Questões Militares Sobre figuras de linguagem em português
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Ano: 2020
Banca:
Marinha
Órgão:
ESCOLA NAVAL
Prova:
Marinha - 2020 - ESCOLA NAVAL - Aspirante - 2º Dia |
Q1696265
Português
Texto associado
AS MARGENS DA ALEGRIA
Esta é a estória.
la um menino, com os Tios, passar dias no lugar
onde se construía a grande cidade. Era uma viagem
inventada no feliz; para ele, produzia-se em caso de
sonho. Saíam ainda com o escuro, o ar fino de cheiros
desconhecidos. A Mãe e o Pai vinham trazê-lo ao
aeroporto. A Tia e o Tio tomavam conta dele,
justinhamente. Sorria-se, saudava-se, todos se ouviam e
falavam. O avião era da Companhia, especial, de quatro
lugares. Respondiam-lhe a todas as perguntas, até o piloto
conversou com ele. O voo ia ser pouco mais de duas
horas. O menino fremia no acorçoo, alegre de se rir para
si, confortavelzinho, com um jeito de folha a cair. A vida
podia às vezes raiar numa verdade extraordinária. Mesmo
o afivelarem-lhe o cinto de segurança virava forte afago,
de proteção, e logo novo senso de esperança: ao não sabido, ao mais. Assim um crescer e desconter-se - certo
como o ato de respirar - o de fugir para o espaço em
branco. O Menino.
E as coisas vinham docemente de repente,
seguindo harmonia prévia, benfazeja, em movimentos
concordantes: as satisfações antes da consciência das
necessidades.[...]
O Menino tinha tudo de uma vez, e nada, ante a
mente. A luz e a longa-longa-longa nuvem. Chegavam.
Enquanto mal vacilava a manhã. A grande cidade
apenas começava a fazer-se, num semi-ermo, no
chapadão: a mágica monotonia, os diluídos ares. O campo
de pouso ficava a curta distância da casa - de madeira, sobre estações, quase penetrando na mata. O Menino via,
vislumbrava. Respirava muito. Ele queria poder ver ainda
mais vívido - as novas tantas coisas - o que para os seus
olhos se pronunciava. A morada era pequena, passava-se
logo à cozinha, e ao que não era bem quintal, antes breve
clareira, das árvores que não podem entrar dentro de
casa. Altas, cipós e orquideazinhas amarelas delas se
suspendiam. Dali, podiam sair índios, a onça, leão, lobos,
caçadores? Só sons. Um - e outros pássaros - com cantos
compridos. Isso foi o que abriu seu coração. Aqueles
passarinhos bebiam cachaça?
Senhor! Quando avistou o peru, no centro do
terreiro, entre a casa e as árvores da mata. O peru,
imperial, dava-lhe as costas, para receber sua admiração.
Estalara a cauda, e se entufou, fazendo roda: o rapar das
asas no chão - brusco, rijo, - se proclamara. Grugulejou!
sacudindo o abotoado grosso de bagas rubras; e a cabeça
possuía laivos de um azul-claro, raro, de céu e sanhaços;
e ele, completo, torneado, redondoso, todo em esferas e
planos, com reflexos de verdes metais em azul-e-preto - o
peru para sempre. Belo, belo! Tinha qualquer coisa de
calor, poder e flor, um transbordamento. Sua ríspida
grandeza tonitruante. Sua colorida empáfia. Satisfazia os
olhos, era de se tanger trombeta. Colérico, encachiado,
andando, gruziou outro gluglo. O Menino riu, com todo o
coração. Mas só bis-viu. Já o chamavam, para passeio.
[...]
Pensava no peru, quando voltavam. Só um pouco, para não gastar fora de hora o quente daquela lembrança, do mais importante, que estava guardado para ele, no
terreirinho das árvores bravas. Só pudera tê-lo um
instante, ligeiro, grande, demoroso. Haveria um, assim, em
cada casa, e de pessoa?
