Questões Militares Sobre figuras de linguagem em português
Foram encontradas 367 questões
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Ano: 2022
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
PM-RN
Prova:
Instituto Consulplan - 2022 - PM-RN - Farmacêutico - Análises Clínicas |
Q2092782
Português
Texto associado
Uso racional de medicamentos: pesquisadores alertam para resistência microbiana
O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, instituído no dia 5 de maio, tem o objetivo de promover a conscientização e boas práticas do uso de medicamentos, além de alertar a população quanto aos riscos à saúde causados pela automedicação e ingestão inadequada de fármacos, principalmente os antibióticos. Pesquisadoras da Fiocruz advertem que a administração inadequada e o uso abusivo desse tipo de medicação têm causado, com maior frequência, um fenômeno preocupante: a
resistência microbiana.
A Organização Mundial da Saúde entende como uso racional de medicamentos a prescrição de medicação apropriada para
as condições clínicas de cada paciente, em doses adequadas às suas necessidades, por um período adequado e ao menor custo
para si e para a comunidade. A medicação inadequada, por sua vez, pode causar diversos eventos adversos à saúde, assim como
intoxicação e dependência.
A situação é ainda pior quando se trata de antibióticos. Também, segundo a OMS, a resistência bacteriana poderá ser uma
das principais causas de óbitos de pessoas no mundo até 2050. O fenômeno pode ser definido como a capacidade das bactérias
se tornarem mais resistentes aos efeitos das medicações, explicou Isabel Tavares, coordenadora da Comissão de Controle de
Infecção Hospitalar do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).
“A partir do uso excessivo e indiscriminado dos antibióticos, infecções bacterianas simples podem, com o tempo, se tornar
cada vez mais difíceis de serem combatidas, levando, eventualmente, a uma piora do quadro clínico e até ao óbito. O que temos
visto é um aumento do número de bactérias multirresistentes e poucas opções para tratamento no mercado”, explicou Tavares.
A avaliação é reforçada por Ana Paula Assef, chefe do laboratório de pesquisa em infecção hospitalar do Instituto Oswaldo
Cruz (IOC/Fiocruz). “É preciso cada vez mais conscientizar a população e a sociedade médica sobre a otimização do uso de
antibióticos, devido a esse aumento da capacidade de resistência das bactérias, e à falta de novas opções terapêuticas pela
indústria farmacêutica. Essas medicações devem ser bem selecionadas para cada tipo de paciente, e utilizadas no momento e
na dose adequada, de forma a minimizar seus impactos”, ponderou ela.
Dados da OMS apontam que mais de 50% de todos os medicamentos no mundo são prescritos, dispensados ou vendidos
de forma inadequada, e que metade de todos os pacientes não os utiliza corretamente. Além disso, o Brasil ocupa a 17ª posição
entre 65 países pesquisados em relação ao número de doses de antibióticos consumidas.
O primeiro passo para promover o uso racional de medicações é utilizá-las apenas com orientação médica. “O paciente
com alguma queixa de saúde precisa, primeiro e de forma essencial, procurar assistência médica. Apenas um profissional está
habilitado para avaliar o caso e prescrever, se preciso, o antibiótico. Muitos pacientes que optam pela automedicação fazem
uso, por exemplo, de antibióticos para infecções virais, o que não só não resolve o problema, como pode gerar outros”, afirmou
Tavares, especialista do INI. [...]
(Luana Dandara (Portal Fiocruz). Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/dia-nacional-do-uso-racional-de-medicamentospesquisadores-alertam-para-resistencia. Adaptado. Acesso em: 05/05/2022.)
Sabendo-se que as figuras de linguagem são recursos usados para conferir à comunicação sentidos e significados que
extrapolam a denotação, observe o trecho a seguir: “Pesquisadoras da Fiocruz advertem que a administração inadequada e
o uso abusivo desse tipo de medicação têm causado, com maior frequência, um fenômeno preocupante: a resistência
microbiana.” (1º§) O segmento destacado poderia ser considerado como exemplo de figura de linguagem caso fosse reescrito
da seguinte forma:
Ano: 2023
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
CBM-SC
Prova:
Instituto Consulplan - 2023 - CBM-SC - Oficial |
Q2078814
Português
Texto associado
Sem medo de errar
A atmosfera política do mês passado não foi a de um spa
nas montanhas. Era abrir o celular e vinha artilharia pesada,
agressões que abalavam o sistema nervoso. Cada um defendeu
sua saúde mental como pôde. A leitura sempre me salva nessa
hora, mas, ao invés de buscar algum livro inquietante, como
gosto, me socorri com Buda, já que Deus estava sobrecarregado. Atravessei os diaslendo “Eu posso estar errado”, de Björn
Natthiko Lindeblad, um monge sueco que faleceu recentemente,
aos 60 anos.
