Questões Militares
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Ano: 2023
Banca:
PM-MG
Órgão:
PM-MG
Provas:
PM-MG - 2023 - PM-MG - Auxiliar De Armamento / Armeiro
|
PM-MG - 2023 - PM-MG - Técnico em Enfermagem |
PM-MG - 2023 - PM-MG - Prótese Dentária |
PM-MG - 2023 - PM-MG - Auxiliar de Comunicações |
PM-MG - 2023 - PM-MG - Auxiliar De Motomecanização |
PM-MG - 2023 - PM-MG - Técnico em Farmácia |
PM-MG - 2023 - PM-MG - Técnico em Radiologia |
PM-MG - 2023 - PM-MG - Técnico Laboratorial |
PM-MG - 2023 - PM-MG - Técnico Saúde Bucal |
Q2172974
Português
Texto associado
Leia, atentamente, o texto abaixo e, em seguida, responda a questão proposta.
O HOMEM TROCADO
Luís Fernando Veríssimo
O homem acorda da anestesia e olha em volta. Ainda está na sala de recuperação. Há uma enfermeira do
seu lado. Ele pergunta se foi tudo bem.
– Tudo perfeito – diz a enfermeira, sorrindo.
– Eu estava com medo desta operação…
– Por quê? Não havia risco nenhum.
– Comigo, sempre há risco. Minha vida tem sido uma série de enganos…
E conta que os enganos começaram com seu nascimento. Houve uma troca de bebês no berçário e ele foi
criado até os dez anos por um casal de orientais, que nunca entenderam o fato de terem um filho claro com
olhos redondos. Descoberto o erro, ele fora viver com seus verdadeiros pais. Ou com sua verdadeira mãe,
pois o pai abandonara a mulher depois que esta não soubera explicar o nascimento de um bebê chinês.
– E o meu nome? Outro engano.
– Seu nome não é Lírio?
– Era para ser Lauro. Se enganaram no cartório e…
Os enganos se sucediam. Na escola, vivia recebendo castigo pelo que não fazia. Fizera o vestibular com
sucesso, mas não conseguira entrar na universidade. O computador se enganara, seu nome não apareceu
na lista.
– Há anos que a minha conta do telefone vem com cifras incríveis. No mês passado tive que pagar mais de
R$ 3 mil.
– O senhor não faz chamadas interurbanas?
– Eu não tenho telefone!
Conhecera sua mulher por engano. Ela o confundira com outro. Não foram felizes.
– Por quê?
– Ela me enganava.
Fora preso por engano. Várias vezes. Recebia intimações para pagar dívidas que não fazia. Até tivera uma
breve, louca alegria, quando ouvira o médico dizer:
– O senhor está desenganado.
Mas também fora um engano do médico. Não era tão grave assim. Uma simples apendicite.
– Se você diz que a operação foi bem…
A enfermeira parou de sorrir.
– Apendicite? – perguntou, hesitante.
– É. A operação era para tirar o apêndice.
– Não era para trocar de sexo?
Fonte: https://contobrasileiro.com.br/o-homem-trocado-cronica-de-luis-fernando-verissimo/ Acesso em 23 de
março de 2023
No texto de referência (O HOMEM TROCADO, de Luís Fernando Veríssimo), a palavra
“interurbanas” está escrita corretamente porque o prefixo “inter” só é hifenizado quando a palavra a que ele
se junta começar com “r” ou “h”:
Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com as regras vigentes sobre a aplicação ou não do hífen.
Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com as regras vigentes sobre a aplicação ou não do hífen.
Ano: 2023
Banca:
INSTITUTO AOCP
Órgão:
PM-DF
Prova:
INSTITUTO AOCP - 2023 - PM-DF - Soldado Policial Militar da Polícia Militar do Distrito Federal - QPPMC |
Q2172819
Português
Texto associado
Responda a questão de acordo com o
texto a seguir.
ChatGPT: a inteligência artificial como aliada ou a
substituta da mente humana?
Denis Strum
Desde que o ChatGPT foi lançado, no final de
novembro do ano passado, você provavelmente foi
impactado por diversos conteúdos que trazem
reflexões sobre o avanço da inteligência artificial (IA)
e como isso pode afetar a nossa vida, correto? Há
opiniões que transitam por todos os lados: desde os
mais alarmistas – que afirmam o caráter ameaçador
da IA frente ao trabalho humano –, até os mais
céticos – que duvidam da capacidade dos programas
em atuar no nosso lugar.
O ChatGPT é um chatbot desenvolvido pela
OpenAI que utiliza inteligência artificial para promover
diálogos incrivelmente humanizados. Na primeira
semana em que foi ao ar, o programa foi baixado por
mais de cinco milhões de usuários. Apesar de
inovadora, a IA ainda está muito longe de substituir a
singularidade do trabalho humano.
