Questões da Prova FCC - 2012 - PM-MG - Professor de Educação Básica - Língua Portuguesa
Foram encontradas 38 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Narciso: Filho de Cefiso e da Ninfa Liríope, da Beócia. Era o jovem de extraordinária beleza; o adivinho Tirésias havia predito que viveria enquanto não se visse. Desprezou os amores da Ninfa Eco, que secou de mágoa. Voltando, um dia, da caça, inclinou-se para beber numa clara fonte, onde, pela primeira vez, viu seu semblante. Apaixonou-se por si mesmo. Desesperado por não poder se reunir ao objeto de sua paixão, cai, extenuado, ao lado da fonte, e ali desfalece. Choram as Ninfas, as Dríades e as Náiades. E já preparavam a pira fúnebre e as tochas para a cerimônia do sepultamento; mas o corpo havia desaparecido. No seu lugar encontraram uma flor cor de açafrão com a corola cingida de folhas brancas.
(Tássilo Orpheu Spalding, Dicionário de Mitologia Greco-Latina, Belo Horizonte, Itatiaia, 1965)
Leia atentamente as afirmações abaixo sobre o texto.
I. A autodestruição causada pelo excessivo amor próprio é um dos aspectos fulcrais do mito de Narciso.
II. A menção à flor encontrada no lugar onde antes estava o corpo do jovem aponta para um dos sentidos fundamentais do mito: a explicação da origem das coisas.
III. A observação de que Narciso voltava da caça indica que sua morte foi também uma punição aplicada pelos deuses devido à matança de animais selvagens.
Está correto o que se afirma APENAS em
Para a gramática normativa, a língua corresponde às formas de expressão produzidas por pessoas cultas, de prestígio. Nas sociedades que têm língua escrita, é principalmente esta modalidade que funciona como modelo, acabando por representar a própria língua. Eventualmente, a restrição é ainda maior, tomando-se por representação da língua a expressão escrita elaborada literariamente. É a essa variante que se costuma chamar “norma culta” ou “variante padrão” ou “dialeto padrão”. Na verdade, em casos mais extremos, mas não raros, chega-se a considerar que esta variante é a própria língua.
(adaptado de Sírio Possenti, Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, Mercado de Letras, 1996, p.74)
Para a gramática normativa, a língua corresponde às formas de expressão produzidas por pessoas cultas, de prestígio. Nas sociedades que têm língua escrita, é principalmente esta modalidade que funciona como modelo, acabando por representar a própria língua. Eventualmente, a restrição é ainda maior, tomando-se por representação da língua a expressão escrita elaborada literariamente. É a essa variante que se costuma chamar “norma culta” ou “variante padrão” ou “dialeto padrão”. Na verdade, em casos mais extremos, mas não raros, chega-se a considerar que esta variante é a própria língua.
(adaptado de Sírio Possenti, Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas, Mercado de Letras, 1996, p.74)
Um enunciado ou um texto nunca é somente uma informação: nele estão envolvidos processos de subjetivação, de argumentação, de construção do real. Em outras palavras, todo uso que se faz da linguagem é ideológico; logo, as informações que recebemos – inclusive as do domínio jornalístico – não são uma simples reprodução do real.
As afirmações acima transcritas, retiradas das Orientações Pedagógicas da SEE/MG para o ensino de Língua Portuguesa, implicam o reconhecimento de que
Existe uma história, talvez apócrifa, do ilustre biólogo britânico J. B. S. Haldane, quando se encontrava na companhia de um grupo de teólogos. Ao ser perguntado o que se poderia concluir da natureza do Criador pelo estudo de sua criação, Haldane teria respondido: “Uma predileção desmesurada por besouros.”
(G. Evelyn Hutchinson, citado por Stephen Jay Gould, Dinossauro no palheiro, S.Paulo, Cia. das Letras, 1997, p.453)
“Uma predileção desmesurada por besouros.”
A frase de Haldane, dada em resposta à pergunta feita pelos teólogos, pode ser vista corretamente como