Questões de Concurso Militar PM-SP 2022 para Aluno - Oficial PM

Foram encontradas 3 questões

Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Aluno - Oficial PM |
Q1940691 Português

Leia o texto de Friedrich Nietzsche para responder à questão.


    E se um dia, ou uma noite, um demônio lhe aparecesse furtivamente em sua mais desolada solidão e dissesse: “Esta vida, como você a está vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes; e nada haverá de novo nela, mas cada dor e cada prazer e cada suspiro e pensamento, e tudo o que é inefavelmente grande e pequeno em sua vida, terão de lhe suceder novamente, tudo na mesma sequência e ordem […]. A perene ampulheta do existir será sempre virada novamente — e você com ela, partícula de poeira!”. — Você não se prostraria e rangeria os dentes e amaldiçoaria o demônio que assim falou? Ou você já experimentou um instante imenso, no qual lhe responderia: “Você é um deus e jamais ouvi coisa tão divina!”. Se esse pensamento tomasse conta de você, tal como você é, ele o transformaria e o esmagaria talvez; a questão […] “Você quer isso mais uma vez e por incontáveis vezes?” pesaria sobre os seus atos como o maior dos pesos!

(Friedrich Nietzsche apud Eduardo Giannetti. O livro das citações, 2008.)

    Objeto direto interno: É o complemento constituído por substantivo cognato do verbo ou da esfera semântica deste: “Os olhos pestanejavam e choravam lágrimas quentes, que eu enxugava na manga.” (Graciliano Ramos, Angústia) / “Ao cabo, parecia-me jogar um jogo perigoso.” (Machado de Assis, Brás Cubas).

(Domingos Paschoal Cegalla. Dicionário de dificuldades da língua portuguesa,

2009. Adaptado.)


Ocorre objeto direto interno no seguinte trecho:

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Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Aluno - Oficial PM |
Q1940693 Português

Para responder à questão, leia o trecho inicial da crônica “Em preto e branco”, de Carlos Drummond de Andrade, publicada originalmente em 16.06.1970.


    No momento, somos milhões de brasileiros vendo a Copa do Mundo em preto e branco, e algumas dezenas vendo-a colorida. Faço parte da primeira turma, porém não protesto contra o privilégio da segunda. Talvez até sejamos nós, realmente, os privilegiados, pois nos é concedido o exercício livre da imaginação visual, esse cavalinho sem freio. Podemos ver o estádio de Jalisco recoberto das tonalidades mais deslumbrantes, os atletas mudando continuamente de matiz, fusões e superposições cromáticas, efeito de luz que só o cinema e os crepúsculos classe extra do Arpoador têm condição de oferecer-nos. Pelé, o mágico, vira arco-íris, na instantaneidade e gênio de suas criações. E tudo é ballet de cor a que vamos assistindo ao sabor da inventiva, na emoção das jogadas, desde que sejamos capazes de inventar. Ao passo que nossos poucos colegas aparentemente mais afortunados, reunidos a convite da Embratel diante da TV em cores, já têm o espetáculo pintado, bandeiras e uniformes dos jogadores com seus tons intransferíveis, os grandes painéis de publicidade com as tintas que apresentam nos muros do mundo inteiro. Levam desvantagem perante nós, os de imaginação solta. Não podem conceber cores novas, todas já estão carimbadas. Sinto vontade de convidá-los a vir para junto de nós, os preto-e-brancos; será que aceitam?

(Carlos Drummond de Andrade. Quando é dia de futebol, 2014.)

“E tudo é ballet de cor a que vamos assistindo ao sabor da inventiva, na emoção das jogadas, desde que sejamos capazes de inventar.”


Em relação ao trecho que o antecede, o trecho sublinhado expressa ideia de

Alternativas
Ano: 2022 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2022 - PM-SP - Aluno - Oficial PM |
Q1940696 Português

Leia o poema “Adeus, meus sonhos!”, do poeta Álvares de Azevedo, para responder à questão.


        Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro! 

        Não levo da existência uma saudade!         

        E tanta vida que meu peito enchia              

         Morreu na minha triste mocidade!                


           Misérrimo! votei meus pobres dias                

            À sina doida de um amor sem fruto…            

           E minh’alma na treva agora dorme                

            Como um olhar que a morte envolve em luto.


          Que me resta, meu Deus?!… morra comigo

          A estrela de meus cândidos amores,           

           Já que não levo no meu peito morto             

          Um punhado sequer de murchas flores!      

(Lira dos vinte anos, 1996.)

No poema, o eu lírico dirige-se, mediante vocativo, a dois interlocutores. Seus interlocutores são:
Alternativas
Respostas
1: C
2: B
3: A