Questões Militares Comentadas por alunos sobre ortografia em português
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Ano: 2023
Banca:
INSTITUTO AOCP
Órgão:
PM-DF
Prova:
INSTITUTO AOCP - 2023 - PM-DF - Soldado Policial Militar da Polícia Militar do Distrito Federal - QPPMC |
Q2172819
Português
Texto associado
Responda a questão de acordo com o
texto a seguir.
ChatGPT: a inteligência artificial como aliada ou a
substituta da mente humana?
Denis Strum
Desde que o ChatGPT foi lançado, no final de
novembro do ano passado, você provavelmente foi
impactado por diversos conteúdos que trazem
reflexões sobre o avanço da inteligência artificial (IA)
e como isso pode afetar a nossa vida, correto? Há
opiniões que transitam por todos os lados: desde os
mais alarmistas – que afirmam o caráter ameaçador
da IA frente ao trabalho humano –, até os mais
céticos – que duvidam da capacidade dos programas
em atuar no nosso lugar.
O ChatGPT é um chatbot desenvolvido pela
OpenAI que utiliza inteligência artificial para promover
diálogos incrivelmente humanizados. Na primeira
semana em que foi ao ar, o programa foi baixado por
mais de cinco milhões de usuários. Apesar de
inovadora, a IA ainda está muito longe de substituir a
singularidade do trabalho humano.
A Microsoft é uma das grandes investidoras
da OpenAI – nos últimos quatro anos,
aproximadamente US$ 1 bilhão já foi investido na
startup.
Pessoalmente, acredito que estamos vivendo
o nascimento de diversas novas tecnologias
disruptivas que estão vindo para ficar, mas que ainda
estão muito longe de substituir a singularidade do
intelecto humano. Sem sombras de dúvidas, as novas
plataformas poderão contribuir muito para o nosso
cotidiano, desde que tenham suas usabilidades bem
aplicadas e previamente pensadas de forma
estratégica. Isso é algo que, por enquanto, somente
nós conseguimos fazer de forma verdadeiramente
eficiente. (...)
Aos primeiros olhares, o robô assusta por sua
capacidade humanizada de interagir. Em poucos
segundos, você pode ter em sua tela a resposta para
uma dúvida sobre questões complexas de
matemática ou uma receita detalhada de bolo. Porém,
ainda que a IA seja aperfeiçoada cada vez mais e que
suas interações fiquem ainda mais humanas, tem
algo indispensável que seguirá sendo a espinha
dorsal: o comando por trás de toda resposta parte da
mente humana. É nesse ponto que devemos prestar
atenção.
Antes de escrever este artigo, experimentei
algumas vezes a plataforma (embora esteja
apresentando instabilidades por conta do número
excessivo de novos usuários). A primeira coisa que
reparei é que sua base de dados demanda
atualizações. Os dados estão atualizados até meados
de 2021, o que significa que, se você perguntar, por
exemplo, “quem venceu as eleições em 2022 no
Brasil?”, ele não poderá responder.
Em seguida, logo reparei que, se você aplicar
comandos genéricos, terá também respostas
genéricas. Portanto, não adianta pedir para que o
robô “escreva um post para o Linkedin que seja capaz
de viralizar”. Se assim o fizer, até terá uma resposta
na tela, mas, ao copiar e colar a publicação na rede
social, provavelmente não cumprirá seu objetivo.
Repare que esses dois pontos observados
(atualização da base de dados e comandos bem
aplicados) necessitam dos indispensáveis olhares e
pensamentos exclusivos de nós, humanos. São
pontos que evidenciam que o auxílio da IA em nossas
vidas não tornará as coisas tão simples e
automatizadas assim. (...)
Por fim, o desenvolvimento das novas IAs
servirão, e muito, para contribuir com a nossa
evolução. Serão cada vez mais ferramentas
indispensáveis em nosso cotidiano, que nos darão
excelentes atalhos para nos levar ainda mais longe.
Sem dúvidas, os milionários investimentos que estão
sendo aplicados nos darão tecnologias cada vez mais
aperfeiçoadas. No entanto, ainda que possam
avançar muito mais do que possamos imaginar, a
criatividade da mente humana é insubstituível.
