Questões Militares

A evolução pode ser definida como uma alteração na frequência gênica de uma população ao longo das gerações. Esse processo pode ocorrer devido a diferentes mecanismos, como seleção natural e deriva gênica. Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que ilustra um exemplo de deriva gênica.  

O inglês Charles Darwin viajou a bordo do navio Beagle por quase cinco anos e, nessa viagem, observou e coletou materiais que lhe permitiram elaborar o conceito de seleção natural. Esse conceito foi o cerne da sua teoria evolucionista, que tem como premissa a

Gasterosteus aculeatus, o peixinho esgana-gatas, habitava o ambiente marinho e desovava em rios. Há cerca de 10 mil anos, pequenas populações do esgana-gatas ficaram isoladas em lagos formados pelo derretimento da neve, no último período glacial, na América do Norte. Na forma marinha, o peixe apresenta grandes espinhos nas regiões dorsal e pélvica, que o protegem de grandes predadores. Nos lagos, os principais predadores eram os louva-deus, que capturavam os filhotes, retirando-os da água com auxílio dos espinhos pélvicos. Em consequência, atualmente, a forma lacustre selecionada e isolada da espécie original não apresenta esses espinhos.
O exemplo descreve um mecanismo devido à interrupção de fluxo gênico por

Antes de 2020, pouco se falava dos coronavírus, pois esses vírus eram encontrados principalmente em aves e morcegos. Mas, em determinado momento, uma linhagem de coronavírus, provavelmente que infectava morcegos, sofreu uma variação (I) que propiciou a essa linhagem específica infectar humanos. Denominada Sars-CoV-2, essa é a linhagem responsável pela pandemia Covid-19. Ao longo da pandemia, foram aparecendo novas variantes – variantes do Reino Unido, da África do Sul, da Índia. No Brasil, surgiu a variante P1, com capacidade de se espalhar mais rapidamente. Detectada inicialmente em Manaus, é a que predomina atualmente no Brasil (II).
O descrito no texto pode ser considerado um exemplo de um processo biológico denominado

Segundo pesquisadores, a história evolutiva dos cipós do gênero Amphilophium exemplifica o fluxo de espécies entre a Amazônia e a Mata Atlântica. “Hoje, as espécies do gênero se dividem entre os dois biomas, mas a genealogia mostra que a população ancestral provavelmente ocupava ambos os biomas e deve ter sido separada por florestas secas do Brasil Central, formando uma barreira natural”, diz a botânica Lúcia Garcez Lohmann, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP). Na Mata Atlântica, esses cipós começaram a se diversificar impelidos pela geografia montanhosa que recortava as populações originais, levando à formação de 27 espécies de Amphilophium.
(Revista Pesquisa FAPESP, jun. 2020)
O processo descrito para os cipós do gênero Amphilophium nos biomas Amazônia e Mata Atlântica é uma consequência de