Tinham forne, servido o almoço, tomava-se
cerveja. O Tio, a Tia, os engenheiros. Da sala, não se
escutava o galhardo ralhar dele, seu grugulejo? Esta
grande cidade ia ser a mais levantada no mundo. Ele abria
leque, impante, explodido, se enfunava ... Mal comeu dos
doces, a marmelada, da terra, que se cortava bonita, o
perfume em açúcar e carne de flor. Saiu, sôfrego de o
rever.
Não viu: imediatamente. A mata é que era tão feia
de altura. E - onde? Só umas penas, restos, no chão. -
"Ué, se matou. Amanhã não é o dia-de-anos do doutor?"
Tudo perdia a eternidade e a certeza; num lufo, num
átimo, da gente as mais belas coisas se roubavam. Como
podiam? Por que tão de repente? Soubesse que ia
acontecer assim, ao menos teria olhado mais o peru -
aquele. O peru - seu desaparecer no espaço. Só no grão
nulo de um minuto, o Menino recebia em si um miligrama
de morte. Já o buscavam: - "Vamos aonde a grande
cidade vai ser, o lago..."
Cerreva-se, grave, num cansaço e numa renúncia
à curiosidade, para não passear com o pensamento. la.
Teria vergonha de falar do peru. Talvez não devesse, não
fosse direito ter por causa dele aquele doer, que põe e
punge, de dö, desgosto e desengano. Mas, matarem-no,
também, parecia-lhe obscuramente algum erro. Sentia-se
sempre mais cansado. Mal podia com o que agora lhe
mostravam, na circuntristeza: o um horizonte, homens no
trabalho de terraplenagem, os caminhões de cascalho, as
vagas árvores, um ribeirão de águas cinzentas, o velame-do-campo apenas uma planta desbotada, o encantamento
morto e sem pássaros, o ar cheio de poeira. Sua fadiga, de impedida emoção, formava um medo secreto:
descobria o possível de outras adversidades, no mundo
maquinal, no hostil espaço; e que entre o contentamento e
a desilusão, na balança infidelíssima, quase nada medeia.
Abaixava a cabecinha. [...]
De volta, não queria sair mais ao terreirinho, lá era
uma saudade abandonada, um incerto remorso. Nem ele
sabia bem. Seu pensamentozinho estava ainda na fase
hieroglífica. Mas foi, depois do jantar. E - a nem
espetaculosa surpresa - viu-o, suave inesperado: o peru, ali estava! Oh, não. Não era o mesmo. Menor, menos
muito. Tinha o coral, a arrecauda, a escova, o
grugrulhargrufo, mas faltava em sua penosa elegância o
recacho, o englobo, a beleza esticada do primeiro. Sua
chegada e presença, em todo o caso, um pouco
consolavam.
Tudo se amaciava na tristeza. Até o dia; isto era:
já o vir da noite. Porém, o subir da noitinha é sempre e
sofrido assim, em toda a parte. O silêncio safa de seus
guardados. O Menino, timorato, aquietava-se com o
próprio quebranto: alguma força, nele, trabalhava por
arraigar raízes, aumentar-lhe alma.
Mas o peru se adiantava até à beira da mata. Ali
adivinhara - o quê? Mal dava para se ver, no escurecendo.
E era a cabeça degolada do outro, atirada ao montura. O
Menino se doía e se entusiasmava.
Mas: não. Não por simpatia companheira e sentida
o peru até ali viera, certo, atraído. Movia-o um ódio.
Pegava de bicar, feroz, aquela outra cabeça. O Menino
não entendia. A mata, as mais negras árvores, eram um
montão demais; o mundo.
Trevava.
Voava, porém, a luzinha verde, vindo mesmo da
mata, o primeiro vaga-lume. Sim, o vaga-lume, sim, era
lindo! - tão pequenino, no ar, um instante só, alto, distante,
indo-se. Era, outra vez em quando, a Alegria.
ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. (Texto adaptado)
Assinale a opção em que o autor emprega a sinestesia no
trecho apresentado.
