Questões de Concurso Público Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE 2020 para Professor de Matemática
Foram encontradas 10 questões
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Matemática |
Q1713680
Pedagogia
Analise as afirmativas a seguir:
I. É permitido ao professor vinculado a uma instituição pública de educação ser negligente com a realização do próprio trabalho ou com o trabalho de seus pares, com o objetivo de retardar propositalmente e sem qualquer justificativa plausível a realização das suas funções e atividades, ou prejudicando a qualidade do trabalho da organização onde exerce suas funções.
II. Compreender a vida escolar como participação no espaço público, utilizando e aplicando os conhecimentos adquiridos na construção de uma sociedade democrática e solidária, são alguns dos objetivos que devem ser embargados nos projetos realizados em torno do tema "Ética" nas instituições de ensino.
Marque a alternativa CORRETA:
I. É permitido ao professor vinculado a uma instituição pública de educação ser negligente com a realização do próprio trabalho ou com o trabalho de seus pares, com o objetivo de retardar propositalmente e sem qualquer justificativa plausível a realização das suas funções e atividades, ou prejudicando a qualidade do trabalho da organização onde exerce suas funções.
II. Compreender a vida escolar como participação no espaço público, utilizando e aplicando os conhecimentos adquiridos na construção de uma sociedade democrática e solidária, são alguns dos objetivos que devem ser embargados nos projetos realizados em torno do tema "Ética" nas instituições de ensino.
Marque a alternativa CORRETA:
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Matemática |
Q1713700
Pedagogia
Texto associado
Por PASSOS et al, 2018 (trecho de artigo adaptado).
Base Nacional Comum Curricular: avanços ou retrocessos na
educação matemática na infância
Por PASSOS et al, 2018 (trecho de artigo adaptado).
Na introdução do documento da área de Matemática da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), são explicitadas
algumas concepções para a Matemática escolar. Um
primeiro conceito que nos chama a atenção é o de
letramento matemático. Se nos documentos do PNAIC a
concepção de alfabetização na perspectiva do letramento se
apoiava nos estudos na área da língua materna,
considerando a ampla produção brasileira no campo do
letramento, com estudos de pesquisadoras como Angela
Kleimann, Magda Soares e Roxane Rojo, na BNCC a
concepção de letramento matemático é retirada da Matriz de
Avaliação de Matemática do Pisa 2012 (5).
Vejamos o que diz a BNCC: o Ensino Fundamental deve ter
compromisso com o desenvolvimento do letramento
matemático definido como as competências e habilidades
de raciocinar, representar, comunicar e argumentar
matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento
de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em
uma variedade de contextos, utilizando conceitos,
procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. (Brasil,
2017, p.264)
No entanto, em consulta ao documento de referência (6)
para essa concepção de letramento, constatamos que houve
a retirada do primeiro conceito: “Letramento matemático é a
capacidade individual de formular, empregar, e interpretar a
Matemática em uma variedade de contextos”. Portanto, ao
definir letramento como competências e habilidades,
entende-se ser uma capacidade individual do estudante, não
uma constituição histórica e cultural. Como afirmam Venco
e Carneiro (2018, p.7), a BNCC será ferramenta para a
“adoção de um projeto neoliberal para a educação, o qual
persegue demandas internacionais voltadas à lógica da
mensuração de resultados e padronização mundial da
educação”.
Constata-se, em tal concepção de letramento, um
antagonismo com aquela do PNAIC, que toma os
letramentos como práticas sociais.
Entender a Alfabetização Matemática na perspectiva do
letramento impõe o constante diálogo com outras áreas do
conhecimento e, principalmente, com as práticas sociais,
sejam elas do mundo da criança, como os jogos e
brincadeiras, sejam elas do mundo adulto e de perspectivas
diferenciadas, como aquelas das diversas comunidades que
formam o campo brasileiro. (Brasil, 2014, p.15)
A concepção da BNCC, além de jogar a responsabilidade
para o sujeito – ao basear-se em competências e
habilidades –, desconsidera a pluralidade de contextos e
culturas do país, não prevendo as práticas sociais de regiões
ribeirinhas, do campo, das comunidades indígenas e
quilombolas. Venco e Carneiro (2018, p.9), apoiando-se em
Milton Santos, analisam que o sentido de “competências”
remete “à aptidão em solucionar problemas cujos resultados
possam ser mensurados [...] o padrão de competências
assume um caráter científico, mas atende diretamente aos
interesses do atual estágio do capitalismo”.