Aos 26, ele era um economista bem-sucedido, com muitos
ternos no armário e voos em classe executiva. Até que se fez a
pergunta de um milhão: É isso que eu quero mesmo? A fim de
buscar um sentido espiritual para sua vida, largou tudo e aterrissou com sua mochila num mosteiro na Tailândia. Ao se apresentar a um abade, escutou: “Pode ir para o dormitório. Se ainda
estiver aqui daqui a três dias, raspe a cabeça”.
Foi uma experiência radical de desapego, isolamento e
dúvidas – benditas dúvidas, que geram reflexões como a que
dá título ao livro: “Eu posso estar errado”. Quantas vezes a
gente diz isso para si mesmo? Duas a cada 100 anos.
Ele aconselha usar a frase como mantra para momentos
de tensão, situações de enfrentamento, discussões virulentas.
Pense: “eu posso estar errado”. A paz, subitamente, cai do céu.
Fui criada para acertar, para nunca me desviar do que é correto.
O que é ótimo, mas lá pelas tantas o acerto ganhou um status
exagerado, a coisa foi ficando militarizada, reprimiu a espontaneidade. Ora, errar faz parte do crescimento. As pessoas se
enganam, brigam, falam sem pensar, magoam, pedem desculpas, e assim, aos tropeços, vai se construindo uma identidade
mais verdadeira, que se reconhece complexa, não perfeita.
Ninguém sabe tudo, ninguém acerta o tempo todo – os
fortes são os primeiros a reconhecer. Já os fracos se apegam
a discursos laudatórios autorreferentes e a uma rigidez cuja
única função é disfarçar sua vulnerabilidade. Se declaram
acima dos mortais e ficam lá no topo, sozinhos. Este é o
isolamento fatal.
Não sou rigorosa com os outros, mas comigo sempre
fui tirana, não me permitia falhar. Ainda me permito pouco:
sou exemplar cumpridora de tarefas, atenta, educada e tudo
o mais que se preza. Mas erro feio – comigo – ao não relaxar
diante de eventuais vacilos e por me exigir o que não exijo
de ninguém. Lidar com o erro de forma tranquila nos torna
pessoas menos obsessivas, portanto, menos chatas, o que é
uma contribuição para a paz mundial.
Então, vamos em frente buscando a eficiência possível,
mas aceitando que a perfeição é um delírio e que a nossa
verdade nem sempre bate com a verdade do outro. Fazer o
quê? Respirar fundo. Aqui mesmo, que a Tailândia é muito
longe.
(MEDEIROS, Martha. Sem medo de errar. Jornal O Globo, 2022.
Disponível em https://oglobo.globo.com/ela/martha-medeiros/
coluna/2022/11/sem-medo-de-errar.ghtml. Acesso em: 31/12/22.)
De acordo com o texto, a passagem “A leitura sempre me
salva nessa hora, [...]” (1º§) expressa, em sentido:
Q2068984
Português
Texto associado
A Lição da Borboleta
Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo;
um homem sentou e observou a borboleta por várias horas,
enquanto ela se esforçava para fazer com que seu corpo
passasse através daquele pequeno buraco. Então, pareceu
que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que
ela tinha ido o mais longe que podia e não conseguia ir além.
O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma
tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu
facilmente. Mas seu pequeno corpo estava murcho e tinha as
asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta
porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela
se abrissem e se esticassem para serem capazes de suportar
o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu!
Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida
rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca
foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade
de ajudar, não compreendia, era que o casulo apertado e o
esforço da borboleta para passar através da pequena abertura
eram necessários para que o fluido do corpo da borboleta
fosse para as asas, de modo que ela estaria pronta para voar,
uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos
em nossa vida. Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, não
seriamos tão fortes e nunca poderiamos voar... Que a vida seja
um eterno desafio, pois só assim voar será realmente possível.
Adaptado de “A Lição da Borboleta” – Autor desconhecido.
Utilize o texto acima para responder a questão.
Sabe-se que as figuras de linguagem afastam-se
da linguagem denotativa, geralmente elas estão
relacionadas a semântica, ao pensamento, a sintaxe ou
ao som. Atente ao trecho (...) “não seriamos tão fortes e
nunca poderiamos voar” (...), ao contrário da borboleta,
o homem não pode voar. Assinale, dentre as alternativas
abaixo, a figura de linguagem que foi utilizada.
Q2060215
Português
Assinale a alternativa cuja definição da figura de linguagem esteja correta:
Q2060212
Português
Assinale a alternativa em que está presente a figura de linguagem intitulada
ironia.