Q1696188
Português
Texto associado
Falta amor no mundo, mas também falta interpretação de
texto*
Que me perdoem os analistas de funções, tabelas,
números complexos e logaritmos, mas desenvolvi uma
teoria baseada em nada além do que meus próprios olhos
e ouvidos vêm testemunhando há tempos: considerável
parte do desamor que paira hoje no mundo se deve à
incapacidade de interpretação de texto. Simi senhores. A
incompreensão da Língua tem deixado as línguas (e os
dedos frenéticos que navegam pelos teclados) mais
intolerantes, emburrecidos e inacreditavelmente loucos.
Talvez esse bizarro fenômeno se deva à carência
de ideologias e certezas, que fizeram Bauman (o
sociólogo da moda, salve, salve!) enxergar a "liquidez" da
modernidade e a fragilidade de referências. Talvez seja
apenas falta do que fazer e uma intensa carência de
reconhecimento nas mídias sociais. Ou quem sabe
Umberto Eco estivesse certo ao afirmar que as redes
sociais deram voz aos imbecis. "Normalmente, eles (os
imbecis) eram imediatamente calados, mas agora têm o
mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel." Viva a
democracia virtual!
Fato é que a imbecilidade se tem traduzido em
palavras vindas de mentes que não sabem
compreender... palavras! Eros versus Pasquale, Afrodite
versus Bilac e a falta de amor no mundo se reduziu a uma
simples. questão de semântica. Qualquer manifestação
minimamente opinativa e já tiram - sabe-se lá de que
cartola mágica uma interpretação maliciosa,
completamente descontextualizada e muitas vezes
motivada pela leitura de mero título ou pela escolha de
imagem ilustrativa.
Só que a falta de compreensão se estende para
além das redes virtuais. Basta que haja qualquer debate
numa mesa de bar e "Calma lá1 meu chapa, não foi isso
que eu disse...". "Você entendeu errado...", "Não foi isso
que eu quis dizer..." E, de repente, não se diferencia mais
quem não sabe falar de quem não sabe entender. O
quadro se torna insustentável quando se adicionam como
ingredientes hipérbole, metáfora e principalmente ironia
fina. Fina mesmo é a distância entre o soco e o infeliz
nariz daquele que não se faz compreender.
É claro que o praticante da incompreensão textual
jamais se entenderá como parte da percentagem de
analfabetos funcionais. Se as pesquisas apontam que
apenas 8% dos brasileiros entre 15 e 64 anos são
capazes de se expressar e de compreender plenamente,
ele estará no meio. Se fossem 2°Ai, ele estaria no meio. Se
apenas um único brasileiro fosse capaz de interpretar
texto, certamente seria ele. O drama da incompreensão é
que ela distorce a análise de si. Somos textos ambulantes,
afinal.
"Estou farto de todo lirismo que capitula ao que
quer que seja fora de si mesmo." disse Manuel Bandeira,
sem saber quel tanto tempo depois, estaria nadando de
braçada na (in)compreensão baseada em conteúdo
distorcido ou jamais dito por aquele que sofre as
consequências. Nunca se capitularam tantas frases fora
de seu contexto, Manuel.
Está faltando amor no mundo, mas disso pelo
menos todo mundo sabe. O que falta entender é que falta,
Prova: Amarela
Português, Inglês, Matemática e Ciências
prínclpalmente, interpretação de texto. E quem sabe o
mundo possa se amar mais quando todos realmente
falarem a mesma língua.
*Título tomado de empréstimo de Leonardo Sakamoto.
Lara Brenner. https://www.revistabula.com/6691-faltaamor-no-mundo-mas-tambem-falta-interpretacao-de-texto/
(acesso em 21 de outubro de 2019 - adaptado)
Em: "O quadro se torna insustentável quando se
adicionam como ingredientes hipérbole, metáfora e
principalmente ironia fina". (4°§), infere-se que:
Ano: 2020
Banca:
Marinha
Órgão:
EFOMM
Prova:
Marinha - 2020 - EFOMM - Oficial da Marinha Mercante - Primeiro Dia |
Q1695485
Português
Texto associado
Um caso de burro
Machado de Assis
Quinta-feira à tarde, pouco mais de três horas,
vi uma coisa tão interessante, que determinei logo
de começar por ela esta crônica. Agora, porém, no
momento de pegar na pena, receio achar no leitor
menor gosto que eu para um espetáculo, que lhe
parecerá vulgar, e porventura torpe. Releve a importância; os gostos não são iguais.
Entre a grade do jardim da Praça Quinze de
Novembro e o lugar onde era o antigo passadiço,
ao pé dos trilhos de bondes, estava um burro
deitado. O lugar não era próprio para remanso de
burros, donde concluí que não estaria deitado, mas
caído. Instantes depois, vimos (eu ia coin run
amigo), vimos o burro levantar a cabeça e meio
corpo. Os ossos furavam-lhe a pele, os olhos meio
mortos fechavam-se de quando em quando. O
infeliz cabeceava, mais tão frouxamente, que
parecia estar próximo do fim.
Diante do animal havia algum capím
espalhado e uma lata com água. Logo, não foi
abandonado inteiramente; alguma piedade houve
no dono ou quern quer que seja que o deixou na
praça, com essa última refeição à vista. Não foi
pequena ação. Se o autor dela é homem que leia
crônicas, e acaso ler esta, receba daqui um aperto
de mão. O burro não comeu do capim, nem bebeu
da água; estava já para outros capins e outras
águas, em campos mais largos e eternos, Meia
dúzia de curiosos tinha parado ao pé do animal. Um deles, menino de dez anos, empunhava uma
vara, e se não sentia o desejo de dar com ela na
anca do burro para espertá-lo, então eu não sei
conhecer meninos, porque ele não estava do lado
do pescoço, mas justamente do lado da anca. Dígase a verdade; não o fez - ao menos enquanto ali
estive, que foram poucos minutos, Esses poucos
minutos, porém, valeram por uma hora ou duas. Se
há justiça na Terra valerão por um século, tal foi a
descoberta que me pareceu fazer, e aqui deixo
recomendada aos estudiosos.
O que me pareceu, é que o burro fazia exame
de consciência. Indiferente aos curiosos, como ao
capim e à água, tinha 110 olhar a expressão dos
meditativos. Era um trabalho interior e profundo.
Este remoque popular por pensar morreu um burro mostra que o fenômeno foi mal entendido dos que
a princípio o viram; o pensamento não é a causa da
morte, a morte é que o torna necessário. Quanto à
matéria do pensamento, não há dúvidas que é o
exame da consciência. Agora, qual foi o exame da
consciência daquele burro, é o que presumo ter lido
no escasso tempo que ali gastei. Sou outro
Champollion, porventura maior; não decifrei
palavras escritas,mas ideias íntimas de criatura que
não podia exprimi-las verbalmente.
E diria o burro consigo:
"Por mais que vasculhe a consciência, não
acho pecado que mereça remorso. Não furtei, não
menti, não matei, não caluniei, não ofendi
nenhuma pessoa. Em toda a minha vida, se dei três
coices, foi o mais, isso mesmo antes haver
aprendido maneiras de cidade e de saber o destino
do verdadeiro burro, que é apanhar e calar. Quando
ao zurro, usei dele como linguagem. Ultimamente
é que percebi que me não entendiam, e continuei a
zurrar por ser costume velho, não com ideia de
agravar ninguém. Nunca dei com homem no chão. Quando passei do tílburi ao bonde, houve algumas
vezes homem morto ou pisado na rua, mas a prova
de que a culpa não era minha, é que nunca segui o
cocheiro na fuga; deixava-me estar aguardando
autoridade."
"Passando à ordem mais elevada de ações,
não acho em mim a menor lembrança de haver
pensado sequer na perturbação da paz pública. Além de ser a minha índole contrária a arruaças, a
própria reflexão me diz que, não havendo nenhuma
revolução declarado os direitos do burro, tais
direitos não existem. Nenhum golpe de estado foi
dado em favor dele; nenhuma coroa os obrigou.
Monarquia, democracia, oligarquia, nenhuma
forma de governo, teve em conta os interesses da
minha espécie. Qualquer que seja o regime, ronca o
pau. O pau é a minha instituição um pouco
temperada pela teima que é, ein resumo, o meu
único defeito. Quando não teimava, mordia o freio
dando assim um bonito exemplo de submissão e
conf ormidade. Nunca perguntei por sóis nem
chuvas; bastava sentir o freguês no tílburi ou o
apito do bonde, para sair logo. Até aqui os males
que não fiz; vejamos os bens que pratiquei."
''A mais de uma aventura amorosa terei
servido, levando depressa o tílburi e o namorado à
casa da namorada - ou simplesmente empacando
em lugar onde o moço que ia ao bonde podia mirar
a moça que estava na janela. Não poucos devedores terei conduzido para longe de um credor
importuno. Ensinei filosofia a muita gente, esta
filosofia que consiste na gravidade do porte e na
quietação dos sentidos. Quando algum homem,
desses que chamam patuscas, queria fazer rir os
amigos, fui sempre em auxílio deles, deixando que
me dessem tapas e punhadas na cara. Em fim...
Não percebi o resto, e fui andando, não
menos alvoroçado que pesaroso. Contente da
descoberta, não podia furtar-me à tristeza de ver
que um burro tão bom pensador ia morrer. A
consideração, porém, de que todos os burros
devem ter os mesmos dotes principais, fez-me ver
que os que ficavam não seriam menos exemplares
do que esse. Por que se não investigará mais
profundamente o moral do burro? Da abelha já se
escreveu que é superior ao homem, e da formiga
também, coletivamente falando, isto é, que as suas
instituições políticas são superiores às nossas, mais
racionais. Por que não sucederá o mesmo ao burro,
que é maior?
Sexta-feira, passando pela Praça Quinze de
Novembro, achei o animal já morto.
Dois meninos, parados, contemplavam o
cadáver, espetáculo repugnante; mas a infância,
corno a ciência, é curiosa sem asco. De tarde já não
havia cadáver nem nada. Assim passam os
trabalhos deste inundo. Sem exagerar. o mérito do
finado, força é dizer que, se ele não inventou a
pólvora, também não inventou a dinamite. Já é
alguma coisa neste final de século. Requiescat in
pace.
Observando os recursos estilísticos empregados no
texto, há eufemismo em:
Ano: 2020
Banca:
Aeronáutica
Órgão:
EPCAR
Prova:
Aeronáutica - 2020 - EPCAR - Cadete da Aeronáutica |
Q1692139
Português
Texto associado
TEXTO IV
Os estatutos do homem (Ato Institucional Permanente)
A Carlos Heitor Cony
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
Agora vale a vida,
E de mãos dadas,
Marcharemos todos pela vida verdadeira.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana,
Inclusive as terças-feiras mais cinzentas,
Têm direito a converter-se em manhãs de domingo.
/.../
Artigo VIII
Fica decretado que a maior dor
Sempre foi e será sempre
não poder dar-se amor a quem se ama
/.../
Parágrafo único:
Só uma coisa fica proibida:
Amar sem amor.
(MELLO, Thiago de. Os estatutos do homem. São Paulo: Vergara & Riba, 2001.)
A seguir são apresentadas referências a figuras de
linguagem que podem ser encontradas em determinadas
partes do texto IV. Assinale a alternativa em que a figura
proposta NÃO se faz presente no trecho citado.
Ano: 2020
Banca:
Aeronáutica
Órgão:
EPCAR
Prova:
Aeronáutica - 2020 - EPCAR - Cadete da Aeronáutica |
Q1692138
Português
- Em uma coletânea intitulada Os cem menores contos brasileiros do século, Cíntia Moscovich, ao ser convidada para produzir um conto com até cinquenta palavras, escreveu:
“Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.”
Considerando os textos I, II e III apresentados nesta prova e o microconto acima, assinale a alternativa que apresenta um comentário correto acerca deles.