Questões de Concurso Militar PM-SP 2011 para Aspirante da Polícia Militar
Foram encontradas 13 questões
Q661715
Português
Texto associado
Várias vezes, no decorrer do último século, previu-se a morte
dos livros e do hábito de ler. O avanço do cinema, da televisão,
da internet, tudo isso iria tornar a leitura obsoleta. No Brasil
da virada do século XX para o XXI, o vaticínio até parecia
razoável: o sistema de ensino em franco declínio e sua tradição
de fracasso na missão de formar leitores, o pouco apreço dado
à instrução como valor fundamental e até dados muito práticos,
como a falta e a pobreza de bibliotecas públicas e o alto preço
dos exemplares impressos aqui, conspiravam (conspiram, ainda)
para que o contingente de brasileiros dados aos livros minguasse
de maneira irremediável. Contra todas as expectativas,
porém, vem surgindo uma nova e robusta geração de leitores no
país – movida, sim, por sucessos globais como as séries Harry
Potter, Crepúsculo e Percy Jackson.
(Veja, 18.05.2011. Adaptado.)
A função argumentativa do advérbio sim, no trecho ...movida,
sim, por sucessos globais... é a de
Q661717
Português
Texto associado
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa.)
Analise as afirmações, referentes ao eu lírico que se manifesta no poema.
I. Declara que no convívio social a realidade se revela nítida e inexorável. II. Almeja alcançar o lirismo contemplativo. III. Nega-se a viver num escapismo romântico e num pessimismo decadentista. IV. Conclama seus parceiros a enfrentarem a vida de forma unida.
Está correto apenas o que se afirma em
I. Declara que no convívio social a realidade se revela nítida e inexorável. II. Almeja alcançar o lirismo contemplativo. III. Nega-se a viver num escapismo romântico e num pessimismo decadentista. IV. Conclama seus parceiros a enfrentarem a vida de forma unida.
Está correto apenas o que se afirma em
Q661718
Português
Texto associado
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.
(Carlos Drummond de Andrade. Obra completa.)
Depreende-se da leitura do poema que
Q661722
Português
Texto associado
O Brasil na fossa
O Imperador dom Pedro II iniciou a construção de esgotos
no Brasil em 1857. Só a inglesa Londres e a alemã Hamburgo
dispunham, então, de sistemas de coleta de dejetos. O Rio de
Janeiro, a capital imperial, tornou-se a terceira cidade do mundo
a investir nessa infraestrutura. O pioneirismo nacional no
quesito saneamento terminou aí. Mais de 150 anos depois, 45%
dos domicílios brasileiros ainda permanecem desconectados
do sistema de escoamento. Nesses lares, 90 milhões de pessoas
usam fossas sépticas ou, pior, despejam seus excrementos em
valas a céu aberto ou diretamente nos rios e no mar.
(Veja, 25.05.2011.)
A estratégia usada pelo redator para atrair a atenção do leitor foi
dar ao texto um título
Q661724
Português
Texto associado
O Brasil na fossa
O Imperador dom Pedro II iniciou a construção de esgotos
no Brasil em 1857. Só a inglesa Londres e a alemã Hamburgo
dispunham, então, de sistemas de coleta de dejetos. O Rio de
Janeiro, a capital imperial, tornou-se a terceira cidade do mundo
a investir nessa infraestrutura. O pioneirismo nacional no
quesito saneamento terminou aí. Mais de 150 anos depois, 45%
dos domicílios brasileiros ainda permanecem desconectados
do sistema de escoamento. Nesses lares, 90 milhões de pessoas
usam fossas sépticas ou, pior, despejam seus excrementos em
valas a céu aberto ou diretamente nos rios e no mar.
(Veja, 25.05.2011.)
Reproduz-se uma informação do texto de modo correto e coerente
em: