Questões de Concurso Público IBGE 2010 para Analista de Planejamento - Historia

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Q543543 História

 

As reproduções acima são apenas duas das muitas que poderiam ser escolhidas para representar a fabricação – para usar

a expressão do historiador Peter Burke – de uma imagem específica para o rei Luís XIV, da França.

Sobre essas imagens e o contexto de sua produção, analise as afirmativas a seguir.

I – A primeira reprodução destaca o vínculo de Luis XIV com o conhecimento científico do período, distinguindo-o dos demais reis da época, cujas representações enfatizavam seus vínculos com a Igreja católica ou protestante.

II – Um tema recorrente dessa fabricação, não contemplado nas reproduções acima, era a identificação do monarca com personagens reais ou mitológicos da Antiguidade clássica.

III – A tolerância do rei também estava entre os atributos destacados em grande parte das representações produzidas na época, em função, sobretudo, da assinatura do Édito de Nantes.

IV – A segunda reprodução confere relevo à habilidade do rei como guerreiro, virtude ainda muito valorizada pela nobreza, símbolo de suas tradições e de sua importância nas hierarquias do Antigo Regime.

São corretas as afirmativas.
Alternativas
Q543544 História
Assim, tal como me parece, foi a crise geral do século XVII. Foi uma crise não da constituição nem do sistema de produção, mas do Estado, ou melhor, da relação do Estado com a sociedade. Diferentes países descobriram como sair dessa crise de diferentes modos. Na Espanha, o antigo regime sobreviveu; mas sobreviveu apenas como uma carga desastrosa, imóvel sobre um país empobrecido. Em outras partes, na Holanda, na França e na Inglaterra, a crise marcou o fim de uma era — o descarte de uma superestrutura do topo da sociedade, o retorno à política mercantilista, responsável. Pois no século XVII, as cortes da Renascença tinham crescido tanto, tinham consumido tanto em desperdício e tinham introduzido seus crescentes sugadores tão fundo no corpo da sociedade, que só podiam florescer por um tempo limitado e, em uma época, também de prosperidade geral em expansão. Quando essa prosperidade fracassou, o parasita monstruoso estava trôpego.

TREVOR-ROPER, Hugh. A crise do século XVII. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007, pp.141-142. (Adaptado).
Considerando a leitura do texto acima, conclui-se que a crise geral do século XVII foi:
Alternativas
Q543545 História
No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais completa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes; e ele explicará os elementos fundamentais, tanto no econômico como no social, da formação e evolução históricas dos trópicos americanos.

PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. 21ª  ed. São Paulo: Brasiliense, 1989, p. 31.
O diagnóstico sobre o sentido da colonização, de acordo com o texto acima, esteve associado à:
Alternativas
Q543546 História
A consciência do viver em colônias manifestou-se em um conjunto de episódios de revolta ou de tentativa de sublevação – Inconfidência Mineira, Conjuração Baiana, Conspiração do Rio de Janeiro – os quais, a despeito de suas particularidades, explicitaram o crescimento de tensões e confrontos entre colonos, colonizadores e colonizados, em finais do século XVIII.
                                                                             
                                                                                   PORQUE

A conjuntura de crise que afetara a economia mineradora gerou a estagnação do mercado interno colonial de tal forma que a Coroa portuguesa, tendo em vista a compensação de sua receita, ampliou a carga tributária sobre a agroexportação.
Analisando as afirmações acima, conclui-se que:
Alternativas
Q543547 História
Em nossa inevitável subordinação em relação ao passado, ficamos [portanto] pelo menos livres no sentido de que, condenados sempre a conhecê-lo exclusivamente por meio de [seus] vestígios, conseguimos todavia saber sobre ele muito mais do que ele julgara sensato nos dar a conhecer. [É, pensando bem, uma grande revanche da inteligência sobre o dado].

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 78.


Mas, à medida que a história foi levada a fazer dos testemunhos involuntários um uso cada vez mais frequente, ela deixou de se limitar a ponderar as afirmações [explícitas] dos documentos. Foi-lhe necessário também extorquir as informações que eles não tencionavam fornecer.

BLOCH, Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 95.
Analise esses textos de Bloch em relação à seguinte questão:
Como é possível conhecer do passado muito mais do que ele julgara sensato nos dar a conhecer ou ainda, como é possível a revanche da inteligência sobre o dado?
Considerando os textos, qual dentre as respostas a seguir é consistente com a questão acima?
Alternativas
Respostas
36: B
37: A
38: C
39: C
40: B