No caso de Matemática, na BNCC as competências
elencadas aproximam-se das expectativas que defendemos
para o ensino; são bastante amplas e contemplam todos os
processos matemáticos. Na parte introdutória, o texto
sinaliza para a integração das cinco unidades temáticas de
Matemática: números, álgebra, geometria, grandezas e
medidas e probabilidade e estatística. Essas unidades
“orientam a formulação de habilidades a ser desenvolvidas
ao longo do Ensino Fundamental” (Brasil, 2014, p.266). No
entanto, numa análise apurada das habilidades propostas
para cada ano, essa articulação não é explicitada. O conjunto
de habilidades elencado restringe-se à própria unidade
temática.
No que se refere às habilidades, constata-se que a redação
dada a elas se aproxima dos descritores das matrizes de
referência para as avaliações externas, o que nos sugere que
ela é uma preparação para as provas da Avaliação Nacional
da Alfabetização (ANA) e da Prova Brasil, com maior
detalhamento. Concordamos com Venco e Carneiro (2018,
p.11) que, embora haja aproximações, algumas habilidades
não têm como ser avaliadas em provas com questões
objetivas, como por exemplo, aquelas que exigem:
“construir”, “esboçar”, “medir” ou “investigar”.
(PASSOS, CÁRMEN LÚCIA BRANCAGLION; NACARATO,
ADAIR MENDES. Trajetória e perspectivas para o ensino de
Matemática nos anos iniciais. Estud. av, São Paulo, v. 32, n.
94, p. 119-135, Dec. 2018.)
Leia o texto 'Base Nacional Comum Curricular:
avanços ou retrocessos na educação matemática na
infância' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que a BNCC joga a responsabilidade do Letramento Matemático para o sujeito – ao basear-se em competências e habilidades – e sem considerar a pluralidade de contextos e culturas do Brasil.
II. Uma das ideias presentes no texto é a de que, ao consultar o documento referência para a concepção de letramento da BNCC, pôde-se constatar que houve a retirada da primeira frase: “Letramento matemático é a capacidade individual de formular, empregar, e interpretar a Matemática em uma variedade de contextos”.
Marque a alternativa CORRETA:
I. De acordo com as informações do texto, pode-se inferir que a BNCC joga a responsabilidade do Letramento Matemático para o sujeito – ao basear-se em competências e habilidades – e sem considerar a pluralidade de contextos e culturas do Brasil.
II. Uma das ideias presentes no texto é a de que, ao consultar o documento referência para a concepção de letramento da BNCC, pôde-se constatar que houve a retirada da primeira frase: “Letramento matemático é a capacidade individual de formular, empregar, e interpretar a Matemática em uma variedade de contextos”.
Marque a alternativa CORRETA:
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Matemática |
Q1713701
Pedagogia
Texto associado
Por PASSOS et al, 2018 (trecho de artigo adaptado).
Base Nacional Comum Curricular: avanços ou retrocessos na
educação matemática na infância
Por PASSOS et al, 2018 (trecho de artigo adaptado).
Na introdução do documento da área de Matemática da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), são explicitadas
algumas concepções para a Matemática escolar. Um
primeiro conceito que nos chama a atenção é o de
letramento matemático. Se nos documentos do PNAIC a
concepção de alfabetização na perspectiva do letramento se
apoiava nos estudos na área da língua materna,
considerando a ampla produção brasileira no campo do
letramento, com estudos de pesquisadoras como Angela
Kleimann, Magda Soares e Roxane Rojo, na BNCC a
concepção de letramento matemático é retirada da Matriz de
Avaliação de Matemática do Pisa 2012 (5).