Adaptado de: https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/chatgpta-inteligencia-artificial-como-aliada-ou-a-substituta-da-mentehumana. Acesso em: 10 Mar.2023.
Assinale a alternativa em que os termos
destacados sejam acentuados pela mesma norma
gramatical.
Q2169323
Português
Texto associado
Texto 01
Cultivar a amizade
No Brasil, o ideal da família como fonte de segurança de felicidade permanece forte. Apesar de estar
aumentando consideravelmente o número de brasileiros que vivem sozinhos por opção, o valor da vida em família ainda
é dominante.
A escolha de não ter filhos, apesar de cada vez mais frequente, não é totalmente legítima em nossa cultura. As
brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de
optarem por algo fora do modelo tradicional.
Uma das principais razões apontadas para a decisão de ter filhos é a necessidade de ter segurança, amparo, apoio
e companhia na velhice. As mulheres perguntam para aquelas que optam por não terem filhos: “Mas como vai ser a
velhice? Como vai enfrentar uma velhice solitária? Por que não adota ?”
A imagem do velho sozinho é associada ao abandono, desamparo, fracasso, insegurança. Os filhos são vistos
como uma possível proteção contra a velhice solitária e infeliz, uma espécie de seguro contra a velhice desamparada.
GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma Bela Velhice. Ed. Record. p.85-86. 2021
Assinale a alternativa cujo termo em parênteses NÃO tem o mesmo significado do termo destacado em maiúsculo
no texto.
Q2169319
Português
Texto associado
Texto 01
Cultivar a amizade
No Brasil, o ideal da família como fonte de segurança de felicidade permanece forte. Apesar de estar
aumentando consideravelmente o número de brasileiros que vivem sozinhos por opção, o valor da vida em família ainda
é dominante.
A escolha de não ter filhos, apesar de cada vez mais frequente, não é totalmente legítima em nossa cultura. As
brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de
optarem por algo fora do modelo tradicional.
Uma das principais razões apontadas para a decisão de ter filhos é a necessidade de ter segurança, amparo, apoio
e companhia na velhice. As mulheres perguntam para aquelas que optam por não terem filhos: “Mas como vai ser a
velhice? Como vai enfrentar uma velhice solitária? Por que não adota ?”
A imagem do velho sozinho é associada ao abandono, desamparo, fracasso, insegurança. Os filhos são vistos
como uma possível proteção contra a velhice solitária e infeliz, uma espécie de seguro contra a velhice desamparada.
GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma Bela Velhice. Ed. Record. p.85-86. 2021
Sobre Acentuação, observe os itens abaixo, sobretudo os termos neles destacados em maiúscula:
I. “...o ideal da FAMÍLIA como fonte de segurança de felicidade...” II.“Apesar de estar aumentando consideravelmente o NÚMERO de brasileiros...” III. “...não é totalmente LEGÍTIMA em nossa cultura.” IV. “Os filhos são vistos como uma POSSÍVEL proteção...” V. “...uma ESPÉCIE de seguro contra a velhice desamparada.”
Sobre esses termos destacados, assinale a alternativa que contém uma afirmação CORRETA.
I. “...o ideal da FAMÍLIA como fonte de segurança de felicidade...” II.“Apesar de estar aumentando consideravelmente o NÚMERO de brasileiros...” III. “...não é totalmente LEGÍTIMA em nossa cultura.” IV. “Os filhos são vistos como uma POSSÍVEL proteção...” V. “...uma ESPÉCIE de seguro contra a velhice desamparada.”
Sobre esses termos destacados, assinale a alternativa que contém uma afirmação CORRETA.
Ano: 2023
Banca:
Marinha
Órgão:
Comando do 1º Distrito Naval
Prova:
Marinha - 2023 - Comando do 1º Distrito Naval - Oficial |
Q2132058
Português
Texto associado
Texto 02
Livros, livros, livros
A velha estante que eu tinha na sala foi embora,
substituída por uma outra, mais simples, mas que abriga o
dobro de livros da antecessora. O processo da troca me
faz pensar muito na nossa relação com os livros. Pois
ainda que ler em papel continue sendo uma experiência
muito mais completa do que ler em formato digital, e
presentear e receber livros continue sendo uma felicidade,
guardá-los em casa não é mais tão necessário quanto era
antes dos tempos da nuvem.
