. Aqueles são construídos com figuras, ou seja, termos concretos; estes, com temas, isto é, palavras abstratas.” (FIORIN, José Luiz; PLATÃO, Francisco. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1997, p. 89.)


O texto de Rubem Alves “O aluno perfeito” é concebido com base na articulação entre dois planos de significação: o plano figurativo da efabulação e o plano temático, que se encontra subjacente à narrativa.


Assinale a alternativa cujo trecho realça o viés temático da narrativa.

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Q936843 Português

Vidas secas apresenta uma voz narrativa em terceira pessoa que, no entanto, consegue matizarse pelo uso estratégico de recursos ligados à polifonia.


Considerando a leitura do Texto II, percebe-se essa elaboração multiperspectivada e polifônica da voz narrativa no(a)

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Q936844 Português

No Texto III, o jogo dos tempos verbais articula-se para a construção de sentidos da narrativa e para a compreensão, pelo leitor, da relação entre as impressões e os fatos relatados.


A respeito desse jogo dos tempos verbais na narrativa, pode-se afirmar que

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Q936845 Português

TEXTO IV


                                 A educação pela pedra


                     Uma educação pela pedra: por lições;

                      para aprender da pedra, frequentá-la;

                      captar sua voz inenfática, impessoal

                      (pela de dicção ela começa as aulas).

                      A lição de moral, sua resistência fria

                      ao que flui e a fluir, a ser maleada;

                      a de poética, sua carnadura concreta;

                      a de economia, seu adensar-se compacta:

                      lições da pedra (de fora para dentro,

                      cartilha muda), para quem soletrá-la.

                      Outra educação pela pedra: no Sertão

                      (de dentro para fora, e pré-didática).

                      No Sertão a pedra não sabe lecionar,

                      e se lecionasse, não ensinaria nada;

                      lá não se aprende a pedra: lá a pedra,

                      uma pedra de nascença, entranha a alma.

MELLO NETO, João Cabral de. Poesias completas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1979, p. 11. 

“O Sertão não é unicamente um lugar; é um estilo. Captá-lo, traduzir-se nele, é estar atento a suas incontáveis configurações, sobretudo as discursivas.” (SECCHIN, Antônio Carlos. In: AZEREDO, José Carlos de. Ensino de português: fundamentos, percursos, objetos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 180.)


Em João Cabral de Melo Neto, a simples pontuação é discurso, uma vez que reverbera certos efeitos de sentido elaborados pelo poeta. Nessa perspectiva, tal recurso linguístico

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Q936847 Português

Ainda que as histórias da literatura brasileira tradicionalmente insiram Machado de Assis no bojo do Realismo, parte da crítica contemporânea vê em sua narrativa traços sui generis, que extrapolam os limites daquele estilo de época.


O traço presente no Texto V que o afasta da proposta realista, segundo a qual a literatura deve apresentar-se ao leitor como uma representação o mais possível mimética da realidade, dissimulando o jogo literário, é a

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Respostas
1: D
2: A
3: B
4: C
5: C