Vejamos o que diz a BNCC: o Ensino Fundamental deve ter
compromisso com o desenvolvimento do letramento
matemático definido como as competências e habilidades
de raciocinar, representar, comunicar e argumentar
matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento
de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em
uma variedade de contextos, utilizando conceitos,
procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. (Brasil,
2017, p.264)
No entanto, em consulta ao documento de referência (6)
para essa concepção de letramento, constatamos que houve
a retirada do primeiro conceito: “Letramento matemático é a
capacidade individual de formular, empregar, e interpretar a
Matemática em uma variedade de contextos”. Portanto, ao
definir letramento como competências e habilidades,
entende-se ser uma capacidade individual do estudante, não
uma constituição histórica e cultural. Como afirmam Venco
e Carneiro (2018, p.7), a BNCC será ferramenta para a
“adoção de um projeto neoliberal para a educação, o qual
persegue demandas internacionais voltadas à lógica da
mensuração de resultados e padronização mundial da
educação”.
Constata-se, em tal concepção de letramento, um
antagonismo com aquela do PNAIC, que toma os
letramentos como práticas sociais.
Entender a Alfabetização Matemática na perspectiva do
letramento impõe o constante diálogo com outras áreas do
conhecimento e, principalmente, com as práticas sociais,
sejam elas do mundo da criança, como os jogos e
brincadeiras, sejam elas do mundo adulto e de perspectivas
diferenciadas, como aquelas das diversas comunidades que
formam o campo brasileiro. (Brasil, 2014, p.15)
A concepção da BNCC, além de jogar a responsabilidade
para o sujeito – ao basear-se em competências e
habilidades –, desconsidera a pluralidade de contextos e
culturas do país, não prevendo as práticas sociais de regiões
ribeirinhas, do campo, das comunidades indígenas e
quilombolas. Venco e Carneiro (2018, p.9), apoiando-se em
Milton Santos, analisam que o sentido de “competências”
remete “à aptidão em solucionar problemas cujos resultados
possam ser mensurados [...] o padrão de competências
assume um caráter científico, mas atende diretamente aos
interesses do atual estágio do capitalismo”.
No caso de Matemática, na BNCC as competências
elencadas aproximam-se das expectativas que defendemos
para o ensino; são bastante amplas e contemplam todos os
processos matemáticos. Na parte introdutória, o texto
sinaliza para a integração das cinco unidades temáticas de
Matemática: números, álgebra, geometria, grandezas e
medidas e probabilidade e estatística. Essas unidades
“orientam a formulação de habilidades a ser desenvolvidas
ao longo do Ensino Fundamental” (Brasil, 2014, p.266). No
entanto, numa análise apurada das habilidades propostas
para cada ano, essa articulação não é explicitada. O conjunto
de habilidades elencado restringe-se à própria unidade
temática.
No que se refere às habilidades, constata-se que a redação
dada a elas se aproxima dos descritores das matrizes de
referência para as avaliações externas, o que nos sugere que
ela é uma preparação para as provas da Avaliação Nacional
da Alfabetização (ANA) e da Prova Brasil, com maior
detalhamento. Concordamos com Venco e Carneiro (2018,
p.11) que, embora haja aproximações, algumas habilidades
não têm como ser avaliadas em provas com questões
objetivas, como por exemplo, aquelas que exigem:
“construir”, “esboçar”, “medir” ou “investigar”.
(PASSOS, CÁRMEN LÚCIA BRANCAGLION; NACARATO,
ADAIR MENDES. Trajetória e perspectivas para o ensino de
Matemática nos anos iniciais. Estud. av, São Paulo, v. 32, n.
94, p. 119-135, Dec. 2018.)
Leia o texto 'Base Nacional Comum Curricular:
avanços ou retrocessos na educação matemática na
infância' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Após a análise do texto, é possível concluir que a concepção de letramento da BNCC evidencia um perfeito alinhamento com aquela do PNAIC, que toma os letramentos como práticas sociais.
