Questões da Prova Aeronáutica - 2018 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmácia Hospitalar
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“Poucas pessoas não experimentaram a sensação incômoda, irritante, que muitas vezes evolui para persecutória, de estar na fila errada, a fila que não anda. Nas estradas, quando há retenções, percebem-se motoristas acometidos pela angústia da fila errada, e trocam para lá, voltam para cá, irritados porque nas outras pistas os carros andam, na deles, não. Com a repetição, muitos desenvolvem a neurose da fila que não anda.”
(ÂNGELO, Ivan. “A fila que não anda”. In: Certos homens. Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2011, p.43).
O estudo das significações das palavras é um assunto na língua portuguesa exclusivo da Semântica. Para estudar a Semântica, é necessário interpretar o texto e dominar a sua significação ampla e específica, ou seja, saber o que o texto quer dizer com aquela construção.
A esse respeito, observe os textos a seguir.
Avalie as informações sobre os efeitos de sentido presentes nos dois textos.
I. No Texto I, o efeito de sentido não está diretamente relacionado à fala caipira, mas, sim, na suposta sinonímia entre “diproma” e “menino”.
II. O Texto I exemplifica um caso de polissemia, pois a palavra “Diproma” adquiriu uma multiplicidade de sentidos no seu contexto de uso.
III. No Texto II, ao se interpretar a composição sintagmática “bloco de notas” descarta-se a presença da ambiguidade na produção dos sentidos.
IV. No Texto II, ‘bloco’ na sua especificidade semântica (=de carnaval) diz respeito à composição sintagmática ‘bloco de notas’, normalmente utilizada para linguagens de programação, alusiva ao que seria o passatempo do ‘nerd’ trabalhando no computador durante o carnaval.
V. Nos dois textos, o processo discursivo, sua intencionalidade específica, as condições de produção, o momento enunciativo, a interface semântico-cognitivo-lexical para a produção e a compreensão desse discurso, tudo isso interfere no sentido e no efeito ocasionado por ele.
Está correto apenas o que se afirma em
“Em todo cabeleireiro talvez haja a vocação frustrada de um dentista; conheci mesmo um que deixou a tesoura, em Belo Horizonte, e foi ganhar a vida com um boticão em Montes Claros.
É verdade que no dentista, pelo fato muito explicável de estarmos de boca aberta, não precisamos responder a nenhuma daquelas perguntas que no barbeiro geram sempre a mais cacete das conversas sem futuro. Mas é verdade também que o simples aparato de brocas e ferramentas já nos sugere a humilhação de uma dor transcendente a toda anestesia e nos faz desejar as dentaduras duplas que Carlos Drummond de Andrade cantou.”
(SABINO, Fernando. “Dor de dente”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.39-40)
“Em todo cabeleireiro talvez haja a vocação frustrada de um dentista; conheci mesmo um que deixou a tesoura, em Belo Horizonte, e foi ganhar a vida com um boticão em Montes Claros.
É verdade que no dentista, pelo fato muito explicável de estarmos de boca aberta, não precisamos responder a nenhuma daquelas perguntas que no barbeiro geram sempre a mais cacete das conversas sem futuro. Mas é verdade também que o simples aparato de brocas e ferramentas já nos sugere a humilhação de uma dor transcendente a toda anestesia e nos faz desejar as dentaduras duplas que Carlos Drummond de Andrade cantou.”
(SABINO, Fernando. “Dor de dente”. In: Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.39-40)
Com relação à pontuação do trecho acima, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma abaixo e depois assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
( ) Está incorreto o emprego do ponto e vírgula no texto.
( ) É correto colocar-se vírgula apenas depois do vocábulo “também”.
( ) A vírgula depois da palavra “Belo Horizonte” foi empregada incorretamente.
( ) A vírgula depois da expressão adverbial “no dentista” está adequada.
( ) É correto colocar-se vírgula depois da expressão “Em todo cabeleireiro”.