A Microsoft é uma das grandes investidoras
da OpenAI – nos últimos quatro anos,
aproximadamente US$ 1 bilhão já foi investido na
startup.
Pessoalmente, acredito que estamos vivendo
o nascimento de diversas novas tecnologias
disruptivas que estão vindo para ficar, mas que ainda
estão muito longe de substituir a singularidade do
intelecto humano. Sem sombras de dúvidas, as novas
plataformas poderão contribuir muito para o nosso
cotidiano, desde que tenham suas usabilidades bem
aplicadas e previamente pensadas de forma
estratégica. Isso é algo que, por enquanto, somente
nós conseguimos fazer de forma verdadeiramente
eficiente. (...)
Aos primeiros olhares, o robô assusta por sua
capacidade humanizada de interagir. Em poucos
segundos, você pode ter em sua tela a resposta para
uma dúvida sobre questões complexas de
matemática ou uma receita detalhada de bolo. Porém,
ainda que a IA seja aperfeiçoada cada vez mais e que
suas interações fiquem ainda mais humanas, tem
algo indispensável que seguirá sendo a espinha
dorsal: o comando por trás de toda resposta parte da
mente humana. É nesse ponto que devemos prestar
atenção.
Antes de escrever este artigo, experimentei
algumas vezes a plataforma (embora esteja
apresentando instabilidades por conta do número
excessivo de novos usuários). A primeira coisa que
reparei é que sua base de dados demanda
atualizações. Os dados estão atualizados até meados
de 2021, o que significa que, se você perguntar, por
exemplo, “quem venceu as eleições em 2022 no
Brasil?”, ele não poderá responder.
Em seguida, logo reparei que, se você aplicar
comandos genéricos, terá também respostas
genéricas. Portanto, não adianta pedir para que o
robô “escreva um post para o Linkedin que seja capaz
de viralizar”. Se assim o fizer, até terá uma resposta
na tela, mas, ao copiar e colar a publicação na rede
social, provavelmente não cumprirá seu objetivo.
Repare que esses dois pontos observados
(atualização da base de dados e comandos bem
aplicados) necessitam dos indispensáveis olhares e
pensamentos exclusivos de nós, humanos. São
pontos que evidenciam que o auxílio da IA em nossas
vidas não tornará as coisas tão simples e
automatizadas assim. (...)
Por fim, o desenvolvimento das novas IAs
servirão, e muito, para contribuir com a nossa
evolução. Serão cada vez mais ferramentas
indispensáveis em nosso cotidiano, que nos darão
excelentes atalhos para nos levar ainda mais longe.
Sem dúvidas, os milionários investimentos que estão
sendo aplicados nos darão tecnologias cada vez mais
aperfeiçoadas. No entanto, ainda que possam
avançar muito mais do que possamos imaginar, a
criatividade da mente humana é insubstituível.
Adaptado de: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/chatgpta-inteligencia-artificial-como-aliada-ou-a-substituta-da-mentehumana. Acesso em: 10 Mar.2023.
Assinale a alternativa em que os termos
destacados sejam acentuados pela mesma norma
gramatical.
Q2169323
Português
Texto associado
Texto 01
Cultivar a amizade
No Brasil, o ideal da família como fonte de segurança de felicidade permanece forte. Apesar de estar
aumentando consideravelmente o número de brasileiros que vivem sozinhos por opção, o valor da vida em família ainda
é dominante.
A escolha de não ter filhos, apesar de cada vez mais frequente, não é totalmente legítima em nossa cultura. As
brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de
optarem por algo fora do modelo tradicional.
Uma das principais razões apontadas para a decisão de ter filhos é a necessidade de ter segurança, amparo, apoio
e companhia na velhice. As mulheres perguntam para aquelas que optam por não terem filhos: “Mas como vai ser a
velhice? Como vai enfrentar uma velhice solitária? Por que não adota ?”
A imagem do velho sozinho é associada ao abandono, desamparo, fracasso, insegurança. Os filhos são vistos
como uma possível proteção contra a velhice solitária e infeliz, uma espécie de seguro contra a velhice desamparada.
GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma Bela Velhice. Ed. Record. p.85-86. 2021
Assinale a alternativa cujo termo em parênteses NÃO tem o mesmo significado do termo destacado em maiúsculo
no texto.
Q2169319
Português
Texto associado
Texto 01
Cultivar a amizade
No Brasil, o ideal da família como fonte de segurança de felicidade permanece forte. Apesar de estar
aumentando consideravelmente o número de brasileiros que vivem sozinhos por opção, o valor da vida em família ainda
é dominante.
