Questões Militares
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Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
EsFCEx
Prova:
VUNESP - 2023 - EsFCEx - Oficial - Magistério em Português |
Q2260612
Português
As propostas atuais asseveram que o ensino de gramática na escola
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
EsFCEx
Prova:
VUNESP - 2023 - EsFCEx - Oficial - Magistério em Português |
Q2260610
Português
Texto associado
If
Houve um autor chamado Rudyard Kipling. Menos
conhecido hoje, foi muito aclamado no seu tempo. Nascido na
Índia dominada pelos ingleses, foi uma espécie de “profeta do
imperialismo”. Seu poema O Fardo do Homem Branco é sempre citado como exemplo de racismo e de culturalismo colonial.
Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura – o primeiro dado a um
escritor de língua inglesa.
Meu contato inicial com Kipling foi o poema If (Se). O poema estabelece uma ideia recorrente condicional: “Se consegues
manter a calma, se consegues esperar sem desesperar, se és
capaz de sonhar sem fazer do sonho seu mestre, se consegues
continuar mesmo quando todos estiverem exaustos, etc., etc...
tu herdarás toda a Terra e serás um homem de verdade”.
Como quase tudo de Kipling, traduz certa noção do estoicismo desejado pela elite britânica. O súdito fleumático era um
modelo. Alguns poetas o amaram (como Guilherme de Almeida). Houve detratores, como Pablo Neruda, que destacou a
sabedoria pedestre e a moral hipócrita de Kipling. Estoico, sem dúvida, especialmente pela ideia de serenidade interior indiferente ao mundo. Poderia também ser uma
maneira inglesa de traduzir o Bhagavad Gita, que trata sobre a
aceitação de uma missão pessoal. Kipling fez um curto manual
vitoriano de sabedoria de bolso.
Ter lido Kipling parece ser um sinal de idade. Os versos
finais ecoam na minha memória: “Se és capaz de, entre a
plebe, não te corromperes / E, entre reis, não perder a naturalidade / E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes
/ Se a todos podes ser de alguma utilidade / E se és capaz
de dar, segundo por segundo / Ao minuto fatal todo o valor e
brilho / Tua é a terra com tudo o que existe no mundo / E o
que mais – tu serás um homem, ó meu filho!” Pergunta esperançosa: alguém aqui ainda lê Kipling?
(Leandro Karnal. Disponível em:<estadão.com.br>.
Acesso em: 02.07.2023. Adaptado)
Em passagens do texto, são identificadas referências
com expressividade depreciativa implícita à poesia de
Kipling. São referências dessa natureza:
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
EsFCEx
Prova:
VUNESP - 2023 - EsFCEx - Oficial - Magistério em Português |
Q2260607
Português
Texto associado
If
Houve um autor chamado Rudyard Kipling. Menos
conhecido hoje, foi muito aclamado no seu tempo. Nascido na
Índia dominada pelos ingleses, foi uma espécie de “profeta do
imperialismo”. Seu poema O Fardo do Homem Branco é sempre citado como exemplo de racismo e de culturalismo colonial.
Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura – o primeiro dado a um
escritor de língua inglesa.
Meu contato inicial com Kipling foi o poema If (Se). O poema estabelece uma ideia recorrente condicional: “Se consegues
manter a calma, se consegues esperar sem desesperar, se és
capaz de sonhar sem fazer do sonho seu mestre, se consegues
continuar mesmo quando todos estiverem exaustos, etc., etc...
tu herdarás toda a Terra e serás um homem de verdade”.
Como quase tudo de Kipling, traduz certa noção do estoicismo desejado pela elite britânica. O súdito fleumático era um
modelo. Alguns poetas o amaram (como Guilherme de Almeida). Houve detratores, como Pablo Neruda, que destacou a
sabedoria pedestre e a moral hipócrita de Kipling. Estoico, sem dúvida, especialmente pela ideia de serenidade interior indiferente ao mundo. Poderia também ser uma
maneira inglesa de traduzir o Bhagavad Gita, que trata sobre a
aceitação de uma missão pessoal. Kipling fez um curto manual
vitoriano de sabedoria de bolso.
Ter lido Kipling parece ser um sinal de idade. Os versos
finais ecoam na minha memória: “Se és capaz de, entre a
plebe, não te corromperes / E, entre reis, não perder a naturalidade / E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes
/ Se a todos podes ser de alguma utilidade / E se és capaz
de dar, segundo por segundo / Ao minuto fatal todo o valor e
brilho / Tua é a terra com tudo o que existe no mundo / E o
que mais – tu serás um homem, ó meu filho!” Pergunta esperançosa: alguém aqui ainda lê Kipling?
(Leandro Karnal. Disponível em:<estadão.com.br>.
Acesso em: 02.07.2023. Adaptado)
O comentário do autor sobre a poesia de Rudyard Kipling
se caracteriza como
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
EsFCEx
Prova:
VUNESP - 2023 - EsFCEx - Oficial - Magistério em Português |
Q2260603
Português
É correto afirmar que a materialidade linguística da charge responde pelo efeito de sentido de humor com base em
Ano: 2023
Banca:
VUNESP
Órgão:
EsFCEx
Prova:
VUNESP - 2023 - EsFCEx - Oficial - Magistério em Português |
Q2260601
Português
Texto associado
Fomos jantar com a minha velha. Já lhe podia chamar
assim, posto que os seus cabelos brancos não o fossem todos
nem totalmente, e o rosto estivesse comparativamente fresco;
era uma espécie de mocidade quinquagenária ou de ancianidade viçosa, à escolha... Mas nada de melancolias: não me
compraz falar dos olhos molhados, à entrada e à saída. Pouco
entrou na conversação. Também não era diferente da costumada. José Dias falou do casamento e suas belezas, da política,
da Europa e da homeopatia, tio Cosme das suas moléstias,
prima Justina da vizinhança, ou de José Dias, quando ele saía
da sala.
Quando voltamos, à noite, viemos por ali a pé, falando
das minhas dúvidas. Capitu novamente me aconselhou que
esperássemos. Sogras eram todas assim; lá vinha um dia e
mudavam. Ao passo que me falava, recrudescia de ternura. Dali em diante foi cada vez mais doce comigo; não me
ia esperar à janela, para não espertar-me os ciúmes, mas
quando eu subia, via no alto da escada, entre as grades da
cancela, a cara deliciosa da minha amiga e esposa, risonha
como toda a nossa infância. Ezequiel às vezes estava com
ela; nós o havíamos acostumado a ver o ósculo da chegada
e da saída, e ele enchia-me a cara de beijos.
(Machado de Assis, Dom Casmurro. Adaptado)
Vista da perspectiva da estilística da frase, a passagem – ...
era uma espécie de mocidade quinquagenária ou de ancianidade viçosa ... – tem seu efeito de sentido produzido