Questões de Concurso Público TST 2024 para Técnico Judiciário - Área: Apoio Especializado - Especialidade: Programação

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Q2362071 Português
Texto CB1A1-II


        “Minha avó contava que os negros de Lagoa Funda chegaram num tempo que ninguém sabia dizer. Cada um tinha sua tapera, tinham suas roças, plantavam na vazante do rio São Francisco. Os filhos iam nascendo e iam fazendo suas casinhas e botando suas roças onde os pais já tinham. Durante muito tempo, não houve nada nem ninguém por aquelas bandas. Eram só o povo e Deus. Depois chegou a Igreja e disse que as terras da cidade lhe pertenciam. Não demorou muito e chegou até Lagoa Funda e tudo o que estava em volta da cidade. Disse que nossa terra pertencia à igreja também.”

           (...)

           “A igreja marcou com ferro as árvores com um B e um J de Bom Jesus. Marcou tudo o que podia. Disse que as terras pertenciam à Igreja e nós éramos escravos do Bom Jesus. Bom, o povo estranhou, porque não se falava de escravidão em Lagoa Funda. Minha avó disse que sabiam de escravos em outros lugares, mas não ali. Nunca houve escravo naquela terra. Todos se consideravam livres, e hoje eu penso nas coisas que o finado Severo, seu pai, dizia: se os negros vieram para o Brasil para ser escravos, Lagoa Funda deve ter começado com o povo que fugiu de alguma fazenda ou ganhou liberdade de um algum fazendeiro. Mas ali ninguém quis falar sobre isso. Todo mundo nascia livre, sem dono. Apagaram essa lembrança do cativeiro.”

           (...)

         “Depois que marcaram tudo com o nome do Bom Jesus — eu vi muito pé de tudo, de jatobá a oitizeiro, com marca de ferro do Bom Jesus — e disseram que eram escravos do Bom Jesus, o povo ainda viveu como antes por muitos anos. Mas depois os fazendeiros chegaram mostrando documentos, e foram cercando as terras, o povo resistindo, muita gente morreu, e terminaram por ficar espremidos num cantinho. Minha mãe e meu pai foram para a Fazenda Caxangá, onde conheci seu avô, nessa época que cercaram as terras” (...).


Itamar Vieira Júnior. Torto arado. 1.ª ed. São Paulo: Todavia, 2029, p. 227 – 229 (com adaptações).
Considerando os sentidos e aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, assinale a opção correta.
Alternativas
Q2362072 Português
Texto CB1A1-II


        “Minha avó contava que os negros de Lagoa Funda chegaram num tempo que ninguém sabia dizer. Cada um tinha sua tapera, tinham suas roças, plantavam na vazante do rio São Francisco. Os filhos iam nascendo e iam fazendo suas casinhas e botando suas roças onde os pais já tinham. Durante muito tempo, não houve nada nem ninguém por aquelas bandas. Eram só o povo e Deus. Depois chegou a Igreja e disse que as terras da cidade lhe pertenciam. Não demorou muito e chegou até Lagoa Funda e tudo o que estava em volta da cidade. Disse que nossa terra pertencia à igreja também.”

           (...)

           “A igreja marcou com ferro as árvores com um B e um J de Bom Jesus. Marcou tudo o que podia. Disse que as terras pertenciam à Igreja e nós éramos escravos do Bom Jesus. Bom, o povo estranhou, porque não se falava de escravidão em Lagoa Funda. Minha avó disse que sabiam de escravos em outros lugares, mas não ali. Nunca houve escravo naquela terra. Todos se consideravam livres, e hoje eu penso nas coisas que o finado Severo, seu pai, dizia: se os negros vieram para o Brasil para ser escravos, Lagoa Funda deve ter começado com o povo que fugiu de alguma fazenda ou ganhou liberdade de um algum fazendeiro. Mas ali ninguém quis falar sobre isso. Todo mundo nascia livre, sem dono. Apagaram essa lembrança do cativeiro.”

           (...)

         “Depois que marcaram tudo com o nome do Bom Jesus — eu vi muito pé de tudo, de jatobá a oitizeiro, com marca de ferro do Bom Jesus — e disseram que eram escravos do Bom Jesus, o povo ainda viveu como antes por muitos anos. Mas depois os fazendeiros chegaram mostrando documentos, e foram cercando as terras, o povo resistindo, muita gente morreu, e terminaram por ficar espremidos num cantinho. Minha mãe e meu pai foram para a Fazenda Caxangá, onde conheci seu avô, nessa época que cercaram as terras” (...).


Itamar Vieira Júnior. Torto arado. 1.ª ed. São Paulo: Todavia, 2029, p. 227 – 229 (com adaptações).
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue os itens que se seguem.

I No trecho ‘Eram só o povo e Deus’ (primeiro parágrafo), o vocábulo ‘só’ está empregado com o mesmo sentido de apenas.

II No trecho ‘Depois chegou a Igreja’ (antepenúltimo período do primeiro parágrafo), o vocábulo ‘a’ classifica-se como preposição.

III No trecho ‘e nós éramos escravos do Bom Jesus’ (terceiro período do segundo parágrafo), após ‘e’ está subentendido o vocábulo que.

IV No segundo parágrafo, o vocábulo ‘ali’ (quinto período) classifica-se como advérbio e está empregado em referência a ‘Lagoa Funda’ (quarto período).

Estão certos apenas os itens
Alternativas
Q2362073 Raciocínio Lógico
No torneio anual de basquete promovido entre os servidores de um tribunal, foram inscritos 8 times. Na primeira fase do torneio, cada time jogará com cada um dos demais apenas uma vez. Entre esses times, apenas os 4 melhores passarão para a próxima fase. Nela, assim como na primeira fase, cada um dos times jogará com cada um dos demais apenas uma vez. Finalmente, após a segunda fase, os 2 times mais bem classificados jogarão a final, em jogo único.

Com base na situação apresentada, assinale a opção que apresenta a quantidade total de jogos desse torneio.
Alternativas
Q2362074 Raciocínio Lógico
O piso de uma sala retangular de certo tribunal será trocado integralmente. A sala em questão mede 10 m × 15 m, e nela serão colocadas cerâmicas quadradas de lado de 90 cm.
Com base nessas informações, assinale a opção que corresponde ao menor número possível de cerâmicas que serão necessárias para a sala. 
Alternativas
Q2362075 Raciocínio Lógico
Considerando-se P como o conjunto dos números primos ímpares I e como o conjunto dos números naturais ímpares, conclui-se que P - I será
Alternativas
Respostas
11: E
12: D
13: B
14: D
15: D