Guardamos livros por vários motivos: ou porque têm
dedicatórias, ou porque gostamos particularmente deles,
ou porque nos lembram momentos específicos das nossas
vidas. Alguns, todavia, guardamos apenas para garantir o
acesso ao seu conteúdo caso tenhamos necessidade
disso no futuro; mas, podendo encontrá-los tão
rapidamente on-line, fica cada vez mais fácil passá-los
adiante.
Nossa relação com os livros está mudando muito rápido,
sob todos os aspectos. Quando os primeiros CD-ROMs
(lembram deles?) com enciclopédias foram lançados, não
botei muita fé na sua universalização. Entendi
imediatamente o seu potencial e o que representavam em
termos de difusão cultural, mas continuei apegada á minha
Britannica e aos dicionários de papel, que me permitiam
encontrar, ao acaso, muitas palavras e verbetes
interessantes.
Livros de referência e o formato digital foram, sem dúvida,
feitos uns para os outros, mas o mesmo não se pode dizer
de todos os livros, indistintamente. Quando os primeiros
leitores de e-books chegaram ao mercado, muitas
matérias foram escritas decretando o fim dos livros em
papel. A substituição da velha tecnologia pela nova seria apenas uma questão de tempo, pensava-se, então. Mas o
tempo, ele mesmo, tem provado que nada é tão simples:
no ano passado, as vendas de livros impressos cresceram
mais do que as vendas de e-books.
Na verdade, nota-se menos uma guerra entre os dois
formatos do que um convívio bastante pacifico. Quem
gosta de ler compra impressos e e-books indistintamente.
Muitas vezes, o mesmo título acaba sendo comprado duas
vezes pelo mesmo leitor, em papel para ficar em casa, em
formato eletrônico para poder ser levado para cá e para lá.
Cheguei à conclusão de que continuo gostando mais dos
meus livrinhos em papel, mas também adoro o meu
Kindle, cada vez mais bem recheado.
(RÓNAI, Cora. "Livros, livros.livros". ln: Jornal
O Globo. Terça-feira 8.9.2015, p. 11. Texto adaptado)
Assinale a opção em que as palavras retiradas do texto estabelecem relação de hiperônimo e hipônimo.
Ano: 2023
Banca:
Marinha
Órgão:
Comando do 1º Distrito Naval
Prova:
Marinha - 2023 - Comando do 1º Distrito Naval - Oficial |
Q2132053
Português
Texto associado
Texto 01
Bibliotecas
Márcio Tavares D'Amaral
A biblioteca de Alexandria foi a maior da
Antiguidade. Fundada no século IlI a.C., teve a missão de
engaiolar ao menos um exemplar de todos os livros
escritos no mundo. Setecentos mil rolos e papiros foram
protegidos pelas suas paredes! Estava aberta a todas as
áreas da poderosa inquietação que nos move a ser e
saber mais do que temos sabido e sido. Uma fonte, uma
torrente, uma gula de inundar desertos. A biblioteca de
Alexandria existiu de verdade. E, tendo sido destruída, é
também, até hoje, para quem gosta de livros, um mito. A
mãe das bibliotecas. A casa dos sábios.
Alguns dos nossos fundadores trabalharam nela e
inventaram uma parte da nossa cultura, a que, dizem hoje
alguns, perdeu sua força e vai para as gôndolas de
perfumaria no megamercado do mundo. Custa crer. Se ela
não tivesse sido incendiada, bastaria ir lá, intoxicar-se com
o ar de séculos de poeira acumulada, respirar a História e
desmentir essa profecia. Mas ela de fato foi incendiada.
Setecentos mil livros! Se parássemos um pouco nossas
correrias, poderíamos olhar com veneração para essa
fogueira. Nela ardem também outras bibliotecas,
aposentam-se da vida outros livros. É triste. E tem um
sabor de símbolo nessa época voraz de informação. A
época do Kindle, biblioteca portátil.