II. Na parte introdutória, o texto da BNCC sinaliza para a integração das cinco unidades temáticas de Matemática: números, álgebra, geometria, grandezas e medidas e probabilidade e estatística, como se pode perceber a partir da análise dos dados e informações do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Após a análise do texto, é possível concluir que a concepção de letramento da BNCC evidencia um perfeito alinhamento com aquela do PNAIC, que toma os letramentos como práticas sociais.
II. Na parte introdutória, o texto da BNCC sinaliza para a integração das cinco unidades temáticas de Matemática: números, álgebra, geometria, grandezas e medidas e probabilidade e estatística, como se pode perceber a partir da análise dos dados e informações do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Matemática |
Q1713702
Pedagogia
Texto associado
Por PASSOS et al, 2018 (trecho de artigo adaptado).
Base Nacional Comum Curricular: avanços ou retrocessos na
educação matemática na infância
Por PASSOS et al, 2018 (trecho de artigo adaptado).
Na introdução do documento da área de Matemática da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), são explicitadas
algumas concepções para a Matemática escolar. Um
primeiro conceito que nos chama a atenção é o de
letramento matemático. Se nos documentos do PNAIC a
concepção de alfabetização na perspectiva do letramento se
apoiava nos estudos na área da língua materna,
considerando a ampla produção brasileira no campo do
letramento, com estudos de pesquisadoras como Angela
Kleimann, Magda Soares e Roxane Rojo, na BNCC a
concepção de letramento matemático é retirada da Matriz de
Avaliação de Matemática do Pisa 2012 (5).
Vejamos o que diz a BNCC: o Ensino Fundamental deve ter
compromisso com o desenvolvimento do letramento
matemático definido como as competências e habilidades
de raciocinar, representar, comunicar e argumentar
matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento
de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em
uma variedade de contextos, utilizando conceitos,
procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. (Brasil,
2017, p.264)
No entanto, em consulta ao documento de referência (6)
para essa concepção de letramento, constatamos que houve
a retirada do primeiro conceito: “Letramento matemático é a
capacidade individual de formular, empregar, e interpretar a
Matemática em uma variedade de contextos”. Portanto, ao
definir letramento como competências e habilidades,
entende-se ser uma capacidade individual do estudante, não
uma constituição histórica e cultural. Como afirmam Venco
e Carneiro (2018, p.7), a BNCC será ferramenta para a
“adoção de um projeto neoliberal para a educação, o qual
persegue demandas internacionais voltadas à lógica da
mensuração de resultados e padronização mundial da
educação”.
Constata-se, em tal concepção de letramento, um
antagonismo com aquela do PNAIC, que toma os
letramentos como práticas sociais.
Entender a Alfabetização Matemática na perspectiva do
letramento impõe o constante diálogo com outras áreas do
conhecimento e, principalmente, com as práticas sociais,
sejam elas do mundo da criança, como os jogos e
brincadeiras, sejam elas do mundo adulto e de perspectivas
diferenciadas, como aquelas das diversas comunidades que
formam o campo brasileiro. (Brasil, 2014, p.15)
A concepção da BNCC, além de jogar a responsabilidade
para o sujeito – ao basear-se em competências e
habilidades –, desconsidera a pluralidade de contextos e
culturas do país, não prevendo as práticas sociais de regiões
ribeirinhas, do campo, das comunidades indígenas e
quilombolas. Venco e Carneiro (2018, p.9), apoiando-se em
Milton Santos, analisam que o sentido de “competências”
remete “à aptidão em solucionar problemas cujos resultados
possam ser mensurados [...] o padrão de competências
assume um caráter científico, mas atende diretamente aos
interesses do atual estágio do capitalismo”.
No caso de Matemática, na BNCC as competências
elencadas aproximam-se das expectativas que defendemos
para o ensino; são bastante amplas e contemplam todos os
processos matemáticos. Na parte introdutória, o texto
sinaliza para a integração das cinco unidades temáticas de
Matemática: números, álgebra, geometria, grandezas e
medidas e probabilidade e estatística. Essas unidades
“orientam a formulação de habilidades a ser desenvolvidas
ao longo do Ensino Fundamental” (Brasil, 2014, p.266). No
entanto, numa análise apurada das habilidades propostas
para cada ano, essa articulação não é explicitada. O conjunto
de habilidades elencado restringe-se à própria unidade
temática.
