Questões de Concurso Militar PM-SP 2016 para Oficial do Quadro Auxiliar

Foram encontradas 17 questões

Q664456 Português

Leia a tirinha para responder à questão.


(André Dahmer, Malvados. Disponível em: www.folha.uol.com.br)

Dois vocábulos formados a partir do mesmo processo de derivação pelo qual foi formado o termo perigosíssimo são:
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Q664457 Português

Leia o prólogo do livro O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.

                                                                              Prólogo

    Minha prima. – Gostou da minha história, e pede-me um romance; acha que posso fazer alguma coisa neste ramo de literatura.

    Engana-se; quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o coração é que fala; quando se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir, fala a memória ou a imaginação.

    Esta pode errar, pode exagerar-se; o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o que sentiu; e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza.

    Assim, não me julgo habilitado a escrever um romance, apesar de já ter feito um com a minha vida.

     Entretanto, para satisfazê-la, quero aproveitar as minhas horas de trabalho em copiar e remoçar um velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa, quando a comprei.

     Estava abandonado e quase todo estragado pela umidade e pelo cupim, esse roedor eterno, que antes do dilúvio já se havia agarrado à arca de Noé, e pôde assim escapar ao cataclisma.

     Previno-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente, não as condene à primeira leitura, antes de ver as outras que as explicam.

    Envio-lhe a primeira parte do meu manuscrito, que eu e Carlota temos decifrado nos longos serões das nossas noites de inverno, em que escurece aqui às cinco horas.

Adeus.

Minas, 12 de dezembro.

(José de Alencar, O guarani. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)

Considerando-se a obra O guarani em seu conjunto, percebe-se que, ao afirmar – quero aproveitar as minhas horas de trabalho em copiar e remoçar um velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa, quando a comprei –, o autor
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Q664458 Português

Leia o prólogo do livro O guarani, de José de Alencar, para responder à questão.

                                                                              Prólogo

    Minha prima. – Gostou da minha história, e pede-me um romance; acha que posso fazer alguma coisa neste ramo de literatura.

    Engana-se; quando se conta aquilo que nos impressionou profundamente, o coração é que fala; quando se exprime aquilo que outros sentiram ou podem sentir, fala a memória ou a imaginação.

    Esta pode errar, pode exagerar-se; o coração é sempre verdadeiro, não diz senão o que sentiu; e o sentimento, qualquer que ele seja, tem a sua beleza.

    Assim, não me julgo habilitado a escrever um romance, apesar de já ter feito um com a minha vida.

     Entretanto, para satisfazê-la, quero aproveitar as minhas horas de trabalho em copiar e remoçar um velho manuscrito que encontrei em um armário desta casa, quando a comprei.

     Estava abandonado e quase todo estragado pela umidade e pelo cupim, esse roedor eterno, que antes do dilúvio já se havia agarrado à arca de Noé, e pôde assim escapar ao cataclisma.

     Previno-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente, não as condene à primeira leitura, antes de ver as outras que as explicam.

    Envio-lhe a primeira parte do meu manuscrito, que eu e Carlota temos decifrado nos longos serões das nossas noites de inverno, em que escurece aqui às cinco horas.

Adeus.

Minas, 12 de dezembro.

(José de Alencar, O guarani. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)

Considerando-se o contexto global de O guarani, quando o autor afirma – Previno-lhe que encontrará cenas que não são comuns atualmente –, chama a atenção para o fato de a narrativa
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Q664460 Português

Leia o poema de Álvares de Azevedo para responder à questão.

O pastor moribundo

                                                               Cantiga de viola

A existência dolorida

Cansa em meu peito: eu bem sei

Que morrerei!

Contudo da minha vida

Podia alentar-se a flor

No teu amor!


Do coração nos refolhos

Solta um ai! num teu suspiro

Eu respiro!

Mas fita ao menos teus olhos

Sobre os meus: eu quero-os ver

Para morrer!


Guarda contigo a viola

Onde teus olhos cantei...

E suspirei!

Só a ideia me consola

Que morro como vivi...

Morro por ti!


Se um dia tu’alma pura

Tiver saudades de mim,

Meu serafim!

Talvez notas de ternura —

Inspirem o doido amor

Do trovador!

(Álvares de Azevedo, Lira dos vinte anos.)

É possível estabelecer uma relação intertextual entre esse poema e as cantigas de amor trovadorescas, porque nesses textos se constata
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Q664461 Português

Leia o trecho de A ilustre casa de Ramires, de Eça de Queirós, para responder à questão.

    Bocejando, apertando os cordões das largas pantalonas de seda que lhe escorregavam da cinta, Gonçalo, que durante todo o dia preguiçara, estirado no divan de damasco azul, com uma vaga dor nos rins, atravessou languidamente o quarto para espreitar, no corredor, o antigo relógio de charão. Cinco horas e meia!... Para desanuviar, pensou numa caminhada pela fresca estrada dos Bravais. Depois numa visita (devida já desde a Páscoa!) ao velho Sanches Lucena, eleito novamente deputado, nas Eleições Gerais de abril, pelo círculo de Vila Clara. Mas a jornada à Feitosa, à quinta do Sanches Lucena, demandava uma hora a cavalo, desagradável com aquela teimosa dor nos rins que o filara na véspera à noite, depois do chá, na Assembleia da Vila.

(Eça de Queirós, A ilustre casa de Ramires. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br)

A partir da leitura do trecho, pode-se perceber que Gonçalo é caracterizado como um
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Respostas
6: C
7: E
8: D
9: B
10: E