Pensem que Ptolomeu, o grande astrônomo que
defendeu a ideia de que a Terra era o centro do universo,
trabalhou lá. Como, antes dele, Aristarco de Sarnas, que,
ao contrário, postulava o sol como centro, e a Terra como
humilde circuladora em torno da sua estrela. Não lhe
deram ouvidos. Mas seu livro ficou lá, mudamente dando
testemunho da verdade. Foi copiado. Escapou assim do
incêndio. E cimentou parte do mundo que é o nosso. E
Arquimedes? Também ele trabalhou ali. Pode ter
encontrado entre suas prateleiras e armários a ideia
extraordinária de com uma alavanca e um apoio mover o
mundo. A biblioteca de Alexandria era uma alavanca. E um
apoio. Moveu o mundo antigo, pai e mãe do nosso. E
Euclides, cujo nome por vinte e três séculos, até o nosso
XIX, foi sinônimo de matemática. Euclides também. Como
Galena, que frequentou aquelas salas e foi longamente o
mestre da medicina. A mim encanta Hipatia. Foi diretora
da Biblioteca, astrônoma e matemática. Mas, sobretudo,
até o século XX, a única filósofa registrada na nossa
corporação. A única mulher filósofa. É incrível. A filosofia é
mulher. A solitária Hipatia aponta um dedo acusador para
a nossa cultura de machos. Era pagã. Foi morta por
cristãos durante uma sublevação. Também isso fala mal
de nós. Devíamos pensar um pouco nessas coisas no
tempo em que as bibliotecas, dizem, vão em breve se tornar obsoletas. Cabem num Kindle.
O incêndio da biblioteca de Alexandria é de autoria
incerta. Já foi atribuído a Júlio César, e estaria envolvido
na história de amor do cônsul romano com a rainha
Cleópatra do Egito. Amor e poder, incêndio na certa. A
história mais cenográfica é a da queima ordenada pelo
governador do Egito logo depois da sua conquista pelo
califa Omar. Teria sido em 646. E não um incêndio
qualquer: os papiros e pergaminhos teriam sido levados
para as caldeiras que esquentavam os banhos públicos e
queimados lentamente, esquentando a água, dias a fio.
Não tanto o incêndio do prédio: a biblioteca ela mesma, os
livros, combustível para a água quente dos alexandrinos.
Que imagem! Que sofrimento. Mas o mais provável é que
o imperador romano a tenha incendiado de fato 50 anos
antes, em 595, como ato de guerra. Guerras, destinos
mortais de bibliotecas? Em todo caso, feridas no corpo da
nossa história. A Inquisição e o Terceiro Reich também
queimaram algumas. A leitura é a nossa arma de combate.
Bibliotecas não apenas guardam. Também geram.
Quando, no século IX, Carlos Magno quis restaurar o
Império do Ocidente destruído pelos germânicos, precisou
de livros. A Europa conservara sua memória nas grandes
bibliotecas dos mosteiros da Irlanda. Vieram, os monges e
os livros. E a Europa começou de novo. E as
universidades foram criadas - em torno de bibliotecas. A
Universidade de Paris depois se chamou Sorbonne porque
o colégio criado por Robert de Sorbon para moradia e
lugar de trabalho para estudantes pobres tinha muitos
livros. Os livros criaram a Sorbonne. Era assim, então.
Hoje bibliotecas não merecem mais a admiração
quase religiosa dos tempos passados. A nossa cultura
transforma-se rapidamente numa experiência de
estocagem e uso de informação. Arquivamento e
consumo. Temos o Kindle. O Kindle é, que não haja a
menor dúvida, uma das maravilhas da nossa civilização
tecnológica. Cabem nele a biblioteca de Alexandria e as
dos mosteiros irlandeses, talvez. É verdade. Mas não tem
maciez. Não cheira. Não se desfaz, como os livros velhos.
Não vive.
Quem tiver uns livros em casa, guarde-os. Se você
ainda ama os livros, de fato, conserve-se. São pedaços de
História. Podem desaparecer. Podem também salvar.
(Jornal O Globo, Sábado 5.9.2015. Texto adaptado)
Em que opção a palavra destacada é acentuada por regra
distinta do vocábulo sublinhado na sentença: "A Europa
conservara sua memória nas grandes bibliotecas dos
mosteiros da Irlanda." (5°§)?