A escolha de não ter filhos, apesar de cada vez mais frequente, não é totalmente legítima em nossa cultura. As
brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de
optarem por algo fora do modelo tradicional.
Uma das principais razões apontadas para a decisão de ter filhos é a necessidade de ter segurança, amparo, apoio
e companhia na velhice. As mulheres perguntam para aquelas que optam por não terem filhos: “Mas como vai ser a
velhice? Como vai enfrentar uma velhice solitária? Por que não adota ?”
A imagem do velho sozinho é associada ao abandono, desamparo, fracasso, insegurança. Os filhos são vistos
como uma possível proteção contra a velhice solitária e infeliz, uma espécie de seguro contra a velhice desamparada.
GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma Bela Velhice. Ed. Record. p.85-86. 2021
Sobre Acentuação, observe os itens abaixo, sobretudo os termos neles destacados em maiúscula:
I. “...o ideal da FAMÍLIA como fonte de segurança de felicidade...” II.“Apesar de estar aumentando consideravelmente o NÚMERO de brasileiros...” III. “...não é totalmente LEGÍTIMA em nossa cultura.” IV. “Os filhos são vistos como uma POSSÍVEL proteção...” V. “...uma ESPÉCIE de seguro contra a velhice desamparada.”
Sobre esses termos destacados, assinale a alternativa que contém uma afirmação CORRETA.
I. “...o ideal da FAMÍLIA como fonte de segurança de felicidade...” II.“Apesar de estar aumentando consideravelmente o NÚMERO de brasileiros...” III. “...não é totalmente LEGÍTIMA em nossa cultura.” IV. “Os filhos são vistos como uma POSSÍVEL proteção...” V. “...uma ESPÉCIE de seguro contra a velhice desamparada.”
Sobre esses termos destacados, assinale a alternativa que contém uma afirmação CORRETA.
Ano: 2023
Banca:
Marinha
Órgão:
Comando do 1º Distrito Naval
Prova:
Marinha - 2023 - Comando do 1º Distrito Naval - Oficial |
Q2132058
Português
Texto associado
Texto 02
Livros, livros, livros
A velha estante que eu tinha na sala foi embora,
substituída por uma outra, mais simples, mas que abriga o
dobro de livros da antecessora. O processo da troca me
faz pensar muito na nossa relação com os livros. Pois
ainda que ler em papel continue sendo uma experiência
muito mais completa do que ler em formato digital, e
presentear e receber livros continue sendo uma felicidade,
guardá-los em casa não é mais tão necessário quanto era
antes dos tempos da nuvem.
Guardamos livros por vários motivos: ou porque têm
dedicatórias, ou porque gostamos particularmente deles,
ou porque nos lembram momentos específicos das nossas
vidas. Alguns, todavia, guardamos apenas para garantir o
acesso ao seu conteúdo caso tenhamos necessidade
disso no futuro; mas, podendo encontrá-los tão
rapidamente on-line, fica cada vez mais fácil passá-los
adiante.
Nossa relação com os livros está mudando muito rápido,
sob todos os aspectos. Quando os primeiros CD-ROMs
(lembram deles?) com enciclopédias foram lançados, não
botei muita fé na sua universalização. Entendi
imediatamente o seu potencial e o que representavam em
termos de difusão cultural, mas continuei apegada á minha
Britannica e aos dicionários de papel, que me permitiam
encontrar, ao acaso, muitas palavras e verbetes
interessantes.
Livros de referência e o formato digital foram, sem dúvida,
feitos uns para os outros, mas o mesmo não se pode dizer
de todos os livros, indistintamente. Quando os primeiros
leitores de e-books chegaram ao mercado, muitas
matérias foram escritas decretando o fim dos livros em
papel. A substituição da velha tecnologia pela nova seria apenas uma questão de tempo, pensava-se, então. Mas o
tempo, ele mesmo, tem provado que nada é tão simples:
no ano passado, as vendas de livros impressos cresceram
mais do que as vendas de e-books.
Na verdade, nota-se menos uma guerra entre os dois
formatos do que um convívio bastante pacifico. Quem
gosta de ler compra impressos e e-books indistintamente.
Muitas vezes, o mesmo título acaba sendo comprado duas
vezes pelo mesmo leitor, em papel para ficar em casa, em
formato eletrônico para poder ser levado para cá e para lá.
Cheguei à conclusão de que continuo gostando mais dos
meus livrinhos em papel, mas também adoro o meu
Kindle, cada vez mais bem recheado.
(RÓNAI, Cora. "Livros, livros.livros". ln: Jornal
O Globo. Terça-feira 8.9.2015, p. 11. Texto adaptado)
Assinale a opção em que as palavras retiradas do texto estabelecem relação de hiperônimo e hipônimo.