No que se refere às habilidades, constata-se que a redação
dada a elas se aproxima dos descritores das matrizes de
referência para as avaliações externas, o que nos sugere que
ela é uma preparação para as provas da Avaliação Nacional
da Alfabetização (ANA) e da Prova Brasil, com maior
detalhamento. Concordamos com Venco e Carneiro (2018,
p.11) que, embora haja aproximações, algumas habilidades
não têm como ser avaliadas em provas com questões
objetivas, como por exemplo, aquelas que exigem:
“construir”, “esboçar”, “medir” ou “investigar”.
(PASSOS, CÁRMEN LÚCIA BRANCAGLION; NACARATO,
ADAIR MENDES. Trajetória e perspectivas para o ensino de
Matemática nos anos iniciais. Estud. av, São Paulo, v. 32, n.
94, p. 119-135, Dec. 2018.)
Leia o texto 'Base Nacional Comum Curricular:
avanços ou retrocessos na educação matemática na
infância' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. As informações presentes no texto permitem inferir que entender a Alfabetização Matemática na perspectiva do letramento impõe o constante diálogo com outras áreas do conhecimento e, principalmente, com as práticas sociais.
II. O texto apresenta ao leitor a ideia de que, em relação ao letramento matemático, o Ensino Fundamental deve favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas.
Marque a alternativa CORRETA:
I. As informações presentes no texto permitem inferir que entender a Alfabetização Matemática na perspectiva do letramento impõe o constante diálogo com outras áreas do conhecimento e, principalmente, com as práticas sociais.
II. O texto apresenta ao leitor a ideia de que, em relação ao letramento matemático, o Ensino Fundamental deve favorecer o estabelecimento de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em uma variedade de contextos, utilizando conceitos, procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas.
Marque a alternativa CORRETA:
Ano: 2020
Banca:
ADM&TEC
Órgão:
Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE
Prova:
ADM&TEC - 2020 - Prefeitura de Santa Maria da Boa Vista - PE - Professor de Matemática |
Q1713703
Pedagogia
Texto associado
Por PASSOS et al, 2018 (trecho de artigo adaptado).
Base Nacional Comum Curricular: avanços ou retrocessos na
educação matemática na infância
Por PASSOS et al, 2018 (trecho de artigo adaptado).
Na introdução do documento da área de Matemática da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC), são explicitadas
algumas concepções para a Matemática escolar. Um
primeiro conceito que nos chama a atenção é o de
letramento matemático. Se nos documentos do PNAIC a
concepção de alfabetização na perspectiva do letramento se
apoiava nos estudos na área da língua materna,
considerando a ampla produção brasileira no campo do
letramento, com estudos de pesquisadoras como Angela
Kleimann, Magda Soares e Roxane Rojo, na BNCC a
concepção de letramento matemático é retirada da Matriz de
Avaliação de Matemática do Pisa 2012 (5).
Vejamos o que diz a BNCC: o Ensino Fundamental deve ter
compromisso com o desenvolvimento do letramento
matemático definido como as competências e habilidades
de raciocinar, representar, comunicar e argumentar
matematicamente, de modo a favorecer o estabelecimento
de conjecturas, a formulação e a resolução de problemas em
uma variedade de contextos, utilizando conceitos,
procedimentos, fatos e ferramentas matemáticas. (Brasil,
2017, p.264)
No entanto, em consulta ao documento de referência (6)
para essa concepção de letramento, constatamos que houve
a retirada do primeiro conceito: “Letramento matemático é a
capacidade individual de formular, empregar, e interpretar a
Matemática em uma variedade de contextos”. Portanto, ao
definir letramento como competências e habilidades,
entende-se ser uma capacidade individual do estudante, não
uma constituição histórica e cultural. Como afirmam Venco
e Carneiro (2018, p.7), a BNCC será ferramenta para a
“adoção de um projeto neoliberal para a educação, o qual
persegue demandas internacionais voltadas à lógica da
mensuração de resultados e padronização mundial da
educação”.
Constata-se, em tal concepção de letramento, um
antagonismo com aquela do PNAIC, que toma os
letramentos como práticas sociais.
Entender a Alfabetização Matemática na perspectiva do
letramento impõe o constante diálogo com outras áreas do
conhecimento e, principalmente, com as práticas sociais,
sejam elas do mundo da criança, como os jogos e
brincadeiras, sejam elas do mundo adulto e de perspectivas
diferenciadas, como aquelas das diversas comunidades que
formam o campo brasileiro. (Brasil, 2014, p.15)
A concepção da BNCC, além de jogar a responsabilidade
para o sujeito – ao basear-se em competências e
habilidades –, desconsidera a pluralidade de contextos e
culturas do país, não prevendo as práticas sociais de regiões
ribeirinhas, do campo, das comunidades indígenas e
quilombolas. Venco e Carneiro (2018, p.9), apoiando-se em
Milton Santos, analisam que o sentido de “competências”
remete “à aptidão em solucionar problemas cujos resultados
possam ser mensurados [...] o padrão de competências
assume um caráter científico, mas atende diretamente aos
interesses do atual estágio do capitalismo”.
No caso de Matemática, na BNCC as competências
elencadas aproximam-se das expectativas que defendemos
para o ensino; são bastante amplas e contemplam todos os
processos matemáticos. Na parte introdutória, o texto
sinaliza para a integração das cinco unidades temáticas de
Matemática: números, álgebra, geometria, grandezas e
medidas e probabilidade e estatística. Essas unidades
“orientam a formulação de habilidades a ser desenvolvidas
ao longo do Ensino Fundamental” (Brasil, 2014, p.266). No
entanto, numa análise apurada das habilidades propostas
para cada ano, essa articulação não é explicitada. O conjunto
de habilidades elencado restringe-se à própria unidade
temática.
No que se refere às habilidades, constata-se que a redação
dada a elas se aproxima dos descritores das matrizes de
referência para as avaliações externas, o que nos sugere que
ela é uma preparação para as provas da Avaliação Nacional
da Alfabetização (ANA) e da Prova Brasil, com maior
detalhamento. Concordamos com Venco e Carneiro (2018,
p.11) que, embora haja aproximações, algumas habilidades
não têm como ser avaliadas em provas com questões
objetivas, como por exemplo, aquelas que exigem:
“construir”, “esboçar”, “medir” ou “investigar”.
(PASSOS, CÁRMEN LÚCIA BRANCAGLION; NACARATO,
ADAIR MENDES. Trajetória e perspectivas para o ensino de
Matemática nos anos iniciais. Estud. av, São Paulo, v. 32, n.
94, p. 119-135, Dec. 2018.)
Leia o texto 'Base Nacional Comum Curricular:
avanços ou retrocessos na educação matemática na
infância' e, em seguida, analise as afirmativas abaixo:
I. Após a análise do texto, é possível inferir que Venco e Carneiro afirmam que a BNCC é uma ferramenta para a “adoção de um projeto neoliberal para a educação, o qual persegue demandas internacionais voltadas à lógica da mensuração de resultados e padronização mundial da educação”.
II. Seja à luz da BNCC ou na perspectiva do PNAIC, a Alfabetização Matemática na perspectiva do letramento encontra-se sempre desvinculada das práticas sociais como as do mundo da criança, como os jogos e brincadeiras, conforme se pode inferir a partir dos dados do texto.
Marque a alternativa CORRETA:
I. Após a análise do texto, é possível inferir que Venco e Carneiro afirmam que a BNCC é uma ferramenta para a “adoção de um projeto neoliberal para a educação, o qual persegue demandas internacionais voltadas à lógica da mensuração de resultados e padronização mundial da educação”.
II. Seja à luz da BNCC ou na perspectiva do PNAIC, a Alfabetização Matemática na perspectiva do letramento encontra-se sempre desvinculada das práticas sociais como as do mundo da criança, como os jogos e brincadeiras, conforme se pode inferir a partir dos dados do texto.
Marque a alternativa CORRETA: