Questões de Português - Substantivos para Concurso

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Q2451014 Português
Falta de energia na Ilha do Governador impacta climatização do Galeão


Aeroporto opera com sistema particular de geradores desde 14 de janeiro e instalou ventiladores nas áreas mais sensíveis dos terminais

Rio - A falta de energia elétrica na Ilha do Governador, na Zona Norte, afetou a climatização do terminal 2 do Aeroporto Internacional Tom Jobim. O Galeão teve o fornecimento totalmente interrompido desde as 11h da última quinta-feira (1º) e, apesar de ter um sistema particular de geradores, para acionamento em situações emergenciais, os equipamentos estão em operação ininterrupta desde 14 de janeiro, por conta da instabilidade no abastecimento, que impacta também moradores e comerciantes.
Segundo o RIOGaleão, os problemas na climatização ocorrem porque o sistema, dado o seu porte, depende exclusivamente da energia gerada pela Light. Para minimizar os impactos aos passageiros, as equipes do aeroporto estão distribuindo água gelada e instalando ventiladores nas áreas mais sensíveis dos terminais. O sistema mantém a operação de pousos e decolagens e o funcionamento de balcões de check-in, elevadores, escadas rolantes, esteiras e lojas que estocam material e alimentos perecíveis, além da climatização do Pier Sul, onde fica a área de Embarque e Desembarque Internacional.
 A Light informou que, dentro da programação das obras para a renovação do sistema elétrico da Ilha, "adotou uma série de ações em conjunto com a concessionária RIOgaleão para atender o Aeroporto Internacional Tom Jobim". A empresa destacou que disponibilizou caminhões de diesel para abastecer os geradores próprios do aeroporto e ainda forneceu outros, de maior capacidade, "que são suficientes para atender toda a carga do local". A empresa disse ainda que a concessionária não usou o equipamento e solicitou outro tipo, "que está em mobilização com previsão de chegada para a próxima semana".
Por conta do impacto no sistema de climatização, um circuito dedicado à refrigeração do Galeão foi construído na sexta-feira (2). "Em virtude de ocorrência na rede elétrica da Light, na quintafeira, o sistema de climatização do Galeão foi impactado (...) Mesmo com os recursos iniciais já disponibilizados pela Light, a companhia buscou uma nova solução ao Galeão e construiu um circuito dedicado à sua refrigeração. Esse circuito foi concluído na noite de ontem". 
Também nesta sexta-feira, a 2ª Vara Empresarial da Comarca da Capital determinou que a Light regularize o fornecimento de energia no bairro, em até 24 horas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. A Justiça do Rio ainda determinou que a concessionária faça manutenção ou modernização da rede de abastecimento. Desde 12 de janeiro, moradores relatam quedas de energia constantes na região, que também afetam comerciantes, que relatam prejuízo nos seus serviços pelos apagões recorrentes.
Em nota, a Light afirmou que a energia foi restabelecida ainda ontem, após um trecho da rede elétrica apresentar defeito pela manhã, e que atua com 240 profissionais e instalou 70 geradores para minimizar os impactos à população. A empresa disse ainda que vai prestar os devidos esclarecimentos à Justiça e destacou a diferença entre paradas programadas e quedas de energia por defeito.
"Cabe diferenciar queda de energia por defeito e paradas programadas para obras. As suspensões temporárias e programadas no fornecimento de energia em pontos localizados no bairro ocorrem de forma planejada para viabilizar as obras nas redes que alimentam a região. Sem essas intervenções, não é possível que os técnicos acessem e trabalhem nas redes energizadas com segurança", informou a Light.

Fonte: https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2024/02/6786884-falta-de-energia-nailha-do-governador-impacta-climatizacao-do-galeao.html. Acesso em: 03 fev. 2024.
Na palavra REDES, o elemento mórfico destacado cumpre o mesmo papel atestado em:
Alternativas
Q2450952 Português

A diversidade do Pantanal


        O Pantanal, reconhecido como a maior planície de inundação contínua do mundo, ocupa um território de 210.000 km² que abrange uma porção dos estados do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, além de parte da Bolívia e do Paraguai. O menor e mais bem-preservado dos biomas brasileiros reúne características de outros quatro — Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Chaco boliviano — e é o lar de mais de 4.700 espécies de plantas e de animais, como vitória-régia, aguapé, onça-pintada, tamanduábandeira e arara-azul.

         Contemplar toda essa diversidade no seu habitat é um privilégio. É possível ouvir ao longe o canto de inúmeras espécies de pássaros e avistar a revoada de outras tantas que andam em bando. Na margem do rio, logo se vê o tuiuiú, a ave símbolo do Pantanal, e uma família de ariranhas, em meio à vegetação. À espreita, apenas com os olhos fora d’água, um jacaré observa.

        Chama a atenção em meio às águas uma planta aquática flutuante, com direito a flor em tons de lilás, vista em abundância. Trata-se do aguapé, chamado também de camalote, que, por se desprender das margens, costuma ser visto navegando no rio. Essa espécie mantém a temperatura da água, protege os peixes do excesso de Sol e funciona como despoluente. Além disso, sua fibra é utilizada como matéria-prima para produção de artesanatos. O aguapé é importante para o ecossistema do Pantanal como um todo.

        De imediato, o que atrai os visitantes ao Pantanal é a diversidade da flora e da fauna. No entanto, basta chegar lá para perceber que a riqueza do bioma vai além e envolve também inúmeros aspectos culturais, como as diferentes influências de indígenas, bandeirantes paulistas, africanos escravizados e bolivianos que resultaram na cultura pantaneira vista hoje — viva e sempre em transformação.


        Revista Azul, nº 118. Adaptado

O texto apresenta estas palavras: “bando”, “flora” e “fauna”. Em relação à substituição dos substantivos coletivos por seus respectivos significados, relacionar as colunas e assinalar a sequência correspondente.
(1) Conjunto das espécies vegetais de uma região. (2) Conjunto de aves. (3) Conjunto das espécies animais de uma região.
( ) Fauna. ( ) Bando. ( ) Flora.
Alternativas
Q2448636 Português

O TRABALHO DE CUIDADO NÃO REMUNERADO E MAL PAGO E A CRISE GLOBAL DA DESIGUALDADE 






Disponível em: https://www.oxfam.org.br/. Acesso em: 13 fev. 2024

As classes de palavras foram categorizadas para dividir as palavras em diferentes modos de uso, significados e aplicações sintáticas. Considerando-se isso, assinale a alternativa que estabelece a correlação adequada entre a classe gramatical do termo destacado e sua classificação.
Alternativas
Ano: 2024 Banca: IBADE Órgão: CRMV-ES Prova: IBADE - 2024 - CRMV-ES - Agente Fiscal |
Q2448245 Português
TEXTO PARA A QUESTÃO.

Os guaranis e a fundação de São Paulo

Tenho ouvido muitas memórias guaranis, especialmente sobre a cidade de São Paulo
Txai Suruí | 15.mar.2024

Que a história foi contada pelo outro lado e que nós sofremos um apagamento histórico vocês já sabem, por isso falo tanto da importância das nossas narrativas e de recontar essa história. E a memória é essencial para todos nós, sociedade indígena e não indígena.
[Ela] é condutora para entendermos o presente e construirmos o futuro que queremos. Por isso sempre atento às histórias que são recontadas pelos mais velhos e por outros povos de Abya Yala. Ultimamente, por causa do meu amado, ando ouvindo muitas memórias guaranis, especialmente de São Paulo.
O Pátio do Colégio é um local emblemático e de grande importância histórica para a cidade de São Paulo e para o Brasil como um todo. Ele marca o local onde os jesuítas José de Anchieta e Manuel da Nóbrega fundaram o colégio que viria a ser o ponto inicial da cidade, em 25 de janeiro de 1554.
Originalmente criado como um núcleo de educação religiosa e de CONVERÇÃO/CONVERSÃO dos indígenas ao catolicismo, o Pátio do Colégio desempenhou papel central no processo da colonização portuguesa no Brasil e nas dinâmicas de interações com os povos indígenas, particularmente os guaranis.
Os jesuítas buscavam CATEQUIZAR/CATEQUISAR os guaranis, ensinando-[lhes] a língua portuguesa e a religião católica, e com eles aprendiam habilidades em agricultura e artesanato. Mas essa interação não foi isenta de violência e exploração. Na verdade, houve um complexo panorama de relações, que inclui resistência, ADAPTAÇÃO/ADAPITAÇÃO e, infelizmente, muito abuso.
Os jesuítas [os] organizavam em aldeias, conhecidas como "reduções", onde os guaranis deveriam seguir as regras e os modos de vida europeus. Essa abordagem missionária resultou na perda de aspectos significativos das culturas indígenas, incluindo crenças, línguas e maneiras tradicionais de vida.
Além disso, os europeus trouxeram doenças contra as quais os guaranis não tinham imunidade, provocando drástica redução populacional. Enquanto isso, no âmbito da colonização mais ampla, os guaranis enfrentavam outras formas severas de exploração. Muitos foram mortos e muitos foram capturados nas expedições chamadas "bandeiras", organizadas por colonos de origem portuguesa para escravizá-los. 
É essencial reconhecer que a fundação de São Paulo, representada simbolicamente pelo Pátio do Colégio, marca não apenas o início de uma cidade, mas também uma era de encontros culturais complexos que têm implicações até hoje.
O legado dos guaranis e a violência que eles sofreram e sofrem é uma parte integral da história de São Paulo e do Brasil que precisa estar na memória, para a história, a reparação e a justiça.

Txai Suruí - Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental - Kanindé e do Movimento da Juventude Indígena de Rondônia


SURUÍ, Txai. Os guaranis e a fundação de São Paulo. Folha de São Paulo, 15 de março de 2024. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/txaisurui/2024/03/a-historia-e-seus-narradores.shtml. Acesso em: 16 mar. 2024. Adaptado.
Tendo em vista seus usos no enunciado, qual é a classe gramatical, respectivamente, dos vocábulos grifados no sétimo parágrafo do texto?
Alternativas
Q2447956 Português
Leia o texto para responder a questão de Língua portuguesa

“UMA VELA PARA DARIO” 

Dalton Trevisan

    Dario vinha apressado, guarda-chuva no braço esquerdo e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Por ela escorregando, sentou-se na calçada, ainda úmida de chuva, e descansou na pedra o cachimbo. Dois ou três passantes rodearam-no e indagaram se não se sentia bem. Dario abriu a boca, moveu os lábios, não se ouviu resposta. O senhor gordo, de branco, sugeriu que devia sofrer de ataque. Ele reclinou-se mais um pouco, estendido agora na calçada, e o cachimbo tinha apagado. O rapaz de bigode pediu aos outros que se afastassem e o deixassem respirar. Abriu-lhe o paletó, o colarinho, a gravata e a cinta. Quando lhe retiraram os sapatos, Dario roncou feio e bolhas de espuma surgiram no canto da boca. Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver. Os moradores da rua conversavam de uma porta à outra, as crianças foram despertadas e de pijama acudiram à janela. O senhor gordo repetia que Dario sentara-se na calçada, soprando ainda a fumaça do cachimbo e encostando o guarda-chuva na parede. Mas não se via guarda-chuva ou cachimbo ao seu lado. A velhinha de cabeça grisalha gritou que ele estava morrendo. Um grupo o arrastou para o táxi da esquina. Já no carro a metade do corpo, protestou o motorista: quem pagaria a corrida? Concordaram em chamar a ambulância. Dario conduzido de volta e recostado à parede não tinha os sapatos nem o alfinete de pérola na gravata. Alguém informou da farmácia na outra rua. Não carregaram Dario além da esquina; a farmácia no fim do quarteirão e, além do mais, muito pesado. Foi largado na porta de uma peixaria. Um enxame de moscas lhe cobriu o rosto, sem que fizesse um gesto para espantá-las. Ocupado o café próximo pelas pessoas que vieram apreciar o incidente e, agora, comendo e bebendo, gozavam as delícias da noite. Dario ficou torto como o deixaram, no degrau da peixaria, sem o relógio de pulso. Um terceiro sugeriu que lhe examinassem os papéis, retirados - com vários objetos - de seus bolsos e alinhados sobre a camisa branca. Ficaram sabendo do nome, idade e sinal de nascença. O endereço na carteira era de outra cidade. Registrou-se correria de mais de duzentos curiosos que, a essa hora, ocupavam toda a rua e as calçadas: era a polícia. O carro negro investiu a multidão. Várias pessoas tropeçaram no corpo de Dario, que foi pisoteado dezessete vezes. O guarda aproximou-se do cadáver e não pôde identificá-lo — os bolsos vazios. Restava a aliança de ouro na mão esquerda, que ele próprio quando vivo - só podia destacar umedecida com sabonete. Ficou decidido que o caso era com o rabecão. A última boca repetiu: 
    - Ele morreu, ele morreu. A gente começou a se dispersar. Dario levara duas horas para morrer, ninguém acreditou que estivesse no fim. Agora, aos que podiam vê-lo, tinha todo o ar de um defunto. Um senhor piedoso despiu o paletó de Dario para lhe sustentar a cabeça. Cruzou as suas mãos no peito. Não pôde fechar os olhos nem a boca, onde a espuma tinha desaparecido. Apenas um homem morto e a multidão se espalhou, as mesas do café ficaram vazias. Na janela alguns moradores com almofadas para descansar os cotovelos. Um menino de cor e descalço veio com uma vela, que acendeu ao lado do cadáver. Parecia morto há muitos anos, quase o retrato de um morto desbotado pela chuva. Fecharam-se uma a uma as janelas e, três horas depois, lá estava Dario à espera do rabecão. A cabeça agora na pedra, sem o paletó, e o dedo sem a aliança. A vela tinha queimado até a metade e apagou-se às primeiras gotas da chuva, que voltava a cair. 

    Texto extraído do livro "Vinte Contos Menores", Editora Record – Rio de Janeiro, 1979, pág. 20. Este texto faz parte dos 100 melhores contos brasileiros do século, seleção de Ítalo Moriconi para a Editora Objetiva.
“Cada pessoa que chegava erguia-se na ponta dos pés, embora não o pudesse ver.” De acordo com o contexto em que estão inseridos os vocábulos sublinhados, assinale a alternativa que especifica a classe gramatical de cada termo respectivamente.
Alternativas
Respostas
26: C
27: C
28: C
29: B
30: A